Mais de 35 milhões de eleitores comparecem às urnas para definir pré-candidatos à presidência e outros cargos.
Foto: Augustin Marcarian/Reuters |
Neste domingo (13), mais de 35 milhões de eleitores argentinos têm um encontro decisivo com as urnas. Das 8h às 18h (horário de Buenos Aires e Brasília), os cidadãos vão às seções eleitorais para participar das chamadas eleições primárias, ou “Paso” – sigla em espanhol para Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias. O foco deste pleito não é a eleição direta de líderes políticos, mas sim a seleção de pré-candidatos aptos a disputar as eleições gerais do país, que estão agendadas para o dia 22 de outubro.
As eleições primárias não são apenas uma formalidade. Os resultados definem quais agremiações políticas poderão continuar na corrida eleitoral, requerendo um mínimo de 1,5% dos votos válidos no distrito para deputados federais e senadores, ou em todo o território nacional para presidente e vice-presidente.
Diferentemente de outros sistemas eleitorais, as primárias argentinas não restringem a seleção de candidatos aos partidos políticos, permitindo que todo eleitor escolha quem representará um determinado partido ou coligação na presidência. Contudo, somente o pré-candidato mais votado de cada grupo político avançará para as eleições gerais.
Nomes como Sergio Massa, Patricia Bullrich, Horacio Larreta e Javier Milei estão entre os principais pré-candidatos que buscam a presidência. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado. Caso nenhum pré-candidato atinja esses números, haverá um segundo turno em 19 de novembro.
Além da disputa presidencial, também ocorre a renovação de grande parte das cadeiras das Câmaras de Deputados e Senadores, bem como a eleição de governadores em 21 das 23 províncias e do prefeito de Buenos Aires.
A presença nas primárias é obrigatória para eleitores argentinos entre 18 e 70 anos que residem no país. A ausência sem justificativa resulta em uma multa, embora não impeça o voto nas eleições gerais. Para os partidos políticos, a participação nas primárias é igualmente obrigatória, e a não participação impede a apresentação de candidatos nas eleições gerais.
Embora as primárias não garantam o resultado final, elas servem como um termômetro para medir a preferência do eleitorado, podendo apontar quem tem mais chances de se tornar o próximo presidente da Argentina. Com isso, o país se prepara para um dia de votações que moldarão o cenário político nas eleições gerais futuras.