Outras parlamentares também receberam e-mails parecidos, nessa semana
Foto: Roberto Soares/ALEPE |
A deputada estadual Rosa Amorim (PT-PE) recebeu uma ameaça de “estupro corretivo” como tentativa de “cura lésbica” no seu e-mail institucional, no dia 15 de agosto. A mensagem também incluiu dados pessoais da parlamentar, como seu endereço. O e-mail, carregada de conteúdo lesbofóbico, chega justamente no mês da visibilidade lésbica.
Rosa Amorim reportou o caso à Polícia Civil e à Polícia Legislativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A deputada, que divulgou o incidente nesta terça-feira (22), estava em Brasília participando da “Marcha das Margaridas”, um evento de destaque que reúne agricultoras de todo o Brasil na Esplanada dos Ministérios.
“Diversas deputadas em todo o país vem recebendo ameaças assim como a que eu recebi, o que demonstra resquícios da política de ódio que vem sendo praticada desde o governo Bolsonaro”, disse. “Não vão nos impedir de sermos quem somos ou lutar pelos nossos direitos e nem de toda a comunidade LGBTQIAPN+”.
O autor da mensagem usou um pseudônimo, não revelado, para assinar a ameaça. A deputada expressou que vê a ameaça como uma tentativa de interferir em sua atuação parlamentar e também como parte de um padrão que afeta outras mulheres, citando exemplos como a vereadora Mônica Benício (PSol-RJ) e a deputada estadual Bella Gonçalves (PSol-MG), que também receberam e-mails similares.
Rosa Amorim já tomou providências legais, registrando um boletim de ocorrência para combater crimes cibernéticos dessa natureza. A assessoria do seu mandato afirmou em comunicado que estão sendo empregadas estratégias para garantir a segurança da deputada.