Deputado João Paulo (PT) enfatiza a importância de fortalecer a empresa com investimentos públicos e aponta riscos da privatização.
Foto: Roberto Soares |
A Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa promoveu uma audiência pública para debater a proposta de privatização da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O deputado João Paulo (PT) destacou que, embora a empresa tenha enfrentado críticas, isso não justifica sua privatização. Pelo contrário, ele defende que a Compesa seja priorizada e fortalecida com a injeção de mais investimentos públicos.
O Partido dos Trabalhadores (PT) ressaltou que um estudo das Nações Unidas revelou que nos últimos 15 anos ocorreram pelo menos 180 casos de reestatização dos serviços de água e saneamento em 35 países. No contexto brasileiro, os exemplos de Tocantins e Manaus, que adotaram a gestão privada, ilustram a problemática. Ambos os estados enfrentaram aumentos nas tarifas e viram seus indicadores de cobertura de serviços de água e esgoto se deteriorarem, passando a figurar entre os piores do país.
João Paulo, deputado do PT, salientou que tanto a Compesa quanto os governos de Pernambuco sempre foram contrários à privatização. Ele alerta que a lógica por trás da privatização é buscar o maior lucro, sem garantias de que áreas mais carentes sejam adequadamente atendidas. O risco iminente é de agravar as desigualdades regionais e sociais.
A audiência pública proporcionou um espaço para o debate e a troca de ideias sobre o futuro da Compesa e dos serviços de saneamento em Pernambuco. A posição do deputado João Paulo e a evidência de experiências negativas em outras partes do Brasil e do mundo levantam questionamentos importantes sobre a viabilidade e os possíveis impactos da privatização da empresa. O desafio persiste em encontrar soluções que priorizem a qualidade do serviço, o acesso igualitário e a preservação ambiental.