Polícia Federal prende garimpeiro suspeito de atirar contra indígenas na Terra Indígena Yanomami

Suspeito foi capturado com o auxílio da Polícia Militar de Roraima.

Foto: Hekurari/Instagram
Neste sábado (5), a Polícia Federal (PF) anunciou a prisão de um garimpeiro suspeito de ser o autor dos disparos contra indígenas na Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima. A operação para capturar o suspeito ocorreu na sexta-feira (4) com o apoio da Polícia Militar de Roraima (PMRR).
O ataque armado perpetrado por garimpeiros aconteceu em 29 de abril, na comunidade Uxiú. Dois indígenas, de 24 e 31 anos, ficaram feridos e foram transferidos para Boa Vista, onde receberam tratamento médico. Infelizmente, um terceiro indígena, identificado como Ilson Xiriana, de 36 anos e agente de saúde comunitário, não resistiu aos ferimentos e faleceu na Terra Indígena.
As investigações conduzidas no local, com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), permitiram a identificação de dois suspeitos. O nome do garimpeiro preso na sexta-feira não foi divulgado. Contra ele, havia um mandado de prisão emitido pela 4ª Vara Federal Criminal de Roraima, e ele era considerado foragido desde junho.
O episódio de violência registrado na comunidade Uxiú é apenas um dos muitos que reforçam os esforços para desintrusão de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami. O governo federal decretou emergência de saúde pública na região, e desde então, a PF vem atuando em operações integradas com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança Pública e a Funai para expulsar invasores e garantir a segurança dos indígenas.
As autoridades continuam empenhadas em enfrentar essa questão delicada e assegurar a proteção dos territórios indígenas, combatendo atividades ilegais e atos de violência que ameaçam a vida e a cultura dos povos Yanomami.

Operação prende 18 garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami

 Prisões ocorreram em regiões de elevada tensão

Foto: Ministério da Defesa
Dezoito garimpeiros envolvidos em atividades ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foram presos, na quinta-feira (20), pela operação conjunta Ágata Fronteira Norte, informou o Ministério da Defesa.
Militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) participaram das ações que resultaram nas prisões e destruição de equipamentos ilegais. Os investigados foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista.
As prisões ocorreram em regiões de elevada tensão no território indígena. Na última madrugada, por exemplo, cinco garimpeiros foram presos depois de tentar atravessar sem autorização o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial, do Exército, no Rio Uraricoera, que controla a entrada e a saída das embarcações. O posto está na comunidade de Palimiu.
No dia anterior, na região de Rangel, a operação resultou na prisão de 13 garimpeiros, além da destruição de três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento.

Operação conjunta

De acordo com o Ministério da Defesa, até o momento, a Ágata Fronteira Norte já efetuou 48 prisões. A ação faz parte de um trabalho conjunto com o emprego de 1.381 militares das Forças Armadas, além de servidores civis de outros órgãos do Estado Brasileiro.
A operação foi iniciada há um mês, no dia 21 de junho, por intermédio do Decreto n°11.575. Os equipamentos utilizados incluem 11 aeronaves, um navio patrulha-fluvial e três lanchas blindadas.

Saúde indígena

Outro objetivo da Operação Ágata Fronteira Norte é garantir a segurança na região de Homoxi, também no Território Yanomami, onde está situada a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI).
A unidade de saúde é a única da região, e voltou a atender há seis meses, após ser desativada em 2021 devido a ataques de garimpeiros. A unidade atendia cerca de 700 indígenas.

Agência Brasil

Corpo de criança morta durante ataque a tiros na Terra Yanomami é encontrado por bombeiros em Roraima

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados.

Foto:CBMRR/Instagram
O Corpo de Bombeiros de Roraima informou que encontrou o corpo de uma criança indígena de 7 anos, na comunidade Parima, na Terra Yanomami. A criança foi morta durante ataque a tiros ocorrido na última segunda-feira (3). Na ocasião, mais cinco pessoas também ficaram feridas: um líder indígena, de 48 anos, uma mulher de 24 anos, a filha dela, de 5, e duas meninas, de 15 e 9 anos.
As buscas, que duraram três dias, começaram dois dias após o ataque. O corpo da criança caiu no rio e foi localizado na sexta-feira (7) perto do local do desaparecimento. Um helicóptero tinha sido enviado de Boa Vista para auxiliar no atendimento às vítimas.
Em uma rede social, o Corpo de Bombeiros informou que quatro mergulhadores da corporação trabalharam nas buscas, que começaram no dia 5 e terminaram no dia 7 deste mês, com a localização do corpo da criança. A missão teve apoio do Exército e da Marinha e da Polícia Militar de Roraima.
Bombeiros tiveram apoio do Exército, da Marinha e da Polícia Militar durante as buscas.

Garimpeiros

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados. Após o ataque, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) divulgou nota informando que servidores da pasta se deslocaram para a aldeia, com policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança.
“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, diz o texto.

CNN Brasil