Arimatéia

Empresas de transporte público no Cabo de Santo Agostinho comemoram redução do ICMS do diesel

Incentivo fiscal de 46,88% por litro de combustível é conquistado após sete anos de luta.

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Foto: Reprodução
No Cabo de Santo Agostinho, as empresas de transporte público municipal de passageiros estão celebrando uma significativa conquista: a redução do ICMS do diesel em 46,88% por litro de combustível, graças a um novo incentivo fiscal. Essa vitória foi assegurada pelo decreto n° 54.799 de 2023, que visa beneficiar os municípios da região metropolitana, concedendo cotas às empresas que operam o transporte municipal de passageiros no âmbito do Estado.
Os representantes do setor destacam que esse marco é resultado de uma batalha que teve início há sete anos, agora fortalecida pela ativa participação da atual Gestão liderada pelo Prefeito Keko do Armazém, sob a direção do vice-prefeito, Professor Arimatéia. A decisão foi formalizada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial em 28 de agosto e entrará em vigor a partir do primeiro dia de setembro.
Uma reunião realizada em 27 de junho selou o destino positivo para as treze empresas do Cabo de Santo Agostinho, todas elegíveis para aderir à redução. O encontro, realizado na Secretaria Estadual da Fazenda, contou com a presença de representantes das empresas São Judas Tadeu, Maria das Mercês, Das Praias, AVS e San Remo, além do deputado estadual Jeferson Timóteo.
Segundo o vice-prefeito do Cabo, Professor Arimatéia, a redução do ICMS do diesel para as empresas de transporte municipal é uma luta justa que a atual Gestão abraçou com dedicação. Ele relembra que a busca por esse benefício foi iniciada em 2016, quando já havia sido solicitada à Fazenda Estadual. Naquela época, os empresários do setor basearam seus argumentos na lei n° 15.730 de 17 de março de 2016, que trata do ICMS estadual.
Ana Paula da Silva, uma das empresárias envolvidas na campanha, recorda das inúmeras batalhas travadas e do tema ter sido postergado com as mudanças de administração. “Não pudemos prosseguir, mas agora, quando parecia que não tínhamos mais esperança, buscamos a gestão municipal e conseguimos, também com o apoio do parlamentar estadual”, destaca. “Essa vitória é fruto da união de esforços após sete anos de luta, e isso refletirá positivamente no sistema municipal de transporte do Cabo”, enfatiza.
Ela prossegue: “Este é apenas o começo de uma trajetória promissora. Outras melhorias estão sendo indicadas para beneficiar a população. Afinal, essa conquista não impacta somente as empresas, mas também os usuários, uma vez que planejamos reinvestir esses ganhos na qualidade dos serviços. Com essa conquista, acredito que poderemos também aprimorar as vias de tráfego. Este passo nos abrirá portas para novos sucessos.”

Controle financeiro do transporte público de Pernambuco volta ao governo do estado

 Decisão do TCE-PE determina que receita do bilhete único seja depositado apenas no CTM 

Foto:Reprodução Diário de Pernambuco

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) estabeleceu que o governo de Pernambuco fique com o controle financeiro do transporte público da Região Metropolitana de Recife (RMR), por meio do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), empresa sem fins lucrativos.
A decisão aconteceu na sessão da Primeira Câmara no dia 20 de junho, na qual foi julgada a Auditoria Especial (TC nº 20100726-5) que começou em 2021 para avaliar o transporte público da região. A principal determinação é que as contas bancárias do CTM sejam a única conta de deposito da receito da comercialização dos bilhetes, sem que haja depósitos na conta da Urbana-PE.
Desde 2013, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), representado pelos operadores de ônibus, é responsável pela gestão financeira. A apuração da auditoria conclui que há indícios de esvaziamento das competências do consórcio, além da interferência excessiva da Urbana-PE, por meio de cobranças de taxas em 2019 e 2020.
A partir de 2013, o Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR (STPP/RMR) passou a ser executado por um sistema misto de delegação do serviço público, com a participação de duas concessionárias (Consórcios Conorte e MobiPE) e de sete permissionárias (empresas sem licitação).
A Urbana-PE comercializou 99,6% do total dos créditos, enquanto o CTM foi responsável por apenas 0,4% dos R$ 900 milhões de recursos movimentados. A ideia é que a decisão traga mais transparência a gestão do transporte. As partes envolvidas podem apresentar recursos ao TCE-PE ou a à Justiça, porém a desobediência da decisão acarretará multas.