Recife

Câmara Municipal do Recife cria comissão para acompanhar a situação do transporte público

Comissão busca soluções para os desafios do transporte público e promove diálogo com sindicatos e sociedade civil

Recife
Foto: Guga Matos/ JC Imagens
Em resposta às crescentes preocupações relacionadas ao transporte público na cidade e na Região Metropolitana do Recife, a Câmara Municipal aprovou a criação de uma Comissão de Representação Suprapartidária. Composta por sete vereadores, a comissão terá como objetivo monitorar e avaliar questões relacionadas ao transporte coletivo na região.
Os membros da Comissão de Representação Suprapartidária são os vereadores Aline Mariano, Victor André Gomes, Rinaldo Júnior, Ivan Moraes, Davi Muniz, Alcides Cardoso e José Neto. A presidência da comissão será ocupada pela vereadora Aline Mariano, do Partido Progressista (PP).
A vereadora Aline Mariano enfatizou que a criação da Comissão é uma resposta à difícil situação encontrada nos ônibus e no metrô da cidade, buscando melhorias significativas para os passageiros. Além disso, a comissão pretende fortalecer a cobrança e a sensibilização dos gestores e empresários responsáveis pelas linhas de ônibus na região.
Recentemente, os sindicatos dos metroviários e rodoviários do Recife realizaram greves em busca de melhores condições de trabalho e melhorias no transporte público. A Comissão está em diálogo constante com essas categorias, buscando entender suas demandas e buscar soluções conjuntas.
Para garantir a participação ativa da sociedade civil no debate sobre o transporte público, a Comissão planeja realizar audiências públicas. A primeira delas já está agendada para o dia 8 de novembro, convidando a população a contribuir com ideias e sugestões para a melhoria do sistema de transporte na região.
Recife

Mais de 28 mil veículos multados por uso indevido de faixas exclusivas em seis meses, no Recife

 Avenida Agamenon Magalhães foi a via que concentrou maior parte dos casos

Recife
Foto: Reprodução/Tv Globo
Nos primeiros seis meses de 2023, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) registrou 28.213 veículos flagrados circulando nas faixas exclusivas para ônibus ou BRT no Recife. Esse número se traduz em uma média mensal de 4.702 multas aplicadas.
A Avenida Agamenon Magalhães foi o local com a maior incidência dessas infrações, totalizando 21.462 casos, equivalendo a 76% do total. Essa avenida é fundamental para o transporte coletivo da cidade, sendo utilizada por cerca de 250 mil passageiros diariamente, em comparação aos 150 mil passageiros transportados por veículos de uso individual. A Faixa Azul, implantada em 2021, é fiscalizada por câmeras e está presente em diversas avenidas e ruas da capital pernambucana.
Além dos ônibus, a Faixa Azul é permitida para uso por Táxis, veículos de emergência (ambulâncias e viaturas) e transporte escolar. A infração de uso indevido é considerada gravíssima, resultando em multa de R$ 243,47 e 7 pontos na carteira de habilitação.
O gerente de Tecnologia do Trânsito da CTTU, Dalmário Barros, destacou que os veículos de uso individual devem utilizar a faixa exclusiva apenas para acessar locais lindeiros, como apartamentos, comércios ou, no caso da Avenida Agamenon, para fazer a transição entre as pistas principais e locais.
O órgão reforça a importância do respeito à faixa exclusiva, visando a fluidez do transporte coletivo e a segurança de todos os usuários.
Ônibus

Um em cada quatro passageiros abandonou ônibus urbanos nos últimos anos

Dados da NTU revelam que número de viajantes pagantes em ônibus urbanos caiu de 33 para 25 milhões por dia.

Ônibus
Foto: Reprodução
Nos últimos anos, o transporte público por ônibus nas cidades brasileiras enfrentou uma queda significativa, com um em cada quatro passageiros deixando de utilizá-lo. Dados da Associação Nacional de Transporte Urbano (NTU) mostram que, em 2019, os ônibus urbanos transportavam cerca de 33 milhões de viajantes pagantes por dia. No entanto, após três anos e os impactos da pandemia, esse número diminuiu para 25 milhões, uma queda de 24,4%.
A NTU apresentou esses dados durante um evento em Brasília, destacando que, entre 2021 e 2022, houve um aumento de 12,1% na demanda de passageiros, indicando uma lenta retomada do setor. A entidade defende a necessidade de investimento público para melhorar a qualidade do serviço, enfatizando que apenas 163 dos 2.703 municípios brasileiros atendidos por ônibus recebem subsídios. Os demais dependem das tarifas de passagem.
“Tivemos muitas promessas de políticas públicas de incentivo ao transporte público, mudanças nas regras, mas pouca coisa saiu do papel”, criticou Francisco Christovam, presidente da NTU. “Temos observado sinais de recuperação, mas a pandemia provocou uma perda acumulada de quase R$ 40 bilhões para o setor, e ainda enfrentamos as consequências”, falou.
Os dados foram baseados em nove dos maiores sistemas de transporte público por ônibus em cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, entre outras. Esses sistemas representam cerca de 32,5% da frota nacional e 34,1% da demanda total de passageiros.
Além da queda na demanda, outros desafios foram apontados, como um aumento modesto na quilometragem produzida em 2022 em comparação com 2021 e um número de passageiros por veículo ainda 13,8% menor do que em 2019.
Metrô do Recife

Metroviários: greve é suspensa temporariamente

Linhas voltam a operar normalmente até quarta (09) 

Metrô do Recife
Foto: Reprodução/TV Globo

Após uma segunda audiência de conciliação entre o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), foi acordada a suspensão da greve dos trabalhadores do Metrô do Recife por 48 horas, a partir de 07 de agosto. A greve já durava cinco dias e buscava reivindicar reajustes salariais, a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização e outras demandas.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região intermediou o acordo, que definiu a suspensão até pelo menos às 14h dessa quarta-feira (9), quando outra rodada de negociações está programada. Os metroviários concordaram com a suspensão e deveriam retomar a operação às 22h da segunda-feira, após uma assembleia. A operação voltou ao normal à meia-noite.

A CBTU e o sindicato já haviam concordado em um acordo para operar o metrô com 100% da capacidade nos horários de pico. Nos demais períodos, as estações estavam fechadas. Caso a greve não fosse cumprida conforme determinado pelo TRT-6, multas diárias seriam aplicadas.

O Grande Recife Consórcio de Transporte planejou um esquema de ônibus para minimizar os impactos da greve, mantendo três linhas extras durante os horários fora do pico.

A greve foi motivada pela reivindicação de reajustes salariais, garantia de estabilidade no emprego, realocação dos funcionários em caso de privatização do metrô e reestruturação do Metrô do Recife. Com a greve suspensa temporariamente, espera-se que as negociações entre as partes possam continuar.

motos

Mais um aplicativo de transporte começa a trabalhar com motos

inDrive, inicia em testes em 10 cidades, Recife está entre elas

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inDrive inicia testes com motocicletas – Foto:Bruno Campos

Depois da Uber e 99, mais uma plataforma de transporte de passageiros por aplicativo se rende à operação com motocicletas. Praticamente dois anos depois de o serviço Uber e 99 Moto começar no País – efeito da crise econômica pós pandemia de covid-19 -, é a inDrive que entra nesse novo nicho que tem explodido no Brasil, principalmente nas regiões mais pobres, como o Norte e o Nordeste brasileiros.

O serviço, faz questão de destacar a inDrive, está em teste e, pelo menos por enquanto, não é tido como oficial, sendo liberado sob controle e monitorado frequentemente. São dez cidades que estão testando o serviço. A plataforma não diz quais são todas as cidades, revelando apenas algumas – todas do Norte e Nordeste.

Recife, a capital pernambucana está entre elas. Outras reveladas são Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Porto Velho (Rondônia) e Boa Vista (Roraima). O serviço inDrive Moto funciona na mesma concepção do transporte por carros, com a negociação do preço da tarifa entre passageiros e motoristas parceiros.

“Estamos entrando devagar e com cuidado. Começamos os testes ainda no início do ano e vamos seguir assim, observando as demandas dos usuários, dos parceiros e a legislação de cada cidade. Por enquanto, já vemos uma oferta equiparada a de carros”, afirma Carlos Shigueo, gerente de Relações Governamentais da inDrive.

MobilidadeJC