Medicamento

Justiça garante tratamento com medicamento mais caro do mundo para bebê em Pernambuco

Família de criança com Amiotrofia Muscular Espinhal (AME) obtém direito ao medicamento pelo SUS

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Foto: Reprodução/CNN
A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) concedeu à família de um bebê de 1 ano e meio, residente em Águas Belas, no Agreste do estado, o direito ao tratamento com o medicamento Zolgensma, considerado o mais caro do mundo, no valor de R$ 8,6 milhões. A decisão determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) forneça o medicamento, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento, além do bloqueio de contas bancárias.
O bebê foi diagnosticado com Amiotrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 2 (G.12.1), confirmado por meio de exame de DNA. A ordem judicial foi emitida pelo juiz titular da 23ª Vara Federal, Felipe Mota Pimentel, na quinta-feira (14), com prazo de cumprimento de até 15 dias a partir da intimação.
O Zolgensma, medicamento utilizado para tratar a AME tipo 1, foi incorporado à lista do SUS para essa categoria de pacientes, enquanto o Spinraza é indicado para o tratamento do Tipo 2. A família alegou que o Spinraza é apenas paliativo, retardando os efeitos da doença.
Na decisão, o juiz considerou laudos médicos e a solicitação da mãe da criança, Marcela Carneiro de Farias. O Núcleo de Assistência Técnica em Saúde (NATJUS) emitiu uma conclusão desfavorável ao fornecimento do medicamento. O magistrado, no entanto, ressaltou que não possui expertise na área médica e que, em casos como esse, a opinião do especialista que acompanha o paciente é mais adequada.
A decisão enfatizou a garantia constitucional da universalidade e integralidade do direito à saúde para todos, determinando que os órgãos responsáveis forneçam o medicamento Zolgensma, incluindo todos os meios necessários para sua aplicação, como equipe médica, hospital e insumos, assumindo os custos para viabilizar o tratamento com o fármaco.

Ministério da Saúde destina R$ 200 milhões para equipamentos de hemodiálise no SUS

 Recursos serão direcionados a serviços que atendem pacientes com insuficiência renal crônica aguda ou grave

Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (26) a destinação de R$ 200 milhões para custear equipamentos de hemodiálise utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida tem como objetivo ampliar o acesso a esse tratamento essencial para pacientes com insuficiência renal crônica aguda ou grave.

De acordo com nota divulgada pelo ministério, os recursos serão direcionados para serviços que possuam até 29 máquinas de hemodiálise. Essa decisão foi tomada após análises e discussões com gestores municipais e estaduais, levando em consideração a eficiência de custos diante das dificuldades enfrentadas por esses serviços.

Os valores alocados serão calculados anualmente e repassados mensalmente por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Componente de Remuneração (Faec), sendo destinados aos estabelecimentos de saúde elegíveis. Essa medida visa fortalecer a capacidade de atendimento e garantir um tratamento de qualidade aos pacientes que necessitam de hemodiálise no SUS.