Silvinei Vaques

PF oferece delação premiada para ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques

Silvinei Vasques, alvo de operação por suspeita de interferir nas eleições de 2022, pode colaborar com investigações

Silvinei Vaques
Foto: Carolina Antunes/PR
Na quarta-feira (9), Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro (PL), foi preso preventivamente em uma operação que investiga interferência no segundo turno das eleições de 2022. Segunda a Coluna do Estadão, a Polícia Federal (PF) tem interesse em fazer um acordo de delação premiada com Vasques.
No dia 30 de outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições, a PRF, sob a liderança de Silvinei Vasques, conduziu mais de 500 operações em estradas e rodovias. Neste dia, surgiram denúncias de abordagens irregulares por parte da corporação, levando o Partido dos Trabalhadores (PT) a acusar a PRF de agir para dificultar o voto de eleitores, especialmente no Nordeste, onde Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato do PT, obtinha maior apoio.
Naquela ocasião, o Ministro Alexandre de Moraes determinou a imediata suspensão das blitze, sob pena de prisão para Silvinei Vasques. Contudo, a ordem foi desrespeitada pela PRF. O ex-diretor foi preso pela Operação Constituição Cidadã.
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Silvinei Vasques é detido em Florianópolis e transferido para Brasília; Operação Constituição Cidadã busca esclarecer possível uso da máquina pública nas eleições

Ex-diretor da PRF é preso em investigação sobre interferência nas eleições de 2022

Silvinei Vasques
(Crédito: Ed Alves/CB/DA PRESS)
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta quarta-feira (9) em Florianópolis, Santa Catarina, como parte da Operação Constituição Cidadã. A ação investiga a suspeita de interferência no segundo turno das eleições de 2022. Vasques foi conduzido a Brasília, onde passará a noite em uma cela na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal.
A prisão de Silvinei Vasques, que estava à frente da PRF durante as eleições de 2022, foi acompanhada por uma série de mandados de busca e apreensão em diferentes estados do país, incluindo Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A Corregedoria-Geral da PRF também esteve envolvida na operação, que contou com a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
A Operação Constituição Cidadã, coordenada pela Polícia Federal e apoiada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, investiga possíveis crimes de prevaricação, violência política, impedimento do sufrágio e ocultação de informações no contexto eleitoral. Os fatos em questão incluem a suposta direção de recursos humanos e materiais da PRF para dificultar o trânsito de eleitores durante o segundo turno das eleições de 2022, especialmente na região Nordeste.
Durante o segundo turno eleitoral, a PRF conduziu mais de 500 operações de transporte de eleitores em estradas pelo país, mas essas ações foram interrompidas após decisão da Justiça Eleitoral. A operação busca esclarecer se houve uso indevido da máquina pública para influenciar o processo eleitoral e se os recursos da PRF foram direcionados para favorecer determinado partido ou candidato.
Silvinei Vasques, que possui uma carreira de longa data na PRF, exerceu diversas funções de gerência e comando em diferentes áreas do órgão. Ao longo dos anos, ocupou posições de destaque, como superintendente nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, além de Coordenador-Geral de Operações. Ele também desempenhou papéis importantes na área de Segurança Pública e Transportes no Município de São José, em Santa Catarina.
A prisão de Silvinei Vasques representa mais um capítulo na investigação sobre alegações
de interferência nas eleições de 2022 e destaca a importância de garantir a integridade e a imparcialidade do processo eleitoral brasileiro.
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Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, é preso sob suspeita de interferir nas eleições de 2022

Silvinei foi detido preventivamente pela Operação Constituição Cidadã

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Foto: Walter Campanato/Agência Brasil
Na manhã desta quarta-feira (09), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso preventivamente em decorrência de uma operação que investiga sua suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A prisão foi realizada em Florianópolis, com mandados autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições, a PRF conduziu operações de blitze que supostamente impactaram a movimentação de eleitores, especialmente na região Nordeste, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentava vantagem nas pesquisas de intenção de voto em relação ao candidato Jair Bolsonaro (PL).
Na época, Silvinei Vasques declarou publicamente seu voto em Jair Bolsonaro um dia antes do segundo turno. Por conta disso, Vasques é atualmente réu por improbidade administrativa em relação aos acontecimentos daquela data.
Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no dia 20 de junho, Silvinei Vasques negou veementemente que a PRF tenha atuado no segundo turno das eleições com o intuito de dificultar o acesso de eleitores de Lula aos locais de votação. Entretanto, essa negação não impediu sua prisão preventiva.
“De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022. Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, afirmou a PF.
Além da detenção de Vasques, as autoridades vão colher o depoimentos de 47 policiais rodoviários federais envolvidos nas operações durante o segundo turno eleitoral. Paralelamente, a Polícia Federal (PF) está cumprindo 10 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Esses mandados foram expedidos pelo STF como parte das investigações em curso.

O ex-diretor ainda é acusado de prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política e atrapalhar a votação.