Comando Militar do Amazônia

Militares detêm três venezuelanos que tentaram furar bloqueio na Terra Indígena Yanomami em Roraima

Prisões ocorreram durante a madrugada e fazem parte da Operação Ágata Fronteira Norte para conter invasores e garimpeiros na reserva indígena. 

Comando Militar do Amazônia
Foto: Reprodução
Nesta terça-feira (1º), o Comando Conjunto da Operação Ágata Fronteira Norte deteve três homens que tentaram furar o bloqueio montado no Rio Uraricoera, na região de Palimú, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Os homens, todos venezuelanos com idades entre 23 e 33 anos, estavam a bordo de uma embarcação e tentaram ultrapassar o cabo de aço colocado pelas forças militares junto ao Posto de Controle e Interdição Fluvial, que visa controlar a movimentação de invasores na terra indígena.
Logo após a detenção, os três venezuelanos foram conduzidos à sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Boa Vista. Seus nomes não foram divulgados oficialmente. A operação em curso, a Operação Ágata Fronteira Norte, teve início em janeiro deste ano como parte dos esforços do governo federal para responder à crise humanitária enfrentada pelas comunidades indígenas na reserva Yanomami.
A operação tem como objetivo prestar assistência às comunidades indígenas e retirar garimpeiros que têm invadido o território da Terra Indígena Yanomami. A reserva abrange uma extensa área de Roraima, além de uma parte do estado do Amazonas, totalizando cerca de 9,6 milhões de hectares, que equivale aproximadamente às medidas de um campo oficial de futebol por hectare. Segundo dados do governo federal, a reserva abriga mais de 30,4 mil habitantes.
Desde o início da Operação Ágata Fronteira Norte, as Forças Armadas e outros órgãos de segurança pública já conseguiram retirar 111 garimpeiros do interior da terra indígena, buscando garantir a preservação do território e a segurança das comunidades Yanomami.

Polícia Federal combate financiadores de garimpo ilegal em Roraima

 Suspeitos teriam movimentado R$ 80 milhões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (10), a Operação Frutos do Ouro, para investigar um grupo criminoso ligado ao financiamento de garimpo ilegal em Roraima. Os suspeitos podem estar relacionados à apreensão de mais de cinco quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, em 2019, e teriam movimentado aproximadamente R$ 80 milhões.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir da prisão de uma pessoa que tentava embarcar com mais de 5 quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, com destino a Campinas (SP). “O inquérito policial identificou uma rede dedicada à exploração de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami e à lavagem de dinheiro”, diz nota da Polícia Federal.

Joalheria é investigada

O inquérito investiga, ainda, uma joalheria, em São Paulo, com mais de R$ 50 milhões de movimentação financeira. Ela teria enviado valores ao suspeito responsável pelo ouro apreendido em 2019. Outro investigado teria recebido salários que somam aproximadamente R$ 5 mil e mais de R$ 15 milhões em movimentações financeiras.
O grupo criminoso utilizaria uma empresa de comércio de frutos do mar, localizada na capital de Roraima, para movimentar parte do dinheiro utilizado na aquisição do ouro. Mais de 30 policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Boa Vista e em São Paulo, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal, em Roraima.

Agência Brasil

Corpo de criança morta durante ataque a tiros na Terra Yanomami é encontrado por bombeiros em Roraima

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados.

Foto:CBMRR/Instagram
O Corpo de Bombeiros de Roraima informou que encontrou o corpo de uma criança indígena de 7 anos, na comunidade Parima, na Terra Yanomami. A criança foi morta durante ataque a tiros ocorrido na última segunda-feira (3). Na ocasião, mais cinco pessoas também ficaram feridas: um líder indígena, de 48 anos, uma mulher de 24 anos, a filha dela, de 5, e duas meninas, de 15 e 9 anos.
As buscas, que duraram três dias, começaram dois dias após o ataque. O corpo da criança caiu no rio e foi localizado na sexta-feira (7) perto do local do desaparecimento. Um helicóptero tinha sido enviado de Boa Vista para auxiliar no atendimento às vítimas.
Em uma rede social, o Corpo de Bombeiros informou que quatro mergulhadores da corporação trabalharam nas buscas, que começaram no dia 5 e terminaram no dia 7 deste mês, com a localização do corpo da criança. A missão teve apoio do Exército e da Marinha e da Polícia Militar de Roraima.
Bombeiros tiveram apoio do Exército, da Marinha e da Polícia Militar durante as buscas.

Garimpeiros

Os responsáveis pelo ataque fugiram do local e ainda não foram identificados. Após o ataque, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) divulgou nota informando que servidores da pasta se deslocaram para a aldeia, com policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança.
“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, diz o texto.

CNN Brasil