Rio Grande do Sul

Comitiva de Ministros Retorna ao Rio Grande do Sul para avaliar estragos causados por terceiro ciclone extratropical do ano

Ministros do governo federal sobrevoam áreas afetadas pelas chuvas, entregam ajuda humanitária e discutem medidas de apoio à população com governador do estado.

Rio Grande do Sul
Foto: Mauricio Tonetto/Secom
Na manhã desta quinta-feira, uma comitiva de ministros do governo federal retornou ao Rio Grande do Sul para avaliar os estragos causados pelo terceiro ciclone extratropical que atingiu o estado neste ano. Os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias; da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta; e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, acompanhados por integrantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, sobrevoaram a capital, Porto Alegre, e observaram os estragos causados pelas chuvas dos últimos dias, incluindo a cheia do rio Guaíba.
Ao pousarem no município de Lajeado, as autoridades foram recebidas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para discutir as ações de apoio à população afetada pelas intempéries climáticas. O ministro Waldez Góes compartilhou em vídeo nas redes sociais as paisagens alagadas e destacou o propósito da visita do governo federal, que é dialogar com a população e apresentar novas medidas para impulsionar a economia local.
A comitiva também visitou o ginásio Ito Snel, em Estrela (RS), onde mais de 700 pessoas foram acolhidas e 36 famílias atualmente encontram abrigo. No local, o governo federal entregou cestas básicas e foi recepcionado pelo prefeito Elmar Schneider.
Em Muçum, um dos municípios mais afetados, a comitiva visitou a Escola Municipal Castelo Branco. Até o momento, o número de mortes causadas pela passagem do ciclone extratropical chega a 50, com a descoberta de mais um corpo na quarta-feira (27). A Defesa Civil do estado informa que ainda há oito pessoas desaparecidas após as enchentes.
A Defesa Civil gaúcha emitiu alertas válidos até as 17h desta quinta-feira, relacionados a inundações em diversos rios, incluindo o Rio Gravataí, com níveis elevados, o Rio dos Sinos, em elevação a partir de Taquara, o Rio Caí, a partir de São Sebastião do Caí, e o Lago Guaíba, que transbordou na manhã de ontem.
Além da visita da comitiva ministerial, o governador do Rio Grande do Sul e parlamentares do estado estiveram em Brasília nesta quarta-feira, onde se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros da Secom, Paulo Pimenta, e da Casa Civil, Rui Costa, para discutir a reconstrução dos municípios afetados pelas inundações do início do mês, bem como outras demandas relacionadas à situação no estado.
O presidente Lula compartilhou sobre o encontro nas redes sociais, destacando a atuação do governo federal no auxílio às regiões afetadas pelas adversidades climáticas. A equipe ministerial permanecerá no Rio Grande do Sul para acompanhar de perto a situação e tomar medidas necessárias para o apoio à população e a reconstrução das áreas atingidas.

14 municípios gaúchos em situação de emergência após ciclone extratropical

O objetivo é oferecer suporte às comunidades afetadas o mais rápido possível.

Ponte destruída pelo ciclone – Foto: Guilherme Almeida

Segundo informações da Defesa Civil estadual, até a tarde de terça-feira (20), 14 municípios do Rio Grande do Sul haviam decretado situação de emergência devido ao ciclone extratropical que atingiu a região na última semana.

Os municípios afetados já produziram toda a documentação necessária, que está em processo de inserção no sistema para encaminhamento e posterior homologação pelo Estado, além do reconhecimento pela União.

Maquiné, cidade onde equipes da Defesa Civil nacional estão trabalhando desde a última segunda-feira (19), é o primeiro município a ter sua situação de emergência homologada pelo Estado e reconhecida pelo governo federal.

Equipes da Defesa Civil estadual estão presentes nos demais municípios, incluindo membros realocados de outras regiões não afetadas, oferecendo apoio técnico na produção da documentação e acelerando os processos.

As equipes têm buscado agilizar a produção de toda a documentação necessária para acelerar as medidas de ajuda humanitária e de restabelecimento nas áreas atingidas. O objetivo é oferecer suporte às comunidades afetadas o mais rápido possível.