Passageiros enfrentam superlotação nos ônibus e viagens mais longas devido à paralisação por tempo indeterminado do metrô na manhã desta sexta-feira.
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Uma manhã de transtornos e agitação atingiu a região metropolitana do Recife com a paralisação total do metrô, iniciada nesta sexta-feira. A medida, resultado da falta de acordo entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro-PE), tem gerado superlotação nos ônibus e prolongado significativamente o tempo de deslocamento dos passageiros.
A ausência de uma solução negociada entre a CBTU e o SindMetro-PE culminou na interrupção completa das operações do metrô, afetando milhares de passageiros que dependem diariamente desse meio de transporte. Com o metrô fora de operação, a demanda por ônibus aumentou exponencialmente, resultando em filas extensas nos pontos de parada e veículos sobrecarregados.
Maria Clara Lira, estudante de 19 anos, expressou sua frustração diante da situação: “Com a falta de metrô, o ônibus está com fila enorme, sempre tem uma grande fila, mas agora está sendo muito pior, mais tensa. Muita gente está indo muito lotada, muita gente está indo na porta, está muito cheio. Estou há duas horas aqui, já passaram cinco ônibus, sempre lotados.”
Apesar das dificuldades de locomoção e dos contratempos enfrentados, alguns passageiros demonstram apoio à greve dos metroviários. Gilson Gonçalves, comerciante de 44 anos, compartilhou sua perspectiva: “A paralisação do metrô. Acho que os rodoviários têm o direito de protestar. Atrapalha muita gente que está indo para o trabalho, estudo, faculdade e tudo mais. Mas a classe precisa ter seus direitos e salário digno, assim como a melhoria do serviço.”
Enquanto a greve dos metroviários continua por tempo indeterminado, os usuários do transporte público na região metropolitana do Recife enfrentam desafios adicionais em suas rotinas diárias, buscando alternativas para minimizar os impactos do caos no sistema de transporte. A espera pela retomada das negociações entre a CBTU e o SindMetro-PE permanece como uma esperança para o fim do impasse e a volta à normalidade no transporte público da região.