Danielle Zampollo

Tensão e Riscos: Repórter Enfrenta Ameaça de Policial Armado Durante Cobertura de Letalidade Policial em Comunidade

Repórter se identificou e tentou iniciar uma conversa com os policiais: “Eu sou jornalista.

Danielle Zampollo
Foto: Reprodução

O episódio do programa “Profissão Repórter” na última terça feira (15) abordou o tema da letalidade policial, focando em um incidente ocorrido na comunidade Prainha, localizada em Guarujá. A repórter Danielle Zampollo foi até essa comunidade para investigar as informações relacionadas às mortes ocorridas durante a Operação Escudo, na qual 16 indivíduos perderam a vida – 12 em Guarujá e 4 em Santos.
Na comunidade, durante a reportagem, um momento tenso aconteceu quando um policial apontou um fuzil em direção à jornalista. Danielle Zampollo descreveu que, ao chegar na comunidade, estava apenas com seu celular, deixando sua câmera no carro, pois seu objetivo era verificar e checar as informações. Durante essa abordagem, uma viatura da Polícia Militar, do COI (Comando de Operações e Inteligência), também chegou ao local.
A repórter se identificou e tentou iniciar uma conversa com os policiais: “Eu sou jornalista, posso perguntar que trabalho vocês vieram fazer aqui hoje?”. No entanto, o policial não respondeu. Diante disso, Danielle decidiu começar a registrar a entrada dos policiais na comunidade utilizando seu celular.
Percebendo a situação, ela disse novamente: “Tô mostrando o trabalho de vocês, tá bom?”. Nesse momento, o policial começou a apontar o fuzil em direção à repórter, uma ação que durou 17 segundos. Esse vídeo gravado pelo próprio policial viralizou nas redes sociais, com acusações de que a repórter estaria ali para expor alguma suposta irregularidade da polícia. No entanto, Danielle Zampollo explicou que sua intenção era, na verdade, se afastar da mira do fuzil do policial.
Um fato a ser ressaltado é que o policial não estava utilizando qualquer forma de identificação em sua farda, o que é uma obrigação de acordo com os procedimentos padrão.
Esse incidente evidencia a complexidade e as tensões inerentes à cobertura de temas sensíveis, como a letalidade policial, e a importância de jornalistas desempenharem um papel fundamental na busca por informações precisas e na prestação de contas das autoridades.

Marcius Melhem

Marcius Melhem vira réu por denúncia de assédio sexual

Humorista enfrenta acusação contínua de assédio sexual contra três mulheres que trabalharam sob sua chefia na Globo

Marcius Melhem
Foto: Divulgação
O humorista e ex-diretor de TV, Marcius Melhem, foi oficialmente considerado réu por assédio sexual, na terça-feira (8), depois da denúncia de assédio sexual feita por três mulheres, que eram subordinadas a ele no núcleo de humor da Globo. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) teve sua denúncia aceita pelo Tribunal de Justiça (TJRJ), segundo informação confirmada pela emissora ao G1.
Entre as vítimas está a atriz Carol Portes, que já havia compartilhado sua experiência de assédio por Melhem, quando ele atuava como ator e redator final do programa “Tá no Ar: a TV na TV”. As acusações também se baseiam nos depoimentos da atriz Georgiana Góes e de outra colaboradora, cuja identidade foi mantida em sigilo.
Apesar de Dani Calabresa ter sido uma das denunciantes iniciais, seu caso foi arquivado devido à prescrição dos fatos. Similarmente, casos de outras quatro mulheres também foram descartados por razões semelhantes. A denúncia original foi feita por oito mulheres e ganhou visibilidade após a atriz Dani Calabresa expor o ex-diretor. 
A revista Veja reportou que a denúncia de Calabresa, embora tenha gerado grande repercussão pública, foi arquivada. Entretanto, o Ministério Público optou por prosseguir com outros três casos presentes no mesmo inquérito.
Durante as acusações, a rede Globo conduziu uma investigação interna, e tanto o setor de Compliance da emissora quanto o Ministério Público Federal não confirmaram a ocorrência do suposto assédio sexual, descartando essa possibilidade. 
A emissora enfrenta atualmente uma ação instaurada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), alegando que casos de assédio no ambiente de trabalho ocorreram ao longo dos anos. Essa revelação provém de um extenso documento de 2,5 mil páginas obtido pela revista Veja e divulgado em maio último.