Operação

Operação Incúria: Cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal é alvo de prisões e buscas

 Os agentes cumpriram 12 mandados contra policiais envolvidos no ato golpista de 8 de janeiro

Operação
Foto: Reprodução/Tv Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) realizaram, na manhã de sexta-feira (18), a Operação Incúria, com sete prisões preventivas e cinco mandados de busca e apreensão dirigidos a membros e ex-membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Todos os alvos foram detidos e os mandados executados.
A operação é decorrente de uma denúncia do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação da PGR, conduzida por sete meses, descobriu que os PMs trocaram mensagens com teor golpista e disseminaram informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Segundo a PGR, a alta hierarquia da PM teria se omitido em conter o vandalismo nas sedes dos Três Poderes por estar alinhada ideologicamente com manifestantes golpistas. A PMDF afirmou que a Corregedoria está acompanhando o caso.
Os oficiais alvos incluem o atual comandante-geral Coronel Klepter Rosa Gonçalves, Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, Coronel Jorge Eduardo Naime, Major Flávio Silvestre de Alencar, Tenente Rafael Pereira Martins e Coronel Fábio Augusto Vieira. São acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e infrações à Lei Orgânica e Regimento Interno da PM. Naime e Flávio Silvestre já estão detidos.
Os procuradores também encontraram evidências de que a cúpula da PMDF infiltrou agentes de inteligência entre manifestantes do acampamento golpista próximo ao Quartel General do Exército, em Brasília, com o objetivo de obter informações. Segundo a investigação, eles também tinham ciência da magnitude e gravidade dos atos planejados para 8 de janeiro.
Adolescente morto

Moradores acusam a PM de assassinar adolescente na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro

 Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morreu baleado em operação policial no domingo (6)


Adolescente morto
Foto: Reprodução/Redes sociais

Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morreu baleado na noite de domingo (6), durante operação na Cidade de Deus, comunidade do Rio de Janeiro. Os moradores da região afirmam que a Polícia Militar (PM) foi responsável pela morte do jovem, além de forjar a cena do crime.
Os agentes não estavam com as câmeras dos uniformes funcionando, o que ajudaria a descobrir como a morte aconteceu. A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do crime.
A PM afirmou que o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) estava fazendo uma patrulha na comunidade, quando “dois homens em uma moto atiraram contra”. Durante a troca de tiros, uma bala atingiu Thiago. A polícia isolou o local para realizar a perícia.
A família da vítima contou uma outra versão do ocorrido, alegando que os polícias já chegaram atirando. “Eles estavam de moto na principal da CDD, a polícia encontrou com eles e deu muitos tiros neles. Deu muito tiro neles! Meu sobrinho é pequeno, tem corpo de criança, e está com mais de 5 tiros espalhados pelo corpo. Muito tiro em uma criança de 13 anos”, disse Nathaly Bezerra Flausino, tia do adolescente.
Uma testemunha não identificada que presenciou o crime deu o mesmo depoimento que a família de Thiago. “Eu estava aqui na hora da ação desastrosa da Polícia Militar. Entrando pela Rua Jeremias quando a polícia e o Caveirão saíram entrando. Já atirando para dentro da nossa comunidade, onde havia mais de um morador”, contou.
A testemunha ainda falou sobre a alteração na cena do crime feita pelos agentes. “Além disso, simularam uma troca de tiros aqui fora para poder dizer que houve uma troca de tiros aqui fora. É mentira”. E ainda completou: “quando eles viram que a criança já estava morta com um tiro fatal, eles queriam tirar o corpo da criança do chão. Nós peitamos e não deixamos eles levarem o corpo da criança”.
Moradores filmavam a operação, quando foram afastados por granadas de efeito moral. A PM havia informado nas redes sociais que “um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto”. Depois divulgaram que “Após confronto, um adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos”.
Uma pistola calibre milímetros foi apreendida. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) vai ajudar nas investigações junto com a Polícia Civil.
Polícia Militar

Sede do 19º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco é reinaugurada pela governadora Raquel Lyra

Polícia Militar
Foto: Hesíodo Góes/Secom
Após passar por uma reforma estrutural, a sede da 1ª Companhia do 19º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco, na entrada de Brasília Teimosa, foi reinaugurada nesta quinta-feira (9) pela governadora Raquel Lyra. O espaço, reconstruído em parceria com o Instituto JCPM de Compromisso Social, chega para descentralizar e agilizar as ações da companhia na Zona Sul da capital pernambucana. Durante o evento, que contou com a participação da vice-governadora Priscila Krause, houve o descerramento da placa do prédio.
“O 19º Batalhão terá mais de cem policiais para garantir, com dignidade, o atendimento à população e um local decente de trabalho para os profissionais. A unidade já tem uma trajetória de aproximação com a comunidade e o nosso propósito é garantir que isso seja cada vez mais a realidade na vida da polícia de Pernambuco”, ressaltou Raquel Lyra. A secretária de Defesa Social, Delegada Carla Patrícia, registrou que o papel do Estado é tornar a segurança pública cidadã. “Quando a governadora me chamou para esse desafio que é assumir a Defesa Social do nosso Estado ela me deu as missões de cuidar do nosso efetivo e aproximá-lo do cidadão. E este posto policial demonstra essa aproximação”.
Para a reforma da unidade, o Instituto JCPM de Compromisso Social investiu cerca de R$ 600 mil, acrescentando mais de 30% de área construída ao projeto antigo. Para isso, foi necessário demolir o prédio anterior e iniciar a nova estrutura. “Estamos entregando esse equipamento e esperamos que exista a segurança para a comunidade e os visitantes, e que ele sirva também para a integração com a sociedade”, destacou o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça.
Moradora da comunidade de Brasília Teimosa, a jovem Maria do Carmo fez um pedido para as autoridades presentes. “Espero que a presença do núcleo no bairro seja permanente e torne-se um equipamento ainda mais reconhecido pela comunidade, não por promover uma cultura de repressão, mas com o compromisso na construção da solidariedade e da segurança comunitária”, discursou a jovem.
Com a reestruturação, a nova sede da companhia passou a ter aproximadamente 100 metros quadrados. O espaço conta com recepção, dois dormitórios (um feminino e outro masculino), área administrativa, copa e quatro banheiros, sendo um deles exclusivo para pessoas com deficiência. A sede do Batalhão vai beneficiar diretamente as comunidades do Pina, Brasília Teimosa e Bode. Além disso, atuará no policiamento de todo o bairro de Boa Viagem. O funcionamento será de 24 horas por dia.
Estavam presentes no evento os secretários estaduais Coronel Mamede (Casa Militar) e Aloisio Ferraz (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca), além da chefe da Polícia Civil, Simone Aguiar, do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Tiberio, e do gerente geral de Polícia Científica, Fernando Benevides. A deputada federal Clarissa Tércio e a deputada estadual Débora Almeida também acompanharam a solenidade.
Jadson Caetano

Preso em flagrante em Cabrobó, Jadson Caetano responde a processo na justiça

Prisão aconteceu no sertão de Pernambuco as margens da BR-428

Jadson Caetano
Jadson Caetano / Ilustração: Portal Fala News

O engenheiro e político Jadson Caetano, que exerce a função pública de técnico em eletrotécnica, lotado no setor de Engenharia e Meio Ambiente da Unidade acadêmica da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) no Cabo de Santo Agostinho, e que já disputou as eleições para prefeito em 2020, e para o cargo de deputado estadual em 2022, ambas candidaturas pelo Cidadania, teve a prisão em flagrante delito decretada em 02 de fevereiro de 2022, na cidade de Cabrobó, no Sertão do São Francisco, no interior do estado de Pernambuco.
Auto de Prisão em Flagrante de Jadson Caetano. Imagem: Portal Fala News
A prisão em flagrante foi realizada pela polícia militar, por volta das 14:00 horas, e ocorreu as margens da BR-428, próximo ao canal da transposição do Rio São Francisco, na zona rural do município de Cabrobó, segundo o boletim de ocorrência os policiais avistaram um veículo modelo S-10 cor Cinza de placa KYM-6E43, parado no acostamento, e no momento visualizaram quatro homens saindo da caatinga e um deles com uma arma de fogo na mão. Imediatamente foi dada voz de prisão aos quatro homens que eram eles, Jadson Caetano da Silva, Everton Diego Pedrosa, Douglas Guilherme Santos de Amorim, e Thallyson Bruno da Silva, de acordo com a polícia a arma de fogo modelo Tauros, semiautomática, calibre 380, estava nas mãos de Everton Diego, e a prisão foi registrada por porte ilegal de arma.
SIGA NOSSO INSTAGRAM @PORTALFALANEWS
Imagem: Portal Fala News
A polícia encontrou além da arma com 13 munições intactas, mais dois carregadores com 36 munições intactas do mesmo calibre dentro do Carro. Todos foram conduzidos pela autoridade policial para a delegacia em Cabrobó.
Boletim de Ocorrência da Prisão em Flagrante de Jadson Caetano. Imagem: Portal Fala News

Boletim de Ocorrência da Prisão em Flagrante de Jadson Caetano. Imagem: Portal Fala News

SE INVREVA EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE AQUI!

A arma em poder de Everton, na realidade pertencia ao político Jadson Caetano, que se apresentou como CAC – sigla para Colecionador, Atirador e Caçador, são as atividades em que Pessoas Físicas são categorizadas no Exército Brasileiro através do Certificado de Registro, atividade bastante facilitada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após a prisão em fragrante e o pagamento de fiança no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), todos foram liberados, e Jadson Caetano está respondendo em liberdade condicional o processo pelo porte da arma de fogo.
Os CACs, contudo, não figuram entre as pessoas com autorização para portar armas de fogo, razão pela qual, inicialmente, o Exército editou a Portaria nº 28 – Colog, de 14 de março de 2017, permitindo aos atiradores o porte de uma arma de fogo municiada nos deslocamentos do local de guarda do acervo até os locais de prática ou treinamento. Medida alterada a partir de 2023 que não permite mais o transporte de arma de fogo por colecionadores, atiradores e caçadores.
Jadson Caetano
Jadson Caetano durante a sua campanha para deputado estadual pelo Cidadania 23 em 2022. Foto: Reprodução
A arma de fogo, apreendida na abordagem policial, foi comprada por Jadson Caetano no dia 06 de dezembro de 2019, pelo valor de R$ 3.790,00 (três mil setecentos e noventa reais), com registro KMW70270, vendida pela empresa paranaense de nome fantasia Pau de Fogo, que fica na capital Curitiba.
Segundo a PF, a legislação atual não permite o “porte de trânsito de arma de fogo municiada por colecionadores, atiradores e caçadores”. Com isso o processo por porte ilegal de arma segue na justiça contra Jadson Caetano.
A política armamentista de Jair Bolsonaro, durante seus quatro anos de governo, abriu diversas brechas para que civis se armassem, ao pretexto de serem colecionadores, como o caso ocorrido com o político escadense, que tem usado em suas campanhas o discurso da moralidade, de combate a corrupção e ao não cometimento de crimes, e que passa a responder criminalmente por infringir a lei, a partir do momento que andava armado mesmo que com uma pistola legalizada, mas sem autorização para portá-la livremente como fez.
Pagamento da fiança para responder o processo em liberdade. Imagem: Portal Fala News
Juridicamente Jadson Cetano poderá não ter grandes problemas por ser réu primário, ter residência fixa, e emprego formal, mas politicamente ele se alinha a extrema-direita na prática, ao lado dos armamentistas, e daqueles que pregam a moralidade, porém não cumprem a lei. E politicamente poderá sair bem caro na matemática política esse seu atropelo e mau exemplo, pois em 2024 irão ocorrer as eleições municipais, pleito que ele pretende concorrer, mas desta vez com essa mancha em sua ficha criminal, e com essa munição nas mãos dos seus adversários, que irão o interrogar porque seu discurso diverge da sua prática.