Reajuste máximo dos planos de saúde deverá afetar oito milhões de brasileiros

 Medida aprovada pela ANS tem o valor acima da inflação 


Foto: Reprodução/Freepik
 
Nesta semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou o reajuste máximo de 9,63% para os planos de saúde individuais e familiares. Esse aumento afetará cerca de oito milhões de brasileiros, o equivalente a 16% dos usuários de planos de assistência médica no país.

A medida, que será válida de maio de 2023 a abril de 2024, será publicada no Diário Oficial da União. O valor do reajuste representa um acréscimo de 67% em relação à inflação acumulada em 2022.

A ANS utiliza uma metodologia que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para determinar o percentual máximo de reajuste.

Os usuários dos planos serão cobrados no mês de aniversário do plano, e as operadoras podem realizar a cobrança retroativa dos meses de maio, junho e julho de 2023 nos meses seguintes, uma vez que o reajuste é válido a partir de maio deste ano.

Milton Ramos, especialista da área do escritório Caribé Advogados, destaca a importância de os beneficiários ficarem atentos ao receberem a fatura. É necessário verificar se o reajuste de até 9,63% foi aplicado no mês de aniversário do plano e se algum membro atingiu alguma faixa etária que justifique um reajuste adicional.

Caso seja identificada uma cobrança indevida, o usuário deve entrar em contato com a operadora para obter esclarecimentos. Se não houver uma solução satisfatória, é recomendado buscar auxílio junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar. O contato pode ser feito por telefone, no número 0800 7019656, ou através do serviço online disponível no site da ANS.

ANS suspende a comercialização de 31 planos de saúde por mau desempenho

Empresas não poderão incluir novos clientes

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu, por um trimestre, a comercialização de 31 planos de saúde de nove operadoras devido ao mau atendimento aos usuários. Os beneficiários desses planos manterão suas coberturas, porém novos clientes não poderão ser admitidos até que a avaliação seja melhorada.

A lista dos planos com a comercialização suspensa foi divulgada nesta segunda-feira (19) e está disponível no site da agência. Na página, também é possível verificar os planos de saúde que já estavam suspensos e ainda não foram liberados.

A decisão da agência reguladora baseou-se nas mais de 46 mil reclamações registradas pelos clientes no primeiro trimestre de 2023, por meio do Monitoramento da Garantia de Atendimento. Os planos suspensos no último monitoramento abrangem um total de 407 mil usuários.