Marcola

Líder do PCC, Marcola é transferido para hospital sob forte escolta

Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, passou por exames no Hospital Regional do Gama após ser transferido do presídio federal de Brasília.

Marcola
Foto: Jorge Santos
O líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, foi transferido do presídio federal de Brasília para realizar exames no Hospital Regional do Gama, localizado a 37 km do centro da capital. Marcola está cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima desde janeiro e, durante a transferência, foi conduzido de helicóptero com uma forte escolta, contando com quase 100 policiais acompanhando todo o trajeto.
Segundo informações obtidas de uma fonte da cúpula do presídio , esse tipo de transferência é rotineira, mas devido à sua notoriedade, Marcola recebeu um reforço especial na segurança, chamando atenção para a operação. De acordo com o advogado Bruno Ferullo, responsável pela defesa do detento em seus processos legais, Marcola passa bem, tendo realizado exames de rotina e uma endoscopia.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça, emitiu nota informando que os presos custodiados no Sistema Penitenciário Federal recebem toda a assistência necessária de acordo com suas necessidades individuais, contando com uma equipe de saúde multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais.
Marcola possui uma longa sentença a cumprir, sendo considerado o líder de facção criminosa no Brasil com o maior tempo de pena: 338 anos. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu sua pena em quatro anos, resultando em um total de 338 anos por conta de um roubo cometido por ele e comparsas em 1986.
Desde que foi apontado como líder máximo do PCC, Marcola enfrentou acusações de cometer diversos crimes de dentro da prisão. Ele foi condenado por vários homicídios ocorridos enquanto estava detido. A maior condenação, de 160 anos, foi determinada em março de 2013, quando foi considerado culpado por uma chacina de oito presos na Casa de Detenção do Carandiru (SP).
A maior parte de suas condenações (290 anos de pena) foi por crimes cometidos durante o período em que Marcola esteve preso, sendo acusado de ser mandante de roubos e homicídios. Além disso, outros 40 anos de pena foram atribuídos a roubos a carros, bancos e empresas de valores entre 1980 e 1990, e ele também foi condenado pela morte de um juiz de São Paulo em 2003.
Em todos os interrogatórios, Marcola nega ser integrante do PCC. No entanto, o Ministério Público vem denunciando o detento como mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos, formação de quadrilha e associação à organização criminosa.
PCC

Polícia apreende dezenas de carros de luxo supostamente do PCC, em São Paulo

 A Polícia ainda realizou busca e apreensão em sete endereços

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Foto: William Santos/TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo, apreendeu, na quinta-feira (27), cerca de 50 veículos luxuosos de duas lojas, na Zona Oeste de São Paulo, que eram usadas para lavagem de dinheiro pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Um homem foi detido em flagrante por porte ilegal de arma e dinheiro em espécie. A polícia ainda realizou mandado de busca e apreensão em sete endereços. Os carros vão passar por perícia para saber o valor total apreendido, além de investigar o histórico de negociação.
Segundo as investigações, a suspeita é que a facção usava “laranjas”, pessoas que registravam os veículos em seus nomes para desviar a atenção da polícia, mas que não tinham poder aquisitivo para adquirir carros caros.
Entre os automóveis apreendidos estão carros que custam mais de R$ 10 milhões como McLaren, Ferrari e Porsche. Os veículos estão na 30º DP do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.