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Onda de calor excepcional desafia o inverno brasileiro e pode quebrar recordes de temperatura

Massa de ar quente e seco traz temperaturas típicas de setembro e outubro para o país durante a 3ª semana de agosto

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Foto: Reprodução/InMet
Segundo informações do Climatempo, a partir desta terça-feira (22), os termômetros se elevarão devido à influência de uma grande massa de ar quente e seco que abrange boa parte do território brasileiro. Uma intensa onda de calor, projetada para persistir até o próximo sábado (26), está prestes a estabelecer possíveis recordes de temperatura no Brasil, em pleno inverno. 
A análise dos meteorologistas indica que o calor previsto para esta terceira semana de agosto é mais característico dos meses de setembro e outubro. Durante os primeiros 21 dias deste mês, já foram registrados picos de calor pelo país. Cuiabá, por exemplo, marcou 40,4°C no dia 10, estabelecendo um novo recorde de calor do ano no país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A média de temperatura para a região no mês é de 34,7°C.
As regiões mais impactadas pela elevação das temperaturas são o Sudeste e o Centro-Oeste, onde são previstas máximas próximas ou acima de 40ºC em diversos locais. A MetSul, agência de meteorologia, explica que o calor extremo é resultado da influência de uma “corrente de jato” em baixos níveis da atmosfera, que transporta ar quente do Norte do país em direção ao Sul e Sudeste.
Diferentemente das situações anteriores, quando a corrente de jato normalmente provém da Bolívia ou do Centro-Oeste brasileiro, desta vez ela se origina do leste da região dos Andes, no Chile.
Esse fenômeno, com uma extensão de centenas de quilômetros, se forma a partir do sul da região amazônica e percorre uma trajetória até a Bacia do Rio da Prata, estendendo-se ao sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Esse transporte de ar quente é frequentemente observado antes da chegada de frentes frias e ciclones.
Chile

Chile registra altas temperaturas nos Andes durante o inverno

País registrou 38,9ºC na Cordilheira dos Andes

Chile
Foto: Reprodução/Metdesk

Os termômetros marcaram 38,9ºC na Cordilheira dos Andes, no Chile, na terça-feira (1). As altas temperaturas, sem precedentes para a época, que impactam o país estão acontecendo durante o período do inverno.
O serviço de meteorologia do Chile alertou para o “evento de altas temperaturas” no Antofagasta, Atacama e Coquimbo, no Norte país, que deve se estender até sexta-feira (4). O aumento da temperatura também é esperado na Argentina, Paraguai e Uruguai, por causa de uma massa de ar quente que recobre parte da América do Sul, de acordo com a MetSul.
No Brasil, o fenômeno também afeta o Rio Grande do Sul, que já está registrando altas temperaturas desde terça, com máximas que ultrapassaram 29ºC. O aumento alarmante ainda tem impactado outros países como Estados Unidos e China, que bateu recordes de temperatura em julho.
Alguns fatores explicam as ondas de calor registradas, como o avanço de El Niño, fenômeno que dificulta as frentes frias de entrarem no continente, aumentando o calor, e a queima de combustível fóssil, ação humana que mais impactou o equilíbrio climático.
Em julho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que o mês marcou as maiores temperaturas já registadas. Segundos os cientistas, a tendência é que a temperatura aumente com o passar dos anos.