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Eleições do Náutico são antecipadas para 12 de novembro

Comissão Eleitoral define datas e requisitos para o pleito que definirá os rumos do clube.

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Foto: Léo Lemos/CNC
Na tarde desta terça-feira (26), a Comissão Eleitoral do Náutico anunciou uma importante mudança no calendário eleitoral do clube, alterando a data das eleições que antes estavam previstas para dezembro. O pleito que decidirá quem assumirá o Executivo alvirrubro no biênio 2024/2025 e os 270 conselheiros para o quadriênio 2024/2027 agora ocorrerá no dia 12 de novembro. A votação será realizada das 8h às 17h, na sede social, nos Aflitos.
Para participar do processo eleitoral, as chapas interessadas devem se inscrever entre os dias 06 e 13 de outubro, seguindo os requisitos estabelecidos no Estatuto do clube. Candidatos ao Executivo precisam ter no mínimo 30 anos na data da inscrição da chapa, serem associados há pelo menos três anos, estarem em dia com suas contribuições há no mínimo dois anos, e não terem sido anistiados do pagamento de suas contribuições há pelo menos dois anos.
Uma das informações cruciais para os sócios é a lista dos aptos a votar, que será divulgada até o dia 11 de outubro pelo atual presidente do Executivo. Essa antecedência mínima de 30 dias para a eleição permitirá que os sócios verifiquem sua situação e regularizem eventuais pendências a tempo de participar do pleito. A lista estará disponível no quadro de avisos e no site oficial do clube.
Essa decisão de antecipar as eleições do Náutico surge após uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, realizada na última quinta-feira (21). Durante a reunião, foram anunciados os novos nomes para a presidência e vice-presidência da Comissão Eleitoral. Joaquim Dias, subprocurador-geral da República, e Cláudio Borga, delegado da Polícia Civil, foram escolhidos para ocupar esses cargos, preenchendo as lacunas deixadas pelos juízes Leonardo Asfora e Lucas Coutinho.
A antecipação das eleições e a definição dos procedimentos demonstram o compromisso do Náutico em garantir um processo eleitoral transparente e justo, permitindo que seus associados exerçam seu direito democrático de escolher os futuros líderes do clube. Os próximos meses serão de intensa movimentação nos bastidores do Alvirrubro, à medida que as chapas se formam e os candidatos se preparam para a disputa que definirá os rumos da instituição nos próximos anos.
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Náutico e SAF o caminho para o sucesso e profissionalismo no Futebol

Proposta de investimento bilionária levanta questões sobre a transformação do Náutico em Sociedade Anônima do Futebol.

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Foto: Divulgação
Nos últimos dias, a notícia de uma proposta não-vinculante entre o Náutico e um potencial investidor da SAF causou grande agitação no mundo do futebol. Os valores envolvidos na negociação, aproximadamente R$ 1 bilhão, despertaram o interesse dos torcedores alvirrubros e de seus adversários. Antes de sonhar com contratações de alto nível, é fundamental compreender o funcionamento de uma SAF, o destino do dinheiro prometido e as garantias que o clube possui.
Para esclarecer esse tema que ganhou destaque no noticiário esportivo brasileiro, o Esportes DP entrevistou o advogado Pedro Teixeira, sócio da TPB Advogados e especialista em SAF, que também é presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB/RJ.

O que é a SAF?

A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um tipo societário aplicável exclusivamente aos clubes de futebol, criado para promover o profissionalismo tanto nos investimentos voltados para o desenvolvimento do futebol brasileiro quanto na gestão dos clubes, muitos dos quais estão atolados em dívidas históricas. Pedro Teixeira esclarece que a SAF é um modelo empresarial destinado a estimular clubes, que atualmente são organizações civis sem fins lucrativos, a adotarem uma abordagem empresarial em sua administração.

Por que os clubes estão se tornando empresas agora?

Embora tenha havido um crescimento recente no número de clubes-empresa no Brasil, essa transformação não é algo novo. O Cuiabá, que compete no Brasileirão, tornou-se uma empresa em 2009, enquanto o RB Bragantino foi adquirido pela Red Bull em 2019, quase dois anos antes da Lei da SAF ser sancionada pelo Congresso Nacional.
A principal diferença da SAF em relação aos modelos empresariais anteriores é o pacote de benefícios criado para incentivar as associações civis a adotarem o modelo empresarial. Isso inclui um regime tributário especial chamado de Tributação Especial do Futebol (TEF), que reduz a carga tributária dos clubes. Além disso, a SAF oferece a possibilidade de solucionar dívidas por meio de recuperação judicial, extrajudicial ou pelo regime centralizado de execuções.
De acordo com Pedro Teixeira, a SAF não apenas torna os clubes mais atraentes para investidores, mas também impõe uma maior responsabilização dos gestores em caso de administrações temerárias, incentivando a profissionalização.

Os Próximos Passos do Negócio

O processo de constituição da SAF não é recente para o Náutico, que trabalha nisso há mais de um ano. Uma das medidas tomadas foi a recuperação judicial. O clube também fechou um contrato de locação de parte de seu Centro de Treinamento Wilson Campos para uma rede de supermercados pelos próximos 20 anos, garantindo uma receita mensal considerável.
A proposta apresentada pela SAF Timbu é atualmente não-vinculante, o que significa que não há consequências legais caso uma das partes desista do negócio. O próximo passo é a formalização do interesse em uma proposta vinculante, que será submetida à aprovação do Conselho Deliberativo e, em seguida, à votação da Assembleia Geral de Sócios. Devido à recuperação judicial em curso, a proposta também deverá ser aprovada pela Assembleia Geral de Credores e homologada pelo juiz responsável pela recuperação judicial.

O que mudaria na estrutura do Náutico?

Com a aprovação da constituição da SAF, o Náutico continuará existindo como uma associação, mas será criado um novo CNPJ para a empresa que assumirá o futebol do clube, a Sociedade Anônima do Futebol. Os ativos do clube, como contratos e direitos comerciais, serão transferidos para a propriedade da nova empresa, enquanto a associação ficará com o passivo e possivelmente com os ativos imobiliários, como o Estádio dos Aflitos e o CT Wilson Campos.

Aflitos e CT Wilson Campos

A legislação da SAF não estabelece regras obrigatórias sobre a propriedade de imóveis. Portanto, a decisão sobre a propriedade dos ativos imobiliários dependerá do acordo estabelecido entre o clube e o investidor. A prática comum no Brasil é que a associação civil mantenha a propriedade dos ativos imobiliários e os ceda à SAF por meio de contratos de locação.

Investimentos e Dívidas

A proposta de aquisição da SAF do Náutico envolve um pacote de investimentos que pode chegar a R$ 980 milhões. No entanto, isso não significa que o clube receberá essa quantia integralmente. O valor do acordo é composto por diversos elementos, incluindo:
Orçamento Mínimo: Estabelece os investimentos anuais mínimos que o investidor se comprometerá a fazer para contratações e custos operacionais, relacionados ao desempenho esportivo da equipe e ao aumento das receitas, como a venda de direitos de TV.
Pagamento da Dívida: O Náutico possui uma dívida histórica de mais de R$ 227 milhões, que será custeada pela SAF. Outra opção seria direcionar parte dos investimentos para quitar integralmente os credores.
Investimento em Estrutura: Uma parte significativa dos recursos será destinada à reforma e modernização das instalações do clube, incluindo o Estádio dos Aflitos e o CT Wilson Campos, com investimentos estimados em R$ 350 milhões.
Os detalhes precisos desses investimentos serão discutidos na formalização da proposta, que incluirá um plano detalhado de investimentos.
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Náutico recusa proposta da Liga Forte Futebol para venda de direitos de transmissão no Campeonato Brasileiro

Clube mantém posição firme na decisão do Conselho Deliberativo, aguardando ofertas mais vantajosas.

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Foto: Paulo Allmeida/FP
O Náutico rejeitou de forma unânime a proposta apresentada pela Liga Forte Futebol (LFF) para a venda de 20% dos seus direitos de transmissão no Campeonato Brasileiro. A decisão foi tomada durante uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo realizada na última quinta-feira, 21 de setembro. Embora a oferta da LFF tenha sido de R$ 35 milhões, destinados aos clubes da Série C, o Timbu deixou claro que esperava valores mais substanciais, em torno de R$ 60 milhões.
A proposta da LFF consistia em um investimento de R$ 35 milhões, a serem distribuídos entre os clubes da Série C, com um contrato de validade a partir de 2025 e duração de 50 anos. Entretanto, a oferta não atendeu às expectativas dos dirigentes alvirrubros, que optaram por recusá-la, mantendo sua posição firme quanto ao valor desejado.
Apesar da recusa, o Náutico permanece como sócio-fundador da Liga Forte Futebol e continua a fazer parte do grupo de mais de 25 clubes que compõem a entidade. Os conselheiros do clube deixaram a possibilidade de diálogo em aberto, aguardando eventuais ofertas mais vantajosas para a venda de seus direitos de transmissão.
Como alternativa à proposta da LFF, a Libra enviou uma oferta ao Náutico em 11 de setembro. A Liga Libra assegurou que o clube pernambucano teria os mesmos benefícios concedidos aos atuais integrantes da liga. No entanto, a concretização desse acordo está condicionada ao retorno do Náutico à Série B do Campeonato Brasileiro. A aguardar desenvolvimentos, o Náutico segue avaliando as opções disponíveis para maximizar seus benefícios financeiros no cenário esportivo.
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Náutico recebe oferta de R$ 980 milhões por 90% das ações da SAF

Proposta não vinculante inclui modernização do clube e depende de metas contratuais.

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Foto: Tiago Caldas/CNC
O Náutico, tradicional clube de futebol brasileiro, recebeu uma proposta tentadora para a venda de 90% das ações de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A oferta, que não possui compromissos formais e consequências jurídicas em caso de desistência, poderá injetar até R$ 980 milhões de investimentos nos próximos 10 anos na agremiação.
A notícia foi divulgada pelo portal ge e confirmada pela equipe de reportagem do DP Esportes em contato com a alta cúpula alvirrubra. A proposta, não vinculante, abre a possibilidade de ajustes nos termos e valores antes de uma oferta formal que se espera nas próximas semanas.
O ambicioso plano de investimentos de quase um bilhão de reais ao longo da próxima década contempla não apenas o pagamento de credores, mas também a modernização das instalações do clube, incluindo o estádio dos Aflitos, a sede e o CT Wilson Campos. Entretanto, a quantia que efetivamente ingressará nos cofres do Náutico está sujeita a uma série de fatores, como o cumprimento de metas contratuais e o aumento expressivo das receitas, como a participação na Liga Forte Futebol ou na Libra.
A oferta inicial foi bem recebida pelos dirigentes do Náutico, mas alguns termos ainda necessitam de discussões antes da apresentação de uma proposta vinculante. Esta última será submetida à análise do Conselho Deliberativo e, posteriormente, à votação na Assembleia Geral de Sócios.
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Náutico conquista prorrogação na recuperação judicial e garante mais 180 dias de alívio

Tribunal de Justiça de Pernambuco estende a situação do Timbu, suspendendo ações e execuções.

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Foto: CNC
O Náutico obteve uma importante vitória nesta quarta-feira ao conseguir a prorrogação de sua Recuperação Judicial junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. A sentença, que saiu na manhã de hoje, estende por mais 180 dias a situação do clube alvirrubro, mantendo suspensas as ações e execuções contra a agremiação.
O pedido de recuperação inicial foi protocolado em 21 de março deste ano e estava programado para encerrar hoje. Com a decisão favorável, o Náutico ganha um novo período de alívio, garantindo sua estabilidade financeira durante a continuidade do processo de reestruturação.
A decisão que concedeu a prorrogação foi despachada pelo juiz Adriano Mariano de Oliveira, que substituiu Arnóbio Amorim, que anteriormente estava à frente do caso.
Com a confirmação da extensão da Recuperação Judicial, permanecem suspensos os processos de leilões, como o da sede social e da garagem do remo, bem como as execuções trabalhistas, que representam 49,5% do valor total das dívidas do clube.
A Recuperação Judicial é um instrumento legal utilizado por empresas em dificuldades financeiras para evitar a falência. Ela permite a renegociação das dívidas e a preservação dos ativos da empresa. No contexto dos clubes de futebol, a Recuperação Judicial é um dos primeiros passos necessários para a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), um modelo de gestão que visa modernizar o futebol brasileiro.
A prorrogação da Recuperação Judicial do Náutico agora está prevista para encerrar em março de 2024, proporcionando ao clube um horizonte mais claro para a reorganização de suas finanças e a continuidade de suas atividades esportivas.