Gleide Ângelo

Deputada Delegada Gleide Ângelo critica políticas para mulheres em Pernambuco

Parlamentar denuncia desmantelamento da Secretaria da Mulher e aumento da violência de gênero no estado.

Gleide Ângelo
Foto: Reprodução

Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa na segunda-feira (25), a deputada Delegada Gleide Ângelo fez um contundente pronunciamento, criticando as ações até então implementadas pelo executivo estadual em relação à política de mulheres em Pernambuco. A parlamentar destacou o desmantelamento da Secretaria da Mulher e o sucateamento dos equipamentos e serviços públicos oferecidos pela pasta.
Gleide Ângelo iniciou seu discurso lamentando a triste marca de quase 200 mulheres assassinadas no estado até o mês de setembro, descrevendo a situação como uma verdadeira chacina de mulheres. Ela ressaltou que, após nove meses de gestão, não houve nenhuma ação ou campanha expressiva de combate à violência de gênero. Pelo contrário, houve o fechamento de delegacias especializadas e de uma das quatro casas-abrigo, além da precariedade nos serviços oferecidos nas que estão em funcionamento. A deputada mencionou inúmeras denúncias de abusos físicos, psicológicos e até sexuais, fazendo uma referência ao caso da criança de dois anos, filha de uma assistida, que foi estuprada na casa abrigo do Cabo de Santo Agostinho no último mês de julho.
A deputada Delegada Gleide Ângelo destacou que em 16 anos de existência da Secretaria da Mulher, nunca houve tamanha inoperância e ineficiência na pasta. Ela também fez menção à eleição da primeira mulher governadora na história de Pernambuco, enfatizando que as ações do estado não refletem um compromisso genuíno com a vida das pernambucanas.
A parlamentar anunciou que aguardará a apresentação do Programa Juntos pela Segurança para avaliar se haverá, de fato, medidas efetivas voltadas para a segurança e a vida das mulheres pernambucanas.
A situação denunciada pela deputada Delegada Gleide Ângelo coloca em pauta a necessidade de uma revisão urgente das políticas de proteção e combate à violência de gênero em Pernambuco, bem como um debate sobre o papel do estado na promoção da segurança das mulheres no estado.
Governadora Raquel Lyra

Agora é lei: governo de Pernambuco institui programa de distribuição gratuita de absorventes íntimos

Uma em cada quatro brasileiras não tem acesso aos absorventes por falta de dinheiro para comprar o produto de higiene

Governadora Raquel Lyra
Foto: Reprodução/Instagram

 A Governadora Raquel Lyra (PSDB), divulgou nas suas redes sociais na noite dessa segunda-feira (17), que sancionou a lei que obriga a distribuição de absorventes higiênicos para meninas e mulheres de Pernambuco. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa. 

Os absorventes íntimos serão distribuídos gratuitamente nas redes estaduais de ensino, nos sistemas socioeducativo e penitenciário, além de casas de acolhimento. 

Segundo um relatório do movimento global Girl Up, da Fundação das Nações Unidas, uma em cada quatro brasileiras não tem acesso aos absorventes por falta de dinheiro para comprar o produto de higiene. Além disso, existe muita desinformação em relação à menstruação.

A governadora citou que o objetivo é combater a pobreza menstrual. “Muitas meninas deixam de ir às escolas porque não tem absorvente em casa. E agora, a gente permite que esse fato, apesar de ser tão simples e comum, deixe de ser uma preocupação para as mulheres e meninas do estado, afirmou Raquel. 

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Marcha das Margaridas 2023 reunirá mais de 100 mil mulheres em Brasília

A maior ação política de mulheres da América Latina acontecerá nos dias 15 e 16 de agosto e contará com delegações de todo o Brasil e de outros países

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A capital do Brasil receberá mais de 100 mil mulheres para a 7ª Marcha das Margaridas. A maior ação política de mulheres da América Latina com protagonismo das mulheres do campo, da floresta e das águas, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e 16 organizações parceiras, acontece a cada quatro anos, terá como lema dessa vez “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

“Margaridas de todos os estados brasileiros e de outros países já estão se organizando e se preparando para esse grande momento. São quatro anos de construção coletiva, de formação, de caravanas, de audiências públicas e de construção de propostas para coroar com a nossa grande marcha em Brasília”, enfatizou a secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais.

A Pauta da Marcha das Margaridas foi entregue ao governo federal, durante evento com a participação de 13 ministras e ministros de Estado, no Palácio do Planalto, no dia 21 de junho. No mesmo dia foi entregue a Pauta voltada ao Legislativo para o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira.

Os documentos trazem os anseios, os quereres e as prioridades apontadas pelas Margaridas do campo, da floresta e das águas e foram s pauta traz propostas organizadas em 13 eixos temáticos: Democracia participativa e soberania popular; Poder e participação política das mulheres; Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo; Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade; Proteção da Natureza com justiça ambiental e climática; Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns; Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda; Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária; Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo; e Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

A Marcha tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria Alves, uma mulher trabalhadora rural nordestina e líder sindical, que rompendo com padrões tradicionais de gênero ocupou, por 12 anos, a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.

Por lutar pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais, Margarida Alves foi cruelmente assassinada na porta da sua casa, no dia 12 de agosto de 1983.

Seu nome se tornou um símbolo nacional de força e coragem cultivado pelas mulheres e homens do campo, da floresta e das águas. É em nome dessa luta que a cada quatro anos, no mês de agosto, milhares de Margaridas de todos os cantos do País marcham em Brasília, num clamor por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade.

“De Margarida nos tornamos sementes. Em agosto, vamos realizar a 7ª Marcha das Margaridas”, anunciou Mazé Morais, que disse ainda que, nesse ano, são 23 anos de realização da Marcha e 40 anos do assassinato de Margarida Alves. “Nós nos guiamos pelos princípios do feminismo anticapitalista, antirracista e antipatriarcal. Um feminismo que valoriza a vida, vinculado à defesa da agroecologia, dos territórios, dos bens comuns e da soberania e autodeterminação dos povos”.

SERVIÇO:

Marcha das Margaridas 2023

15 e 16 de agosto de 2023

Dia 15: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, Brasília/DF

Dia 16: Marcha (Saída do Pavilhão do Parque da Cidade em direção à Esplanada dos Ministérios)

Fonte: Assessoria de Comunicação da CONTAG

Alckmin, Siqueira e Dino recebem convites para o Seminário Estratégico do PSB

Convite foi entregue pelo prefeito João Campos, pelos deputados Sileno Guedes e Pedro Campos e pela secretária nacional de Mulheres do partido, Dora Pires

Foto: Lula Carneiro/Cortesia

Começaram os preparativos do Seminário Estratégico do PSB – O partido que queremos, previsto para agosto, em Gravatá, no Agreste pernambucano. Nomes nacionais da legenda, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já receberam convites para o evento.

A entrega foi feita em diferentes agendas com a participação do prefeito do Recife e vice-presidente nacional do PSB, João Campos, da secretária nacional de Mulheres do PSB e secretária de Formação Política e Articulação com os Segmentos do PSB-PE, Dora Pires, do presidente estadual do PSB, deputado Sileno Guedes, e do deputado federal Pedro Campos.

Ao comentar a reunião que teve, nesta quinta-feira (6), com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília, o deputado Sileno Guedes destacou a importância de reunir nomes de tamanha importância em um evento em Pernambuco. “Alckmin é um exemplo inequívoco de como pessoas e partidos como o PSB podem ter gestos largos a favor do Brasil. Queremos que ele se junte a nós nas discussões que vamos realizar no seminário, juntamente com outros nomes nacionais e regionais e toda a nossa militância”, afirmou.

Fonte: PSB PE

‘Não tive como me defender’, diz vítima que denuncia estupro no Aeroporto do Recife

Em entrevista à TV Globo, uma das mulheres que denunciaram ter sido vítimas de estupro dá detalhes do que sofreu durante entrevista de emprego

Uma das mulheres que dizem ter sido vítimas de estupro durante uma entrevista de emprego no Aeroporto Internacional do Recife Guararapes – Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife, decidiu quebrar o silêncio e dar detalhes do que sofreu. O caso está sob investigação da Polícia Civil.
O suspeito de estupro era funcionário de uma empresa que presta serviços de vigilância no aeroporto. Ele foi desligado após as denúncias serem registradas na Delegacia de Boa Viagem.
A mulher, cujo nome está sendo preservado, relatou que o recrutador mostrou que tinha uma arma no pênis, mandou ela colocar um canivete entre os seios e baixou a calça dela. O suspeito argumentou que a ação era necessária para simular uma revista íntima para identificação de drogas em passageiras.
“Ele, literalmente, baixou minha calça. Eu não tive reação, não sabia o que fazer naquele momento. Eu fiquei congelada. Eu entrei em choque. Eu sabia que ele tinha me mostrado uma arma, tinha um canivete ali, naquele local, a porta estava trancada. Quando ele baixou a minha calça, foi muito rápido. Minha calça era folgada, então ele ‘ingeriu’ o dedo na minha parte íntima, me molestou totalmente, abusou com os dedos. Não tive como me defender porque não tive ação”, relatou a vítima em entrevista à TV Globo.
O caso aconteceu em 29 de junho deste ano. Além dessa vítima, outras duas procuraram a delegacia no dia seguinte para relatar os abusos sexuais sofridos. Uma quarta mulher, segundo advogados, também registrou queixa contra o recrutador, que chegou a ser detido e liberado porque já havia passado o tempo do flagrante.
A vaga seria para inspetor de segurança. Elas ficaram sabendo dessa vaga através de outros candidatos que participaram da seletiva. Individualmente elas foram entrando na sala do recrutador e foram violentadas. A pretexto de mostrar procedimentos, de como seria a atividade laboral na empresa, ele se aproveitou para abusar as vítimas”, disse o advogado Anderson Amorim.

VÍTIMAS TERIAM SOFRIDO AMEAÇAS

A vítima relatou que, após o estupro, o recrutador disse que o que tinha acontecido na sala teria que ficar em sigilo.
“Ele pegou meu currículo e disse: ‘Eu sei onde você mora, eu tenho até o seu número. Inclusive, vou agora mesmo adicionar ele na minha agenda telefônica. Então, ele abriu a porta. Mais uma vez, lá fora, ele disse: ‘Eu espero que o que aconteceu fique aqui'”, contou a mulher.
Em nota, a Polícia Civil fez um apelo para que outras possíveis vítimas procurem a Delegacia de Boa Viagem para registrarem queixa contra o suspeito. A delegacia fica na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, nº 4420.
O delegado Augusto de Castro, responsável pelo inquérito, informou que não tem autorização para conceder entrevista sobre o estupro no aeroporto, mas confirmou que deveria encerrar o caso nesta sexta-feira (7).

PEDIDO DE INDENIZAÇÃO NA JUSTIÇA

As mulheres devem entrar na Justiça para pedir uma indenização à empresa onde o suspeito trabalhava.
“A gente entende que é necessário adotar medidas tanto no âmbito criminal quanto no cível, a título indenizatório, em face da empresa, tendo em vista que o fato aconteceu dentro da empresa. Também estão sendo estudadas medidas no âmbito cível contra o agressor”, afirmou o advogado José Albérico Santos.
Os advogados das vítimas também pretendem entrar com ação, em caráter liminar, para que a empresa pague o tratamento psicológico para elas.

O QUE DIZ O AEROPORTO DO RECIFE SOBRE O CASO DE ESTUPRO?

A Aena Brasil, responsável pela administração do aeroporto, afirmou, em nota, que tomou conhecimento do caso na manhã do dia 30 de junho e “exigiu o afastamento imediato do denunciado. Soubemos que logo em seguida, que o mesmo já foi detido pela polícia”, disse.
Por já ter passado o prazo do flagrante, o suspeito prestou depoimento e foi liberado.
“A concessionária repudia qualquer gesto de violência, e não tolera nenhum ato desse tipo. O fato está ainda em investigação pela polícia, com quem estamos colaborando para que o caso seja elucidado o mais rápido possível”, declarou a Aena Brasil.

O QUE DIZ A EMPRESA?

A GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda. informou, também em nota, que, “tomou as medidas necessárias, incluindo o desligamento do funcionário envolvido”.

ESTATÍSTICAS DE ESTUPRO EM PERNAMBUCO

De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 1.048 casos de estupro foram somados entre 1º de janeiro e 30 de maio de 2023 em Pernambuco.
Já no mesmo período do ano passado, o número de ocorrências foi 1.092. A queda foi de 4,03%.
Jornal do Comercio

Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

Pesquisa da UFF mostra que 9% das menções a elas eram violentas

Foto: Wilson Dias – Agência Brasil
Parlamentares brasileiras são alvos de insultos, críticas e invalidações feitas de forma violenta nas redes sociais. Um estudo com mais de 1,5 mil mensagens publicadas no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube, entre julho e dezembro de 2021, mostra que 9% delas continham algum indício de violência discursiva contra essas deputadas federais e senadoras.
A pesquisa Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais, produzida pelo Laboratório de Combate à Desinformação e ao Discurso de Ódio em Sistemas de Comunicação em Rede (DDoS Lab), da Universidade Federal Fluminense (UFF), analisou menções a 79 deputadas federais e a 12 senadoras da 56ª legislatura (2019 a 2023).
De acordo com o estudo, os insultos são a forma de ataque mais acionada pelos usuários das redes sociais contra as parlamentares. Esse tipo de violência discursiva, que segundo o estudo se revela em xingamentos como “loira burra” ou “vagabunda”, apareceu em 41% das mensagens ofensivas.
Em seguida, aparece a invalidação (26,6% das ofensas). Esse tipo de ofensa busca anular a validade ou diminuir a importância daquilo que a parlamentar expressou, mostrando-se em frases como “tal coisa é mimimi”.
As críticas puras e simples, que se manifestam em expressões como “ela é uma péssima profissional” ou “odeio fulana”, responderam por 24,5% das ofensas.
Outros tipos de violência discursiva encontradas, em número menor de menções, foram ameaça – “tem mais é que morrer” ou “vou te dar uma lição” – e discurso de ódio “tinha que ser preta”.
“Isso não significa que parlamentares homens não são atacados. Eles são, com certeza, e podem ser até mais. Mas o que a gente precisa olhar é o caráter dessa violência. Homens geralmente são atacados enquanto figuras políticas. O fulano é chamado de corrupto, o sicrano é classificado como mau gestor. Enquanto com as mulheres políticas, o que é atacado? O corpo dela, a aparência, a família, a capacidade intelectual, a legitimidade dela naquela espaço”, explica Letícia Sabbatini, pesquisadora que participou do estudo.
Redes sociais
O Twitter foi a plataforma com mais mensagens enquadradas como violência discursiva. Cerca de 24% do conteúdo analisado nesta rede social apresentavam ofensas às parlamentares. No Facebook, o percentual cai para 4,4% das menções violentas. No entanto, é nesta rede que os índices de engajamento nos conteúdos que incorporam ataques a parlamentares mulheres mais aumentam.
Nas demais redes, as menções com violência discursiva se apresentaram nas seguintes parcelas das postagens: Instagram (4,7%), e Youtube (2,9%).
Em relação ao tom usado nas ofensas, o estudo revelou que a retórica satírica – encontrada em expressões como “mulher macho!” e “faz xixi em pé” – era a principal, transparecendo em 30,9% dos conteúdos ofensivos.
“O que é isso? É o uso do humor para camuflar uma desavença, para indicar que é só uma brincadeira, que não precisa de alarde, que não tem nada a ver com violência. Continua sendo violência, mas se trata de uma violência muito mais difícil de a gente demarcar”, explica Letícia Sabbatini.
A retórica desqualificadora – expressões como “fez o teste do sofá” ou “entrou na faculdade só por causa das cotas” – apareceu em 22,3% das ofensas.
Outros tipos retóricos encontrados foram a retórica cínica (“o feminismo é imoral” ou “vocês feministas são todas assim”), a contestadora (“você está errada” ou “não é assim que se faz”), a provocadora (“quero ver fazer isso”) e a violenta (“depois apanha, não sabe por quê”), entre outras.
Entre as menções violentas, observou-se que 8,6% usavam discurso misógino, ou seja, para inferiorizar, degradar ou desumanizar a mulher; 2,9% eram racistas e 1,4% se relacionavam à LGTBQIA+fobia.
As parlamentares do campo ideológico da esquerda sofreram duas vezes mais ataque do que aquelas do espectro da direita. As maiores vítimas, em termos proporcionais (número de ofensas em relação ao total de menções) são as deputadas Talíria Petrone (PSOL-RJ) – atacada em 50% das menções a ela –; Professora Dayane Pimentel (União-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – ofendidas em 33,3% das mensagens dirigidas a elas.
Em termos absolutos (quantidade total de menções violentas), no entanto, a deputada mais atacada foi a conservadora Carla Zambelli (PL-SP). Os alvos mais visados, entre os partidos políticos, foram PCdoB, PSOL e PMB. “A motivação política foi a mais presente entre os ataques que a gente mapeou”, afirma a pesquisadora.
Agência Brasil
Senado

Senado aprova PL que prioriza emprego para mulher vítima de violência

Projeto segue para sanção presidencial

Senado
Foto: Waldemir Barreto
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (7) o Projeto de Lei nº 3.878/20, de autoria do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), que estabelece uma reserva de 10% das vagas do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. O objetivo da proposta é incentivar as mulheres vítimas de violência a ingressarem no mercado de trabalho.
A norma aprovada deve garantir o acesso prioritário e facilitado das mulheres vítimas de violência doméstica, além de assegurar o tratamento sigiloso das informações sensíveis envolvendo a condição da vítima para protegê-la da revitimização. Caso as vagas prioritária não sejam preenchidas, poderão ser transferidas para outras mulheres em geral ou destinadas ao restante do público do Sine.
Segundo o parecer da relatora, senadora Augusta Brito (PT-CE), a proposta visa dar a chance de a mulher que está em situação de violência doméstica conseguir sua autonomia financeira, “dando-lhe a oportunidade de romper com laços que a mantêm subjugada a um lar violento”.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro de 2021 e agora segue para sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Agência Brasil