Boa Viagem

Boa Viagem passa a ter mudanças na circulação de veículos

Intervenção deve melhorar a fluidez do trânsito da região, afirma a CTTU

Boa Viagem
Foto: Reprodução/Google Street View

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) fez uma mudança na circulação de veículos no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, agora os condutores não poderão mais realizar giro à esquerda para acessar a Rua Ribeiro de Brito. O novo trajeto começa a valer a partir desta quarta-feira (19).
Por causa da intervenção, os motoristas que passam na Rua Professor João Medeiros em direção a Av. Engenheiro Domingos Ferreira, para seguir na Rua Ribeiro de Brito, têm a opção de fazer o giro nas ruas Bruno Veloso ou Doutor Raul Lafayette.
A CTTU explicou que o motivo da mudança é melhorar a mobilidade na Rua Professor João Medeiros, reduzindo o tempo de espera no cruzamento. “É essencial que os cidadãos estejam atentos à sinalização e à orientação do efetivo no local. Em casos de dúvidas, a CTTU pode ser acionada a qualquer hora pelo 0800.081.1078”, lembrou a autarquia.
Segundo a Prefeitura de Recife, os moradores e as pessoas que transitam na região aprovaram a mudança.
uber aplicativos

UBER: motoristas deixam de usar ar-condicionado e geram confusão com passageiros

 Garantia de refrigeração só pedindo Uber Comfort ou 99 Comfort. Nas outras categorias não.

uber aplicativos
Com a crise econômica pós pandemia, a categoria Uber e 99 Sem Ar-condicionado foi oficializada pelos motoristas parceiros sem que as plataformas intervenham – Foto:Divulgação

Muita gente já deve ter passado pela situação de chamar um aplicativo de transporte, como Uber e 99, e ser atendida por um motorista que não liga o ar-condicionado do veículo. Virou hábito nas cidades brasileiras, inclusive nas que o calor é predominante em quase todas as épocas do ano, como o Recife.

A pandemia de covid-19 forçou o desligamento da refrigeração por determinação sanitária e muitos motoristas parceiros foram incorporando o hábito. Com a crise econômica – refletida na decadência do serviço de transporte por aplicativo no País, com carros velhos e a explosão do uso da motocicleta, como Uber e 99 Moto -, a categoria Uber e 99 Sem Ar-condicionado foi oficializada.

Não são todos os motoristas – é preciso ressaltar que muitos usam a refrigeração também pelo bem-estar e higiene pessoais -, mas está sendo cada vez mais comum o serviço ser prestado por motoristas que se negam a ligar o ar-condicionado quando estão com passageiros.

O argumento de sempre é: garantia de refrigeração só pedindo Uber Comfort ou 99 Comfort. Nas outras categorias não. O ar-condicionado só é ligado se o motorista-parceiro quiser.

“Isso é um absurdo. Sabemos das dificuldades que os motoristas têm enfrentado, mas não existe em lugar algum que o serviço de Uber seria sem refrigeração. Ao contrário. Quem não lembra do conforto anunciado em 2015, quando a Uber chegava ao Brasil?”, reclama à Coluna Mobilidade a professora Cláudia Maria Menezes, que usa os apps pelo menos três vezes por semana.

“E a prática de não ligar a refrigeração é tão inadequada para o serviço prestado que muitos motoristas usam o ar. Ou ligam quando pedimos. Isso nem deveria estar acontecendo. Uber X, por exemplo, sempre foi um serviço ofertado com ar-condicionado. Ainda mais num País violento como o nosso. Andar com os vidros dos veículos abertos representa risco de assalto e furto”, acrescenta.

Reclamações e mais reclamações por causa do desligamento do ar-condicionado

O universitário Carlos Henrique é outro usuário fiel do serviço de aplicativo que procurou a Coluna Mobilidade indignado com a oficialização do desconforto. E, principalmente, com a omissão das plataformas, já que não existe uma informação clara sobre o desligamento do ar-condicionado.

“É muito complicado andar sem refrigeração num Uber ou 99 às 11h ou 12h no Recife. É muito desconfortável. E o que percebe é que as plataformas simplesmente transferiram o problema para que passageiros e motoristas se entendam. É péssimo”, critica.

“Eu já cancelei algumas corridas porque o motorista não quis ligar o ar – mesmo o veículo tendo o equipamento – e, ao pedir o reembolso da Uber, fui atendido. Justifiquei que cancelei porque o motorista não quis ligar o ar e pronto”, conta.

Nas redes sociais, as críticas dos passageiros ao desligamento da refrigeração têm sido frequentes, principalmente nas cidades quentes, como Recife (PE), Belém (PA), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ).

uber
A explosão dos serviços de Uber e 99 Moto tem contibuído para dificultar
ainda mais a lucratividade dos motoristas parceiros que usam automóveis
Foto:Guga Matos/Jc

O que dizem as plataformas uber e 99 sobre o desligamento do ar-condicionado

O sentimento de abandono que o universitário Carlos Henrique cita, de fato, se confirma. As plataformas simplesmente deixam que passageiros e motoristas se entendam sozinhos, dando razão e permitindo o cancelamento da viagem pelos dois lados.

Mas, ao mesmo tempo, garantam que o ar-condicionado é item exigido para cadastro dos veículos na plataforma. “O ar-condicionado faz parte dos requisitos para o cadastro de automóveis na plataforma, em todas as modalidades. Entretanto, não existe obrigatoriedade nem proibição, por parte da Uber, de seu uso durante as viagens”, afirma, por nota, a Uber.

“A temperatura do veículo, assim como outros aspectos como rádio/música, fazem parte das preferências de viagem que podem ser combinadas mutuamente entre o motorista parceiro e o usuário para uma viagem confortável para todos”, segue.

“Tanto o parceiro quanto o usuário podem cancelar a viagem caso não se sintam confortáveis com alguma situação, e também contamos com o sistema de avaliação mútua em que a experiência ao final de cada viagem pode ser avaliada tanto pelo motorista como pelo usuário, com o objetivo de tornar as viagens cada vez melhores para toda a comunidade”.

E faz referência à origem da prática de desligar o ar: “Durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, especificamente, a Uber implementou uma política de segurança, baseada nas orientações da Organização Mundial da Saúde, que recomenda a abertura das janelas do carro para melhor ventilação durante as viagens”, finaliza.

A 99 foi na mesma linha, afirmando que o ar-condicionado voltou a poder ser utilizado nas viagens, mas que o uso deve ser acertado entre motoristas e passageiros:

“A 99 informa que segue todas as determinações das autoridades brasileiras voltadas para o transporte individual privado por aplicativo. Portanto, desde a publicação da resolução que revogou a obrigação do uso das janelas abertas, o ar-condicionado pode ser utilizado nas corridas”.

A companhia ressalta que segurança é uma prioridade e que segue investindo em ações contra a Covid-19, orientando passageiros e motoristas a adotarem medidas de proteção.

A utilização ou não do ar-condicionado deve ser combinada entre motorista parceiro e passageiro para que a viagem ocorra de forma confortável para ambos. A empresa reforça que o bom senso, respeito, empatia e gentileza são fundamentais para que a experiência do passageiro e do motorista parceiro seja a melhor possível.

Após a viagem, tanto os condutores quanto passageiros são incentivados a avaliar suas corridas, podendo registrar eventuais ocorrências. Mais orientações estão disponíveis no Guia da Comunidade 99”.

Mas vale lembrar que a pandemia de covid-19 acabou e o calor só aumenta nas cidades brasileiras.

Motoristas alegam dificuldades para obter renda

Do outro lado, os motoristas parceiros alegam que não conseguem rodar e ter uma renda suficiente se ligarem o ar-condicionado nas corridas mais baratas. Principalmente aqueles que circulam com veículos a gasolina ou álcool. Também reclamam das taxas cobradas pelas plataformas, que podem chegar a 40% do valor da viagem.

“É difícil demais. A gasolina não baixou o suficiente para fazer a diferença, o trânsito está cada dia pior nesse pós pandemia de covid-19, e as empresas seguem fazendo grandes descontos. Ou você usa veículo a gás ou não consegue ter um ganho que justifique o trabalho”, critica o motorista de aplicativo Marcos Souza, que roda pela Uber e 99 há dois anos.

Roberta Soares/Mobilidade

Mobilidade urbana: monitoramento inteligente torna cidades mais seguras e eficientes

Solução tecnológica reduz em 63,59% valor gasto pela Prefeitura de Vila Velha (ES) em energia elétrica entre 2020 e 2022

Foto: Adessandro Reis
A mobilidade é um desafio para a maior parte das cidades brasileiras. Promover fluidez e segurança aos cidadãos requer investimentos em tecnologias de ponta e inteligência. No Brasil, alguns municípios já contam com recursos capazes de auxiliar os órgãos públicos na gestão de vias públicas e segurança. São as chamadas cidades inteligentes (smart cities), tema debatido no Fórum Sorocaba 2050, realizado entre os dias 17 e 18 de maio no Parque Tecnológico de Sorocaba (SP).
Segundo levantamento divulgado este ano pela Câmara de Smart Cities da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e pela Academia Fiesc de Negócio, a expectativa é de que o mercado global de tecnologias voltadas à modernização das cidades para torná-las inteligentes suba dos atuais US$ 511,6 bilhões para US$ 1 trilhão em 2027.
De acordo com Alex Sato, gerente de engenharia do Grupo Splice, conjunto de empresas desenvolvedoras de soluções tecnológicas para os segmentos de infraestrutura, real state, mobilidade urbana, telecomunicações e educação, esses dados mostram que, de fato, muitos gestores públicos estão investindo nessa frente a fim de tornar as cidades mais ágeis, eficientes e modernas, atendendo a população de forma mais humanizada, seja por cobrança da própria sociedade, cada vez mais atenta a isso, ou mesmo por iniciativa própria, visando a modernização de sistemas de gestão”, afirma.
Um desses meios oferecidos ao mercado é o Sistema Integrado Inteligente Splice (SIIS), plataforma multi-protocolos desenvolvida pela corporação que integra softwares e hardwares para os mais diversos segmentos de mercado, com inteligência artificial, dados e dashboards completos que tornam a gestão mais ágil e eficiente, seguindo diversas homologações e protocolos exigidos pelos órgãos regulamentadores. “O objetivo desse grande ecossistema tecnológico é promover qualidade de vida e bem-estar à população”, diz Sato.
Munícipios (e população) enxergam melhorias rapidamente com modernização de sistemas
No município de Vila Velha (ES), por meio de Parceria Público Privada (PPP), o Consórcio SRE-IP, que conta com o Grupo Splice, assumiu a operação e manutenção das unidades de iluminação pública, da implantação de iluminação de destaque nos principais patrimônios culturais da cidade, além da modernização e aumento da eficiência de todas as unidades de iluminação pública do município, que corresponde a mais de 37 mil luminárias de LED, sendo 50% delas gerenciadas pelo sistema de telegestão nas vias principais de tráfego intenso, através do Centro de Controle Operacional — CCO.
A iluminação pública tem sido reconhecida como a principal infraestrutura para a implementação do conceito de cidades inteligentes, haja visto que sua distribuição abrange grande área geográfica das cidades. Assim, cada ponto de iluminação poderá transformar-se em um ponto de conectividade.
Além disso, houve redução significativa do consumo da cidade com energia elétrica, chegando a 63,59% de queda no valor gasto pela Prefeitura. “Essas luminárias deixam a cidade muito mais iluminada durante a noite em relação às lâmpadas convencionais, o que aumenta a segurança das pessoas, permitindo à população usufruir ainda mais dos espaços públicos, como por exemplo as praças, parques e a orla, reforça Sato.
O engenheiro comenta ainda sobre o Consórcio Smart CPGI (Consórcio Público para Gestão Integrada), que contempla a gestão, operação, modernização, otimização, expansão e manutenção da rede de iluminação pública de oito municípios: Albertina, Andradas, Bandeira do Sul, Caldas, Divisa Nova, Ibitiúra de Minas, Ipuiuna e Santa Rita de Caldas.
“Em Albertina, por exemplo, implementamos inovações tecnológicas como muralha eletrônica (solução tecnológica de última geração para o monitoramento de tráfego e segurança pública, que oferece informações precisas e confiáveis sobre os veículos que circulam por uma determinada região por meio da leitura de placas de todos os veículos que passam pela área), câmeras de videomonitoramento 360 graus, estação meteorológica, internet livre para a população em diversos pontos das cidades, e dashboards para compilação e cruzamento de dados”. Houve melhorias significativas em relação à qualidade de vida e bem-estar dos munícipes, que passaram a ficar mais tempo nas praças por conta do acesso à internet, da maior luminosidade e dos recursos de monitoramento que afastam pessoas mal-intencionadas. Com isso, é possível manter o comércio em atividade por mais tempo e promover eventos públicos com mais segurança”, conta o especialista.
Ainda segundo ele, para tornar as cidades mais inteligentes, além dos recursos de monitoramento espalhados pelos municípios, a gestora Karina Fiuza — Smart CPGI têm à disposição o MOB2B, aplicativo que permite o gerenciamento eficiente das equipes através do estabelecimento e acompanhamento, em tempo real, de metas, jornada de trabalho, localização, entre outros pontos. “Para a população, disponibilizamos o APP Falaí, aplicativo que proporciona a interação entre os cidadãos e o poder público. Trata-se de uma ferramenta de ouvidoria que pode ser utilizada pelas pessoas para fazer ocorrências nas mais diversas secretarias e órgãos da Prefeitura, o que aprimora ainda mais a gestão das necessidades locais, pois conecta o poder público e a comunidade de forma prática e eficiente”, destaca.

Tecnologia a favor dos cidadãos

“Quando falamos em mobilidade urbana, entendemos que não se trata apenas de monitorar veículos por meio de radares eletrônicos, mas transformar as ferramentas de monitoramento em recursos inteligentes. Tudo isso para ajudar os órgãos públicos no atendimento às demandas dos munícipes, como controle de eventos / incidentes, prevenção e predição, informações aos motoristas e relatórios estatísticos gerados a partir do cruzamento dos dados e informações coletadas em todos os recursos que integram o sistema”, reforça.
“Vale ressaltar ainda que as cidades ou complexos inteligentes são uma tendência em todo o mundo e estão na Agenda 2030 das Nações Unidas e alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU”, finaliza.

Sobre o Grupo Splice

Fundado em 1971 e com mais de meio século de história, o Grupo Splice é formado pelas empresas Splice Desenvolvimento Urbano (Real State), Centro Universitário Facens (educação), Centro Universitário Newton (educação), Via Rondon SP 300 (estradas), Noroestecom (telecom), Smart Vila Velha / Smart CPGI (iluminação Pública) Splice Mobilidade Urbana (tecnologias para Smart Cities). Na área de engenharia, desenvolve tecnologias de ponta para monitoramento inteligente e segurança pública, com foco em mobilidade urbana e soluções de transporte. No setor de ensino, o Grupo é mantenedor do Centro Universitário Facens (Sorocaba — SP) e Newton em (BH — MG), que são hubs de inovação e tecnologia — Smart Campus –, cuja missão é contribuir para manter o crescimento virtuoso da sociedade por meio da ciência e inovação. A corporação conta ainda com o IPFacens, instituto de pesquisas que desenvolve e oferece estudos e tecnologias modernas e atuais para o todo o mercado. Na área de infraestrutura, administra o trecho da estrada Viarondon (SP-300) através do monitoramento e da análise de dados com tecnologias de ponta para maior qualidade e segurança do tráfego de veículos no interior de São Paulo, sendo uma das melhores e mais tecnológicas estradas do país. No ramo imobiliário, oferece empreendimentos residenciais e comerciais, loteamentos e incorporações com alto padrão de qualidade reconhecido pelo mercado, com bairros planejados e urbanismo, além de tecnologias de ponta para melhoria da qualidade de vida e segurança de seus clientes inspirados nos eixos das cidades inteligentes. As operações do Grupo Splice contemplam transversalmente em suas empresas, ações de responsabilidade social e ambiental e são alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).