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Embraer registra lucro líquido de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2023, impulsionado por setores de Aviação Comercial e Executiva

Resultados positivos refletem crescimento nas receitas e melhora no desempenho operacional da empresa.

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Foto: Reprodução

A fabricante brasileira de aeronaves, Embraer, anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2023, apresentando um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, quando considerado o resultado atribuído aos acionistas, a empresa ainda registrou um prejuízo de R$ 96,2 milhões, representando uma melhora significativa comparado ao déficit de R$ 741,7 milhões relatado no ano anterior.

O Ebitda ajustado da companhia, que mede o desempenho operacional, alcançou a marca de R$ 724,1 milhões entre os meses de abril e junho deste ano, indicando um aumento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, a margem Ebitda ajustada ficou em 11,4%, ligeiramente abaixo dos 12,3% registrados no segundo trimestre do ano anterior.

Analisando os números não ajustados, o Ebitda totalizou R$ 592,2 milhões, revertendo um resultado negativo de R$ 933 milhões observado no ano anterior. Entretanto, a margem Ebitda não ajustada apresentou uma redução considerável, caindo de 18,5% no segundo trimestre de 2022 para 9,3% no mesmo intervalo de 2023.

O Ebit ajustado, que reflete o lucro operacional da empresa, apresentou um crescimento anual de 18%, somando R$ 482,1 milhões. A margem Ebit ajustada ficou em 7,6%, comparada aos 8,1% registrados no segundo trimestre do ano passado. No entanto, nos números não ajustados, o Ebit foi de R$ 350,2 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado um ano antes.

A receita líquida da Embraer alcançou um total de R$ 6,3 bilhões entre os meses de abril e junho, apresentando um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior e um aumento trimestral de 71%.

O destaque fica por conta do setor de Aviação Comercial, que registrou um crescimento notável de 56% comparado ao segundo trimestre de 2022, impulsionado pelo aumento no número de entregas. Já o segmento de Aviação Executiva também apresentou um crescimento sólido, com alta de 39% na receita, resultado do aumento dos volumes e do mix de entregas.

Por outro lado, a receita do setor de Defesa e Segurança caiu 28%, sendo atribuída ao atraso no reconhecimento de receitas no primeiro semestre de 2023, conforme informado no release de resultados.

Apesar das flutuações em diferentes segmentos, a carteira de pedidos firmes da Embraer permaneceu estável, encerrando o segundo trimestre de 2023 em US$ 17,3 bilhões. Esse resultado demonstra a confiança contínua dos clientes na empresa e sinaliza perspectivas promissoras para os próximos períodos.

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Banco do Brasil registra recorde de lucro no primeiro semestre de 2023

Instituição financeira alcança lucro líquido ajustado de R$ 17,3 bilhões, com crescimento impulsionado pela expansão da carteira de crédito e diversificação das receitas.

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Foto: Divulgação
O Banco do Brasil (BB) atingiu um marco histórico de ganhos nos seis primeiros meses de 2023. De acordo com os dados divulgados, o banco registrou um lucro líquido ajustado de R$ 17,3 bilhões no período de janeiro a junho, representando um aumento de 19,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A instituição financeira destacou que esse aumento significativo nos lucros foi resultado de uma série de fatores estratégicos. A expansão da carteira de crédito, com uma composição que reduz o risco de inadimplência, foi um dos principais impulsionadores. Além disso, a diversificação das receitas, com foco especialmente nos serviços, contribuiu para o desempenho positivo. O controle eficiente das despesas também foi citado como um elemento fundamental para esse resultado expressivo.
Somente no segundo trimestre deste ano, o BB registrou um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões, representando um aumento de 11,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e 2,8% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) alcançou o patamar de 21,4%, uma marca considerada comparável aos índices observados nos bancos privados.
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou o mês de junho em R$ 1,045 trilhão, evidenciando um crescimento de 13,6% em relação a junho de 2022 e 1,2% em relação ao final do primeiro trimestre deste ano. É notável que essa expansão aconteceu mesmo diante da manutenção da Taxa Selic (taxa básica de juros da economia) em 13,75% ao ano nos primeiros seis meses de 2023.
O banco enfatizou que parte desse progresso é atribuída ao crescimento do crédito mantendo um índice de inadimplência abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional. O indicador de operações de crédito com mais de 90 dias de atraso alcançou 2,73%, um patamar mais baixo que a média do sistema.
Em relação à distribuição dos segmentos de crédito, a carteira ampliada para pessoa física cresceu 10% em relação a junho do ano anterior e 0,6% em relação a março do mesmo ano. O crédito consignado foi o destaque, com aumento de 2% no trimestre e 9,3% em 12 meses. Quanto ao crédito para empresas, a carteira ampliada para pessoa jurídica registrou crescimento de 10,4% em 12 meses e 2,5% no trimestre. Destacaram-se os avanços nas carteiras de micro, pequenas e médias empresas, com incremento de 1,4% no trimestre e 21,8% em 12 meses, e nas grandes empresas, com crescimento de 2,9% no trimestre e 9,3% em 12 meses.
O crédito destinado ao agronegócio alcançou um saldo de R$ 321,6 bilhões em junho, uma alta de 22,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No Plano Safra 2022/2023, foram emprestados R$ 190 bilhões, representando um aumento de 23,3% em relação à safra anterior. No primeiro semestre, o crédito para o agronegócio e a agricultura familiar somou R$ 75 bilhões, um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2022. Linhas de investimento e custeio se destacaram, com crescimentos de 46,8% e 30,6% em 12 meses, respectivamente.
O Banco do Brasil também demonstrou um compromisso com operações de crédito sustentáveis, atingindo R$ 321,6 bilhões no primeiro semestre, com um aumento de 10% em 12 meses.
Quanto às finanças internas, as receitas provenientes de prestação de serviços aumentaram 6,8% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2022. Esse crescimento foi impulsionado por segmentos como consórcios, seguros, previdência e capitalização. Por outro lado, as despesas administrativas registraram um aumento de 7,4% na mesma comparação, principalmente devido ao reajuste de 8% concedido aos funcionários, conforme acordado no último acordo coletivo.
Em termos de projeções, o Banco do Brasil revisou suas estimativas para o ano de 2023. A expectativa de lucro ajustado foi mantida no intervalo entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito foi elevada, variando agora entre 9% e 13%, em comparação à faixa anterior de 8% a 12%. Por outro lado, o crescimento das receitas com serviços foi ajustado para um intervalo de 4% a 8%, em relação à previsão anterior de 7% a 11%. A previsão para despesas administrativas permaneceu inalterada, com um aumento projetado de 7% a 11% neste ano.