Pediatra explica os sintomas e cuidados necessários para lidar com a situação preocupante
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Em entrevista a uma emissora, a pediatra e infectologista Regina Coeli forneceu esclarecimentos sobre os sintomas da doença e o que pode levar uma criança a buscar atendimento de emergência. Segundo a médica, o mês de junho é particularmente desafiador devido ao inverno e à inalação de fumaça das fogueiras de São João.
A Srag é caracterizada por sintomas gripais, como coriza e tosse, mas o cansaço respiratório e a baixa saturação de oxigênio são características distintivas. No inverno, o aumento de casos ocorre devido à maior aglomeração de pessoas em locais fechados, como shoppings, devido ao clima frio e chuvoso, o que favorece a propagação viral.
As crianças são mais vulneráveis devido à falta de práticas de etiqueta respiratória, como cobrir a boca ao espirrar ou tossir. Além disso, crianças alérgicas ou asmáticas têm maior probabilidade de apresentar agravamento dos sintomas.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que havia 87 crianças e bebês na lista de espera por leitos de UTI até a noite de quarta-feira (21). A rede de leitos de terapia intensiva conta com 219 unidades pediátricas e 111 neonatais. Nos últimos meses, foram abertos 90 novos leitos de UTI, incluindo 70 pediátricos, 10 pediátricos cardiológicos e 10 neonatais.
A SES enfatizou a importância da vacinação contra a Covid-19 e Influenza, cuja campanha foi prorrogada até o dia 30 de junho. Além disso, a população foi orientada a adotar cuidados como evitar locais fechados e aglomerados, manter o cartão de vacinação atualizado, evitar a circulação das crianças em escolas e creches quando apresentarem sintomas de gripe, e manter hábitos de higiene, como a lavagem das mãos. A prevenção é essencial para controlar a propagação da doença e garantir a saúde das crianças e recém-nascidos.