Segundo dia de julgamento contou com o voto do relator Benedito Gonçalves
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Na terça-feira (27), aconteceu o segundo dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, seu vice na chapa para eleições de 2022. O relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, votou pela absolvição de Braga Netto pela acusação de abuso de poder e condenação de Bolsonaro.
A projeção é que os votos dos outros magistrados sigam a mesma linha, até mesmo os advogados eleitorialistas concordam com essa inclinação. “A conclusão é que o primeiro investigado (Bolsonaro) foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto da ação”, afirmou Benedito Gonçalves.
Durante o primeiro dia de julgamento, na última quinta-feira (22), Paulo Gonet Branco, vice-procurador-geral eleitoral, reforçou não acreditar que houve conduta abusiva por parte de Braga Netto. A sustentação oral do autor da ação, Walber Agra, advogado do Partido Democrático Trabalhista (PDT), não citou o candidato a vice.
O Plenário julga a acusação de que Bolsonaro teria abusado do poder de presidente, durante reunião com embaixadores em 2022, no Palácio das Alvoradas, onde fez comentário infundados questionando a segurança das urnas e o TSE. No evento, estava presente Braga Netto.
A avaliação da conduta dos acusados é julgada separadamente, o que possibilita a condenação de um e absorção de outro. Se condenado, o ex-presidente ficará inelegível por oito anos, contando a partir de 2022.