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Incentivos fiscais atraem investimentos de R$ 50 bilhões para Pernambuco e modernizam sua economia

Período de 2007 a 2022 testemunha elevação dos investimentos de R$ 38,5 bilhões para R$ 50 bilhões.

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Foto: Clara Gouvêa / JEEP
Um estudo realizado pela Consultoria Econômica e Planejamento (CEPLAN), sob a coordenação do economista Jorge Jatobá e o suporte dos economistas Tânia Bacelar, Osmil Galindo, Luís Henrique Romani Campos, juntamente com o advogado tributarista Alexandre Albuquerque, revelou que o estado de Pernambuco registrou um influxo significativo de investimentos no montante de R$ 50 bilhões no período de 2007 a 2022, marcando um aumento em relação aos R$ 38,5 bilhões anteriores.
O estudo, que considera incentivos fiscais como motores de atração de investimentos, destacou a capacidade de Pernambuco em modernizar sua economia por meio dessas políticas. Através de incentivos federais e estaduais, a economia pernambucana foi impulsionada, levando a um crescimento regional notável. Durante esse período, o PIB do Nordeste cresceu em incríveis 53,3%, superando o crescimento do PIB brasileiro em 46,4% e o do Sudeste em 39,4%.
Um elemento chave desse crescimento é a consolidação do Complexo Industrial e Portuário de Suape, que serviu como um diferencial competitivo para atrair empreendimentos industriais de grande porte. Setores como o automotivo, a indústria petroquímica e a produção de alimentos e bebidas foram particularmente beneficiados pelas políticas de incentivos fiscais, resultando na criação de empregos formais e no desenvolvimento de polos produtivos em áreas anteriormente carentes de dinamismo econômico.
O economista Jorge Jatobá destaca os efeitos positivos dos incentivos fiscais, indicando que cada R$1.000,00 de investimentos resulta na criação de uma nova vaga de emprego formal no estado. O estudo também menciona que a economista Tânia Bacelar, líder da CEPLAN, considera que a política de incentivos não apenas aumentou a capacidade produtiva da economia, mas também gerou empregos e receita estável para o tesouro estadual, refutando críticas que apontam perdas para a sociedade devido à renúncia fiscal.
Entretanto, há ressalvas quanto ao futuro, especialmente no contexto da reforma tributária. Enquanto a reforma visa acabar com a chamada “guerra fiscal”, especialistas alertam que a transição para uma nova política tributária deve levar em consideração a competitividade da indústria local e a redução das desigualdades regionais. A necessidade de investimentos em infraestrutura, educação e qualificação profissional é enfatizada como um meio crucial para melhorar a competitividade da economia pernambucana a longo prazo.
Em resumo, os incentivos fiscais tiveram um papel fundamental no desenvolvimento econômico de Pernambuco, atraindo investimentos substanciais e modernizando setores estratégicos. Enquanto os desafios da reforma tributária e da desigualdade persistem, a capacidade de Pernambuco em adaptar-se e continuar atraindo investimentos será crucial para sustentar seu crescimento econômico no futuro.
Danilo Cabral

Investimentos de mais de R$ 432 milhões impulsionam o desenvolvimento na região da Sudene

Diretoria colegiada da Autarquia aprova incentivos fiscais para 22 empresas em setores estratégicos, gerando emprego e renda para o Nordeste.

Danilo Cabral
Foto: Divulgação
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) anunciou a aprovação de mais de R$ 432 milhões em investimentos para a região. Vinte e duas empresas tiveram seus pleitos de incentivos fiscais aprovados pela diretoria colegiada da Autarquia, impulsionando a economia de estados nordestinos. Os projetos contemplam diversas áreas e estão distribuídos nos estados da Bahia (9), Pernambuco (3), Minas Gerais (3), Ceará (2), Sergipe (2), Espírito Santo (1), Rio Grande do Norte (1) e Maranhão (1).
Dos incentivos aprovados, 17 pedidos se referem à redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), enquanto 5 projetos receberão reinvestimento de 30% do IRPJ. Os setores contemplados pelas empresas beneficiadas são: minerais não metálicos, indústria de transformação (petróleo, metalurgia, químicos, plásticos, petroquímicos e alimentos), agricultura irrigada e infraestrutura (logística, energia, abastecimento de água e gás) e informática.
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou a importância dos incentivos fiscais para o desenvolvimento regional. Nos últimos 10 anos, a Sudene atendeu 3,5 mil pleitos de incentivos fiscais, resultando em um investimento de R$ 300 bilhões na região e a geração de mais de 1,3 milhão de empregos. Segundo ele, cada real investido gera emprego, renda, oportunidades e cidadania na vida dos nordestinos.
A aprovação dos pleitos possibilitará a implantação de cinco novas indústrias nos municípios de Campos de Brito (SE), Feira de Santana e Eunápolis (BA), Linhares (ES) e Vitória de Santo Antão (PE). Além disso, outras cinco empresas realizarão modernizações em suas instalações para melhorar e otimizar as linhas de produção. Os empreendimentos beneficiados com o reinvestimento de 30% do IRPJ irão complementar equipamentos.
Ao todo, cerca de oito mil empregos serão mantidos pelas empresas beneficiadas com a aprovação dos incentivos fiscais, sendo 169 novos postos de trabalho criados. O diretor de gestão de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, destacou o papel fundamental da Autarquia na promoção do desenvolvimento regional por meio dos incentivos fiscais.
Com essa aprovação, a Sudene reforça o seu compromisso em impulsionar o crescimento econômico e social no Nordeste, buscando reduzir as desigualdades regionais e promover uma maior competitividade para as empresas que investem na região. O impacto positivo desses investimentos é esperado tanto na geração de empregos quanto no desenvolvimento sustentável da área de atuação da Sudene.