Maria Arraes

Deputada Federal Maria Arraes destina R$ 1 milhão em emenda parlamentar para o Hospital da Restauração

Maior unidade de urgência e emergência do Nordeste recebe ajuda emergencial em meio à precariedade.

Maria Arraes
Foto: Reprodução
Em uma visita marcante ao Hospital da Restauração (HR), a deputada federal Maria Arraes (SD) anunciou na tarde da última quinta-feira (21) a destinação de R$ 1 milhão em emenda parlamentar à instituição de saúde. O HR, considerado o maior hospital de urgência e emergência do Nordeste, enfrenta sérios problemas de infraestrutura e superlotação, o que levou a parlamentar a tomar essa iniciativa em prol da população pernambucana.
Durante a visita, Maria Arraes expressou sua indignação com a situação em que o HR se encontra. Corredores superlotados, macas espalhadas pelo chão, tetos infiltrados e até relatos de baratas na comida dos pacientes evidenciam a precariedade do hospital. A deputada responsabiliza o Governo de Pernambuco pela gestão da unidade de saúde e critica a falta de investimentos adequados.
“Apesar de ser referência no tratamento de pacientes de alta complexidade, o HR está à beira do colapso. É inadmissível esse quadro de abandono por parte do Governo de Pernambuco. Essa ajuda emergencial é o que podemos fazer de imediato como parlamentar, mas vamos continuar cobrando do Executivo estadual que cumpra suas obrigações com a saúde de Pernambuco”, afirmou Maria Arraes.
A deputada destacou que seu mandato tem recebido denúncias diariamente sobre a situação precária do HR por meio dos canais de comunicação com a população. Ela ressaltou a tristeza de ver pessoas em estado de fragilidade sendo submetidas a condições degradantes e enfatizou a necessidade de respeito aos cidadãos.
A destinação dos recursos da emenda parlamentar visa auxiliar o HR a enfrentar os desafios imediatos, proporcionando uma melhoria nas condições de atendimento aos pacientes. A iniciativa de Maria Arraes reforça o compromisso com a saúde pública e coloca em evidência a urgência de ações concretas para solucionar os problemas enfrentados pelo hospital.
Hospital da Restauração

Barata viva é encontrada em marmita de paciente no Hospital da Restauração

Acompanhante relata condições subumanas no hospital e falta de resposta da administração.

Hospital da Restauração
Foto: Cortesia
Uma situação chocante abalou a rotina do Hospital da Restauração (HR) nesta segunda-feira. Uma barata viva foi encontrada em uma marmita servida a uma paciente, deixando familiares perplexos. A denúncia, feita pela artesã Ana Paula, que acompanha a filha internada na unidade desde sexta-feira, revelou também condições precárias de pacientes e acompanhantes no hospital.
Ana Paula descreveu o momento em que fez a descoberta aterrorizante: “Eu fiquei chocada, nunca imaginei isso. Foi inacreditável. Coisa que só vemos em filme de comédia. Quando abrimos a marmita, a barata estava viva comendo a comida”. A mulher procurou imediatamente a enfermeira-chefe de plantão, mas a resposta da profissional a deixou perplexa. “Ela perguntou se eu não tinha deixado a marmita no chão. Eu disse: querida, na minha casa que é limpa eu não ponho a comida no chão, por que eu colocaria aqui numa situação dessas?”, questionou.
Além do incidente com a barata, Ana Paula desabafou sobre as condições enfrentadas por pacientes e acompanhantes no HR: “Os doentes todos em maca de socorrista pelo corredor. Os acompanhantes têm que sentar no chão no papelão, ou trazer uma cadeira ou banco de casa. A situação é sub-humana. Como cidadã me sinto esquecida, entregue às baratas como dizem”, reclamou.
A reportagem tentou obter uma resposta por parte do Hospital da Restauração, mas até o momento, nenhum retorno foi dado. Esta não é a primeira vez que o HR enfrenta críticas em relação à falta de estrutura e informações aos familiares. Em maio deste ano, parentes de pacientes internados já haviam se queixado da dificuldade em conseguir informações sobre o estado de saúde dos familiares.
Dependendo da ala em que o paciente está internado, não é permitida a presença de acompanhantes dentro do prédio, o que força muitas famílias a dormirem na entrada da emergência. Muitas delas vêm de outras cidades ou não têm recursos para pagar o transporte diário. As condições são desumanas, com pessoas utilizando colchões improvisados ou deitando em lençóis. Além disso, o banheiro da recepção do HR carece de torneira, papel higiênico e chuveiro, forçando algumas pessoas a recorrerem a alternativas precárias para sua higiene pessoal.
O relato da diarista Maria Aparecida da Conceição, que veio de Palmares, na Zona da Mata Sul, é emblemático. Seu filho está internado no HR desde o dia 20 de abril, e ela conta com a “sorte” de o segurança permitir seu acesso a um banheiro com chuveiro. Quando isso não é possível, ela recorre a uma garrafa plástica cortada ao meio para tomar banho com água da descarga.
Marcola

Líder do PCC, Marcola é transferido para hospital sob forte escolta

Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, passou por exames no Hospital Regional do Gama após ser transferido do presídio federal de Brasília.

Marcola
Foto: Jorge Santos
O líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, foi transferido do presídio federal de Brasília para realizar exames no Hospital Regional do Gama, localizado a 37 km do centro da capital. Marcola está cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima desde janeiro e, durante a transferência, foi conduzido de helicóptero com uma forte escolta, contando com quase 100 policiais acompanhando todo o trajeto.
Segundo informações obtidas de uma fonte da cúpula do presídio , esse tipo de transferência é rotineira, mas devido à sua notoriedade, Marcola recebeu um reforço especial na segurança, chamando atenção para a operação. De acordo com o advogado Bruno Ferullo, responsável pela defesa do detento em seus processos legais, Marcola passa bem, tendo realizado exames de rotina e uma endoscopia.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça, emitiu nota informando que os presos custodiados no Sistema Penitenciário Federal recebem toda a assistência necessária de acordo com suas necessidades individuais, contando com uma equipe de saúde multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais.
Marcola possui uma longa sentença a cumprir, sendo considerado o líder de facção criminosa no Brasil com o maior tempo de pena: 338 anos. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu sua pena em quatro anos, resultando em um total de 338 anos por conta de um roubo cometido por ele e comparsas em 1986.
Desde que foi apontado como líder máximo do PCC, Marcola enfrentou acusações de cometer diversos crimes de dentro da prisão. Ele foi condenado por vários homicídios ocorridos enquanto estava detido. A maior condenação, de 160 anos, foi determinada em março de 2013, quando foi considerado culpado por uma chacina de oito presos na Casa de Detenção do Carandiru (SP).
A maior parte de suas condenações (290 anos de pena) foi por crimes cometidos durante o período em que Marcola esteve preso, sendo acusado de ser mandante de roubos e homicídios. Além disso, outros 40 anos de pena foram atribuídos a roubos a carros, bancos e empresas de valores entre 1980 e 1990, e ele também foi condenado pela morte de um juiz de São Paulo em 2003.
Em todos os interrogatórios, Marcola nega ser integrante do PCC. No entanto, o Ministério Público vem denunciando o detento como mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos, formação de quadrilha e associação à organização criminosa.
Hospital Francisco da Silva Telles

Pai e filha depredam hospital, agridem médica e levam uma paciente à morte no Rio

Ambos foram presos em flagrante por homicídio doloso. De acordo com a Secretaria de Saúde, o acusado tinha ferimentos leves e tinha sido orientado a esperar por atendimento

Hospital Francisco da Silva Telles
Foto: Reprodução

Um homem e uma mulher, sua filha, com uma criança no colo, invadiram a área de emergência, agrediram uma médica e quebraram utensílios de um hospital público na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo (16), depois de procurarem atendimento médico e não serem atendidos imediatamente.
Pouco após o tumulto, uma paciente de 82 anos que estava em estado grave faleceu, em meio à confusão que invadiu a área onde ela estava e acabou desviando a atenção da equipe médica que acompanhava o seu estado.
Pai e filha foram presos em flagrante por homicídio doloso com dolo eventual, de acordo com a Polícia Civil, e uma investigação sobre o caso foi aberta. O homem foi, ainda, autuado por lesão corporal.
Homicídio doloso é aquele em que a pessoa causa intencionalmente a morte de outro.
O dolo eventual é o que classifica as situações em que o objetivo original não era a morte, mas o acusado tinha consciência de que esta poderia ser uma das consequências de seu ato.
O homem, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, tinha um corte no dedo da mão esquerda e não estava em estado grave. Ele alegava estar armando. Sua filha estava acompanhada, ainda, de uma criança de colo.
O incidente ocorreu no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles (HMFST), no bairro do Irajá.
Os dois chegaram por volta das 3h30 e foram orientados a esperar pelo atendimento.
A paciente que morreu entrou em parada cardiorrespiratória às 4h e faleceu às 4h30, depois que a equipe tentou socorrê-la, sem sucesso, também de acordo com a secretaria.
“Os dois já chegaram à unidade bastante alterados”, disse a Secretaria Municipal de Saúde em nota.
“A equipe de saúde estava naquele momento atendendo outros pacientes com quadros mais graves e o homem foi informado de que deveria aguardar ou se dirigir a outra unidade. Diante da informação, ele — que dizia estar armado — e a filha começaram a depredar a sala de espera, quebrando vidros de portas e janelas.”
Na sequência, o homem invadiu a Sala Vermelha, área para onde são encaminhados os pacientes do pronto atendimento com quadro mais grave.
Lá, conta a secretaria, ele deu um soco na boca de uma médica que atendia outro paciente. A médica precisou tomar pontos após o ferimento.
Era nesta sala que estava sob observação a mulher que veio a falecer.
De acordo com a Polícia Militar, que foi acionada pelos profissionais do hospital e se dirigiu ao local, os dois acusados foram detidos e levados para à 38ª DP, onde o caso foi registrado.
Profissionais do HMFST também estiveram na unidade policial para prestar depoimento como testemunhas e vítima.

CNN Brasil