Assinatura Raquel Lyra

Governo de Pernambuco lança Programa Morar Bem – Entrada Garantida

Quem ganha até dois salários mínimos vai receber subsídio de até R$ 20 mil para compra da casa própria 

Assinatura Raquel Lyra
Foto: Artur Ferraz/G1

Primeira política habitacional de interesse social de Pernambuco, o programa Morar Bem PE vai ganhar uma nova modalidade para que mais pernambucanos realizem o sonho da casa própria. Nesta segunda-feira (24), no Cais do Sertão, Bairro do Recife, a governadora Raquel Lyra lançou o Morar Bem – Entrada Garantida, através do qual o governo vai oferecer subsídios de até R$ 20 mil para que famílias com renda familiar de até dois salários mínimos possam ter condições de comprar seu primeiro imóvel. O investimento anual previsto é de R$ 200 milhões.
“O Governo do Estado estruturou uma política pública habitacional garantindo recursos para que ela possa ser feita. Além da família poder ter essa oportunidade de comprar a casa própria, o empreendedor que pretende colocar o seu imóvel para comercializar por meio do programa pode se cadastrar. Com isso, a gente pode garantir novos empreendimentos em Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Na ocasião, a governadora assinou a reedição do decreto 50.501, que em 22 março de 2023 instituiu o Programa Morar Bem PE. Foi acrescentada ao texto a informação de que “serão até R$ 20 mil os valores concedidos a título de subvenção financeira às famílias que atendam aos requisitos na Lei nº 13.619, de 2008, e neste decreto, para a aquisição da primeira moradia, que cumpra aos critérios estabelecidos para a área urbana”.
O Entrada Garantida é voltado para famílias de baixa renda que não têm capacidade financeira para pagar a entrada de um financiamento habitacional. A ideia do Estado é estimular a comercialização de 40 mil imóveis novos, sendo cada um deles com valor de mercado de até R$ 190 mil, estabelecido no Minha Casa, Minha Vida.
A expectativa é que o programa dobre a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra da casa própria nos próximos 12 meses em Pernambuco (ou seja, sair de R$ 2 bilhões para R$ 4 bilhões). Isso porque as famílias poderão utilizar o FGTS e o subsídio do governo concomitantemente para conseguir comprar o imóvel.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), o pernambucano que tem uma renda de dois salários precisa ter, em média, R$ 20 mil guardados para conseguir um financiamento através do programa Minha Casa, Minha Vida. Esse valor já considera o subsídio dado pelo governo federal no programa, que financia até 80% do valor do imóvel.
“O subsídio do Governo do Estado vai entrar junto com o programa Minha Casa, Minha Vida para garantir que essas famílias possam comprar sua casa própria. Isso vai diminuir o déficit habitacional e aquecer a economia, na medida em que a expectativa é que a gente dobre o investimento do FGTS”, comentou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes, ao acrescentar que 70% dos imóveis comercializados em Pernambuco são destinados a famílias com renda de até dois salários mínimos.
Como se cadastrar
Para ter acesso à modalidade Entrada Garantida do programa Morar Bem, a família interessada precisa escolher o imóvel disponível no site da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab). Na página on-line, o interessado terá as opções de imóveis disponibilizados pelas construtoras, separadas por município.
O processo de compra tem início com o cadastro e a aprovação do perfil. A pessoa terá de comprovar que mora em Pernambuco, que a renda se encaixa nos parâmetros do programa e que não possui imóvel em seu nome.
Depois desse processo, será gerado o Comprovante de Cadastro de Inscrição (CCI) e, com esse documento em mãos, o adquirente vai à construtora para dar início ao relacionamento com a Caixa Econômica Federal (CEF), parceira do projeto. O banco faz a análise de crédito da pessoa e a posterior aprovação do financiamento. No caso de o crédito ser aprovado, o Estado paga ao banco federal o montante relativo ao complemento da entrada do imóvel.
Estímulo ao emprego e à renda
A nova modalidade também será um estímulo ao setor da construção civil para lançar novos habitacionais que se encaixem no perfil do programa, gerando emprego e renda neste segmento. A iniciativa tem um potencial de gerar 72 mil empregos dentro da cadeia da construção civil.
Para poder oferecer seus imóveis através do Morar Bem PE, os construtores precisam cadastrar seus produtos no site da Cehab. Estes ficarão disponíveis na lista de opções para que seus futuros clientes possam escolhê-los ao acessar a página virtual.
Por conta disso, a apresentação da Entrada Garantida foi feita a representantes de entidades do setor nesta segunda, como o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e entidades que congregam empresários do interior do Estado e corretores de imóveis.
Estiveram presentes no lançamento da iniciativa os deputados estaduais Mário Ricardo, Antônio Moraes e Luciano Duque; os secretários estaduais coronel Hercílio Mamede (Casa Militar), Carolina Cabral (Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção às Drogas), Fernando Holanda (Chefe da Assessoria Especial), Regina Célia (Mulher), José Almir Cirilo (Recursos Hídricos e Saneamento) e Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional). Os prefeitos de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, e de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão; além do presidente da CBIC, Renato Correia; o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger; o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, e o presidente do Sinduscon-PE, Antônio Cláudio, também participaram do evento.
Sobre o programa Morar Bem PE
O programa Morar Bem PE tem como principal objetivo proporcionar moradia digna para famílias de baixa renda de todas as regiões do Estado. As linhas de atuação do programa envolvem ações de regularização fundiária, retomada de obras paralisadas e lançamento de novos contratos habitacionais, impulsionando os recursos do Minha Casa, Minha Vida, com contrapartidas oriundas do Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social (Fehis).
Em pouco mais de seis meses da gestão Raquel Lyra, o programa Morar Bem PE já efetuou mais de 3 mil regularizações fundiárias, entregou dois habitacionais e realizou mais de mil retomadas de obras.

Minha Casa Minha Vida começa a financiar imóveis de até R$ 350 mil

Novas regras incluirão juros, valores dos imóveis e subsídios

Foto: Divulgação/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (07), foram definidas novas regras para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) para a faixa 3, referente as famílias com renda mensal entre R$ 4.440 e R$ 8.000. Imóveis de até R$ 350 mil serão financiados a partir de hoje, antes o valor para esse grupo era de R$ 264 mil.

O subsídio para complementação da compra do imóvel pelo programa, pelo Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), aumentou de R$ 47.500 para R$ 55.000, o valor considera fatores populacionais, sociais e de renda.

Os juros para a faixa 3 também foram alterados. Para cotistas do FGTS será 7,66% ao ano, enquanto os não cotistas terão 8,16%. s novas medidas pretendem ampliar a acessibilidade à moradia da classe média. 

“Vivemos em um país com profundas desigualdades. Quem precisa de habitação é uma maioria que tem uma renda média de menos de R$ 3 mil. Um resultado importante do programa foi ter criado mercado para essa parte da população”, afirmou Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa.

Programa Minha Casa, Minha Vida, tem aumento no subsídio e correção no valor dos imóveis

 Decisão do Conselho Curador do FGTS beneficia famílias de baixa renda com maior subsídio e redução das taxas de juros, além de ampliar o valor máximo dos imóveis financiados.

Foto:Divulgação
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciou nesta terça-feira (20) em Brasília, medidas para fortalecer o Programa Minha Casa, Minha Vida. Entre as decisões tomadas, destaca-se o aumento do subsídio para todas as unidades habitacionais do programa, além da redução das taxas de juros para famílias de baixa renda nas faixas 1 e 2.

Uma das alterações realizadas foi a correção do valor dos imóveis que podem ser financiados pelo programa. Agora, o subsídio para famílias de baixa renda com renda mensal de até R$ 2.640 (faixa 1) e até R$ 4,4 mil (faixa 2) passou de R$ 47 mil para até R$ 55 mil. Esse subsídio varia de acordo com a renda familiar e a localização do imóvel. Com a mudança, os valores máximos dos imóveis para as faixas 1 e 2 serão de R$ 264 mil para municípios com população de 750 mil habitantes ou mais, R$ 250 mil para cidades entre 300 mil e 750 mil habitantes, R$ 230 mil para municípios entre 100 mil e 300 mil habitantes, e R$ 200 mil para cidades com população inferior a 100 mil habitantes.

Além disso, o Conselho ampliou o valor máximo do imóvel para todas as famílias de baixa renda da faixa 3, que varia entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil. O novo teto passou de R$ 264 mil para até R$ 350 mil em todos os estados.

Essas mudanças têm como objetivo impulsionar a contratação de mais unidades habitacionais. Estima-se um acréscimo de 57 mil novas contratações na faixa 3, sendo 40 mil em 2023. O Conselho também projeta um aumento de 12% nas contratações, totalizando cerca de 330 mil unidades para famílias com renda de até R$ 3,3 mil. Para subsidiar essas ações, o orçamento do FGTS destinado aos subsídios é de R$ 9,5 bilhões em 2023.

Outra medida importante é a revisão das taxas de juros cobradas de famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. As regiões Norte e Nordeste terão uma redução de 4,25% para 4% ao ano, enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste verão a taxa cair de 4,5% para 4,25% ao ano. Essa revisão visa facilitar o acesso ao financiamento e estimular o setor habitacional nessas regiões.

Com essas medidas, o Conselho Curador do FGTS busca fortalecer o Programa Minha Casa, Minha Vida, proporcionando um maior subsídio às famílias de baixa renda, corrigindo o valor dos imóveis que podem ser financiados e reduzindo as taxas de juros. Essas ações têm o objetivo de promover o acesso à moradia digna para a população e impulsionar o mercado imobiliário, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do país.