Sindmetro-PE acata determinação judicial e retoma 100% da frota nos horários de pico.
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A greve dos metroviários de Pernambuco entra em sua terceira semana, trazendo a cada dia novos desdobramentos no drama que envolve a categoria. Após ameaças de radicalização e negociações em curso, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) decidiu acatar a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), resultando na retomada gradual do funcionamento da frota durante os horários de pico.
A decisão veio após uma assembleia realizada nesta quinta-feira (17), na qual os metroviários optaram pelo retorno às operações a partir das 0h desta sexta-feira (18). O desenrolar da situação ganhou contornos nacionais quando um grupo composto por mais de 100 metroviários realizou um protesto em Brasília, exigindo um posicionamento do governo federal sobre a inclusão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Plano Nacional de Desestatização (PDN).
Prevalecendo a busca por uma solução, os metroviários haviam concedido uma trégua de três dias, retomando a operação de 100% da frota nos horários de pico enquanto aguardavam negociações junto ao Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE) e aguardavam propostas apresentadas pela CBTU.
A proposta da CBTU de um reajuste salarial de 3,45%, sem aplicação no Piso, foi considerada insatisfatória pela categoria, que reivindica um aumento de 15%, previamente negociado para 7%. No entanto, com a nova decisão do TRT-6, foi determinado que as 36 estações do Metrorec funcionem durante os intervalos das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h.
O Sindmetro-PE estava descumprindo a decisão do tribunal, enfrentando multas diárias de R$ 60 mil. A retomada progressiva das operações busca amenizar o impacto da greve sobre os cidadãos e, ao mesmo tempo, estabelecer um meio de continuar as negociações entre a categoria e as autoridades competentes.
A saga da greve dos metroviários em Pernambuco ainda permanece em evolução, e a atenção agora se volta para as negociações em curso, enquanto a população espera por uma resolução que possa beneficiar ambas as partes envolvidas.