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Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, critica Bolsonaro, defende união da direita e pede protagonismo político ao Sul-Sudeste

Declarações do governador repercutem no meio político, recebendo críticas.

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Foto: Reprodução
Neste sábado (5), declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em entrevista ao Estadão, geraram repercussão no meio político. O político criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele ficou devendo aos liberais em pautas como desestatização e economia verde.
Na visão de Zema, Bolsonaro conseguiu organizar a direita, mas, para as próximas eleições, será necessária uma aliança mais robusta. Ele alertou que lançar dois ou três candidatos em 2026 seria uma forma de entregar a reeleição ao adversário.
Além disso, o governador não poupou críticas à esquerda, chamando seu discurso de sedutor, mas carente de reflexo na realidade e em resultados práticos.
O ponto que gerou mais polêmica foi a cobrança de Zema por mais protagonismo político do eixo Sul-Sudeste. Segundo ele, os governadores das duas regiões se uniram no Consórcio Sul-Sudeste, visando reivindicar um papel de maior destaque no cenário político nacional.
Zema defendeu que, além do protagonismo econômico, o Sul e o Sudeste merecem ter voz política proporcional à sua população e relevância econômica. Ele destacou o peso dessas regiões, com 256 deputados na Câmara dos Deputados, representando metade da Casa, além de 70% da economia e 56% da população do país.
Em relação à reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, o governador enfatizou que é justo que os estados do Sul e do Sudeste tenham representação proporcional à sua população, e não apenas sete estados em 27 decidindo as questões.
Ele questionou a criação de um fundo para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto o Sul e o Sudeste, também com suas necessidades sociais, continuariam arrecadando mais do que recebendo de volta.
As declarações de Zema tiveram diferentes repercussões. O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol), criticou Zema e o acusou de preconceito. Já o senador Humberto Costa (PT) também se posicionou contra as falas do governador, considerando-as ignorantes e preconceituosas.
As declarações de Romeu Zema seguem repercutindo e evidenciam a polarização no cenário político brasileiro, bem como a busca por protagonismo e representatividade de diferentes regiões do país.