André Luis  Cruz Correia

Segurança presidencial ligado a grupo golpista de whatsApp é exonerado

Tenente coronel que atuava na segurança direta de Lula estava envolvido em grupo que discutia golpe de Estado e ameaçava ministro do STF.

André Luis  Cruz Correia
Foto: Divulgação
A Polícia Federal (PF) trouxe à tona uma descoberta alarmante que reverberou nos corredores do poder. Um dos seguranças pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi identificado como membro de um grupo no WhatsApp que promovia discussões sobre um golpe de Estado. Além disso, os integrantes desse grupo chegaram a fazer ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerando grande preocupação nas esferas políticas e judiciárias do país.
Segundo informações divulgadas, a PF rastreou a participação do tenente coronel André Luis Cruz Correia por meio do celular apreendido de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que também fazia parte do mesmo grupo golpista. O tenente-coronel, que estava subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), desempenhava um papel crucial na segurança direta de Lula, tendo inclusive viajado com o ex-presidente em algumas ocasiões.
O desdobramento desse achado conduziu a um desfecho contundente. No dia 10 de agosto, Correia foi oficialmente exonerado de suas funções, como consta em portaria publicada no Diário Oficial da União. A reação do Palácio do Planalto à revelação da PF foi rápida, e a exoneração do tenente-coronel foi uma medida tomada para evitar repercussões maiores. Procurado, o ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, afirmou que desconhecia a existência de um relatório da PF que indicasse a participação de Correia em um grupo golpista.
Esse incidente ressalta a importância do monitoramento rigoroso das atividades de indivíduos envolvidos em cargos sensíveis à segurança nacional. A ligação de um segurança presidencial a um grupo que promove ações contra a ordem institucional levanta sérias questões sobre os protocolos de seleção e acompanhamento dos agentes envolvidos na proteção de figuras de alto escalão. Enquanto o país enfrenta desafios políticos e sociais complexos, é fundamental garantir que as instituições e autoridades estejam vigilantes para preservar a estabilidade democrática e a integridade das funções públicas.