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Frente Parlamentar do Etanol é lançada em Brasília com apoio setorial e Legislativo

Iniciativa reúne deputados federais e senadores para impulsionar desenvolvimento e infraestrutura no setor sucroenergético

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Foto: Globo Rural
Na manhã desta quarta-feira (23), no auditório da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), parlamentares e representantes do setor sucroenergético se uniram para lançar a Frente Parlamentar do Etanol. A iniciativa congrega 192 deputados federais e onze senadores em um esforço conjunto para impulsionar políticas públicas que promovam o crescimento do setor e o desenvolvimento da infraestrutura nacional.
Criada no início deste mês, a Frente Parlamentar do Etanol emergiu da colaboração entre a Bioenergia Brasil, anteriormente conhecida como Fórum Nacional Sucroenergético, e o Congresso Nacional. Além de não possuir fins lucrativos, a frente é composta por representantes de diversas correntes políticas do Congresso, refletindo um consenso multipartidário em torno da importância do setor.
O presidente da Bioenergia Brasil, Mário Campos, um dos primeiros a discursar no lançamento, destacou a relevância do setor sucroenergético no desenvolvimento regional e na geração de emprego e renda em todo o interior do Brasil. Campos ressaltou que o censo de 2022 evidencia o movimento da população para as regiões internas do país, e o setor tem um papel vital nesse contexto, como um dos pilares do agronegócio nacional.
A Frente Parlamentar do Etanol surge com o propósito de fortalecer a atuação conjunta do poder legislativo e do setor produtivo, visando aprimorar políticas públicas que impulsionem a produtividade, competitividade e sustentabilidade do etanol e da cadeia sucroenergética como um todo.

Preço do etanol cai em 15 estados, com média de R$ 3,77 o litro, diz ANP

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, cotação média recuou 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59

Foto: Reuters/Paulo Whitaker
Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 estados e no Distrito Federal, subiram em seis e ficaram estáveis em cinco na semana passada. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 2,58% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 3,77 o litro.
Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59.
A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,56, passou a custar R$ 4,66 (+2,19%).
A maior queda, de 3,32%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 3,92 para R$ 3,79 na semana, e também no Paraná, onde saiu de R$ 4,22 para R$ 4,08/litro.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,95 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,39, foi registrado em Rondônia.
Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,43, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,26 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 0,80%, de R$ 3,74 para R$ 3,87 o litro.
O estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 10,69% de aumento no período, de R$ 4,21 para R$ 4,86 o litro. A maior queda no mês foi observada em Roraima, de 2,78%, de R$ 5,39 para R$ 5,24 o litro.
Competitividade
O etanol continua mais competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.
Conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, na semana passada, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 67,44% ante a gasolina, portanto favorável ao abastecimento com o derivado do petróleo.
A paridade estava em 62,03% em Mato Grosso, 66,60% em São Paulo, 67,45% em Goiás, 69,94% em Minas Gerais e 69,67% no DF.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
CNN Brasil