Marina Silva

Ministra do Meio Ambiente anuncia redução de desmatamento na Amazônia durante reunião do G20

Desmatamento também diminui na Mata Atlântica, apontam boletins.

Marina Silva
Foto: Reprodução
Durante a reunião do G20, realizada na Índia nesta sexta-feira, a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, divulgou dados promissores sobre o desmatamento na Amazônia. De acordo com a ministra, no primeiro semestre deste ano, o desmatamento registrou uma redução significativa de 36% em comparação com o mesmo período de 2022.
Em sua declaração, Marina enfatizou o compromisso firme do Brasil em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Ela destacou que, nos primeiros seis meses de governo do presidente Lula, a área sob alerta de desmatamento na região já apresentou uma queda de 33,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, a ministra abordou a Cúpula da Amazônia, prevista para ocorrer em agosto, onde serão discutidas medidas para a proteção da floresta. Ela ressaltou o objetivo de buscar uma agenda objetiva e com instrumentos claros para a cooperação regional, visando evitar que a Amazônia chegue a um ponto de não retorno.
Marina Silva concluiu seu discurso lembrando que o Brasil assumirá a presidência do grupo em dezembro, e comprometeu-se a empenhar-se totalmente em buscar soluções ambiciosas à altura dos desafios comuns enfrentados na questão ambiental.

Diminuição do desmatamento também na Mata Atlântica

Outro dado animador veio do boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) divulgado nesta semana. O estudo apontou uma queda de 42% no desmatamento da Mata Atlântica em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A análise foi resultado de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas. Destacou-se que os estados que haviam registrado maiores áreas desmatadas em 2022 apresentaram um alto índice de redução neste ano. Minas Gerais registrou queda de 47%, Bahia 43%, Paraná 54% e Santa Catarina 46%.
Esses números indicam um cenário positivo no combate ao desmatamento tanto na Amazônia quanto na Mata Atlântica, sinalizando esforços importantes para a preservação do meio ambiente.
Cacique Raoni

Cacique Raoni Metuktire recebe carta do rei britânico Charles III em reconhecimento à sua liderança indígena

Monarca enaltece a atuação do líder kayapó na preservação da Amazônia e na defesa dos direitos dos povos indígenas.

Cacique Raoni
Foto: Embaixada do Reino Unido

O cacique Raoni Metuktire, reconhecido líder indígena brasileiro, foi honrado com uma carta do rei britânico Charles III, que destacou a importância e relevância do líder kayapó tanto no Brasil quanto internacionalmente. A carta foi entregue durante o evento “O Chamado do Cacique Raoni – Grande Encontro das Lideranças Guardiãs da Mãe Terra”, realizado na Aldeia Piaraçu, no Território Kayapó, em São José do Xingu, entre os dias 24 e 28 de julho.
A entrega da correspondência oficial contou com a presença da Encarregada de Negócios da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins. No documento, o monarca britânico elogiou a relevância da voz do cacique Raoni nas iniciativas de preservação da Amazônia e no apoio aos direitos de todos os povos indígenas, ressaltando-o como um “impressionante exemplo” a ser seguido.
O reconhecimento do cacique Raoni Metuktire não é recente, uma vez que, antes de ascender ao trono como Charles III, o então príncipe Charles já havia se encontrado com o líder indígena em 2009, durante um encontro no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Posteriormente, Raoni foi recebido pelo monarca na Clarence House, uma das residências oficiais da família real britânica.
O evento em que a carta foi entregue conta com o apoio da organização britânica sem fins lucrativos Global Canopy. Através do fornecimento de dados, métricas e avaliações, a instituição auxilia grandes empresas, instituições financeiras, governos e organizações em todo o mundo a aprimorar suas práticas voltadas à proteção das florestas e da biodiversidade.
O reconhecimento do cacique Raoni por parte do rei Charles III reafirma a importância das ações em defesa do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, destacando a relevância da liderança indígena brasileira não só no cenário nacional, mas também internacionalmente, como uma voz fundamental na luta pela preservação da Amazônia e dos valores ancestrais dos povos originários.

leia a íntegra da carta:

Caro Cacique Raoni,

Fiquei muito entusiasmado em saber que a organização britânica, Global Canopy, está dando suporte ao evento em julho deste ano para honrá-lo por seus feitos globais memoráveis e para encorajar a próxima geração a seguir seu impressionante exemplo. Sua voz tem sido fundamental no Brasil, e no mundo, em esforços para preservar a Amazônia e em seu apoio aos direitos de todos os povos indígenas.

Durante minha própria visita à Amazônia, em 2009, testemunhei em primeira mão os profundos impactos do desmatamento e das mudanças climáticas na floresta tropical e nos povos e comunidades indígenas que ali residem. Também me lembro com apreço de nosso encontro no mesmo ano no magnífico Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde conversamos sobre o desejo compartilhado de ver a Amazônia protegida, e o prazer que mais tarde tive em recebê-lo na Clarence House.

Também fico contente que o Reino Unido tenha conseguido apoiar este evento por meio do Programa REDD+ para Pioneiros (REM), que conta com um de seus focos no fortalecimento de governanças indígenas e no apoio aos meios de subsistência de povos indígenas em seus territórios.

Envio meus melhores votos a você e a todos os povos indígenas do Brasil.

Charles R
População do Niger

Golpe militar no Níger mantém presidente detido e gera apelos por restauração da ordem constitucional

Soldados assumem o comando do país após declaração de golpe, enquanto França, Cedeao e Rússia pedem a libertação imediata do presidente Mohamed Bazoum.

População do Niger
Foto: Reuters/Balima Boureima
Na noite desta quinta-feira (27), o presidente do Níger, Mohamed Bazoum, permanecia detido no palácio presidencial após soldados declararem um golpe militar na noite de quarta-feira (26). A situação gerou incertezas sobre quem assumiu o comando do país, levando a comunidade internacional a manifestar preocupação e apelar pela restauração da ordem constitucional.
A França, antiga potência colonial do país, e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), manifestaram a urgência da libertação de Bazoum e o retorno à ordem democrática. Também a Rússia, por meio do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, enfatizou a importância da restauração da ordem constitucional no país africano.
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, informou que conversou com Bazoum na quinta-feira e que o presidente está “bem”, segundo a agência de notícias russa RIA.
Este é o sétimo golpe na África Ocidental e Central desde 2020, um cenário alarmante que pode ter sérias repercussões no progresso democrático e na luta contra os militantes jihadistas na região, onde o Níger desempenha papel importante como aliado do Ocidente.
Os apoiadores do golpe saquearam e incendiaram o quartel-general do partido do governo em Niamey, a capital, na quinta-feira, após o comando do Exército declarar apoio ao golpe conduzido por soldados da guarda presidencial.
A ação foi marcada por protestos com nuvens de fumaça negra saindo do prédio do quartel-general. Centenas de apoiadores do golpe reuniram-se em frente à Assembleia Nacional do país e foram dispersos pela polícia com rajadas de gás lacrimogêneo. Durante o ato, foram entoados cânticos a favor dos militares, e algumas pessoas agitavam bandeiras russas e entoavam slogans anti-franceses, revelando crescente ressentimento contra a influência da ex-potência colonial na região do Sahel. O Níger conquistou a independência da França em 1960.
O canal de TV estatal veiculou um comunicado do Ministério do Interior que condenava os atos de vandalismo e proibia manifestações até novo aviso.
Em um comunicado assinado por seu chefe de gabinete, o Exército afirmou que “decidiu aderir à… declaração” feita por soldados que anunciaram em um discurso televisionado tarde da noite que haviam destituído Bazoum do poder. A prioridade do Exército é evitar a desestabilização do país, preservar a integridade física do presidente e de sua família, e evitar “um confronto mortal… que possa criar um banho de sangue e afetar a segurança da população”. A situação permanece tensa, e a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos no Níger.
EUA

Ex-funcionário da inteligência dos EUA afirma que o governo esconde provas da existência de OVNIs

Três testemunhas relataram as autoridades o encontro com fenômenos aéreos não identificados

EUA
Foto: Reprodução

Na quarta-feira (26), o ex-funcionário da Força Aérea dos Estados Unidos (EUA), David Grusch, e outras duas testemunhas foram ouvidas em audiência no Capitólio para contar o que sabiam sobre fenômenos aéreos não identificados (UAPs), conhecidos no Brasil como objetos voadores não identificados (óvnis).
Durante seu depoimento, Grusch alegou que o governo estadunidense está escondendo destroços de espaçonaves alienígenas, além de matérias de operações secretas. O ex-oficial afirmou que não poderia dar mais detalhes por causa das leis de sigilo.
“Meu depoimento é baseado em informações que venho recebendo de indivíduos com uma longa trajetória de legitimidade e serviço a este país, muitos dos quais também compartilham evidências convincentes, como fotografias, documentação oficial e depoimentos orais classificados”, relatou.
Outra testemunha, o ex-comandante David Fravor, falou novamente sobre a experiência que teve em 2004, quando acredita ter visto um OVNI enquanto estava pilotando uma aeronave. As imagens do suposto fenômeno foram divulgadas em 2017 e depois de dois anos a Marinha dos EUA verificou-as publicamente.
Já Ryan Graves, diretor executivo da Americans for Safe Aerospace e ex-piloto de caça da Marinha americana, a terceira testemunha, foi mais enfático: “Enquanto falamos, nosso céu está cheio de óvnis, cuja existência é subnotificada. Os avistamentos não são raros, nem isolados. Eles são a rotina. O estigma de óvnis é real e representa um poderoso desafio para a segurança nacional”.
Graves afirmou que viu um fenômeno aéreo não identificado em 2014 quando ainda era piloto. “Um cubo cinza escuro ou preto dentro de uma esfera transparente que se aproximava de 15 metros do avião. Estimamos que tinha uns três metros de diâmetro”, contou.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, informou que não é possível responder questionamentos sobre os fenômenos. Não é a primeira vez que as autoridades americanas debatem sobre a possibilidade de existir vida extraterreste.
População Japonesa

Crise populacional do Japão se agrava, com queda de mais de 800 mil habitantes no último ano

Baixa taxa de natalidade e aumento da população idosa desafiam a terceira maior economia mundial.

População Japonesa
Foto: Getty Imagens
A crise populacional do Japão está ganhando impulso, com uma queda acentuada no número de habitantes, registrando uma diminuição de mais de 800 mil pessoas no último ano. Essa tendência reflete desafios similares enfrentados por outros países do Leste Asiático.
De acordo com dados divulgados recentemente pelo Ministério de Assuntos Internos do Japão, em 1º de janeiro deste ano, a população total do país era de 125,4 milhões, considerando tanto os residentes japoneses quanto os estrangeiros. Notavelmente, o número de residentes estrangeiros aumentou cerca de 289,5 mil em relação ao ano anterior, representando um crescimento significativo acima de 10%.
No entanto, o Japão testemunhou uma redução de 800.523 residentes japoneses, marcando o 14º ano consecutivo de contração populacional desde o pico em 2009, conforme relatado pelo ministério. Pela primeira vez, todas as prefeituras do país experimentaram uma diminuição no número de cidadãos japoneses.
Houve, contudo, um ligeiro aumento na população geral da capital, Tóquio, graças ao aumento de residentes estrangeiros, independentemente da nacionalidade.
O Japão também enfrenta um desafio cada vez maior com a população idosa, enquanto a força de trabalho continua diminuindo, o que impacta o financiamento de pensões e assistência médica, especialmente quando a demanda por cuidados geriátricos está em ascensão.
A taxa de fertilidade do Japão é uma das principais causas dessa crise populacional, situando-se em 1,3, muito abaixo da taxa de 2,1 necessária para manter uma população estável, mesmo sem considerar a imigração. Além disso, o país possui uma das maiores expectativas de vida no mundo, com dados governamentais de 2020 revelando que quase uma em cada 1.500 pessoas tinha 100 anos ou mais.
Outros países do Leste Asiático, como China, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan, também enfrentam desafios semelhantes, buscando incentivar os jovens a terem mais filhos em meio ao aumento do custo de vida e descontentamento social.
As preocupantes tendências demográficas levaram o primeiro-ministro Fumio Kishida a alertar em janeiro sobre a iminência do Japão “não ser capaz de manter as funções sociais”.
Em uma tentativa de mitigar a crise e equilibrar a população, as autoridades japonesas têm pressionado nos últimos anos por maior entrada de residentes e trabalhadores estrangeiros. No entanto, essa iniciativa enfrenta desafios em um país altamente homogêneo, com níveis relativamente baixos de imigração.
Em 2018, os legisladores japoneses aprovaram uma mudança de política proposta pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe que criou novas categorias de visto para permitir que cerca de 340.000 trabalhadores estrangeiros ocupassem empregos altamente qualificados e de baixa remuneração.
Posteriormente, em uma mudança significativa em 2021, o governo japonês discutiu a possibilidade de permitir que estrangeiros em empregos qualificados permanecessem indefinidamente.
Entretanto, a pandemia de Covid-19 trouxe interrupções significativas nesse progresso, com o país fechando suas fronteiras para estrangeiros e implementando bloqueios em diversas províncias.
Um relatório de uma organização de pesquisa com sede em Tóquio, divulgado no ano passado, ressaltou que o Japão precisaria de cerca de quatro vezes mais trabalhadores estrangeiros do que os níveis de 2020 até 2040 para alcançar as metas econômicas do governo. Contudo, alertou que para concretizar essa necessidade, o país deve primeiro criar um ambiente que apoie os direitos humanos dos trabalhadores migrantes e buscar mudanças sociais para uma maior aceitação dos estrangeiros.
Papa

Papa Francisco afirma que “Deus nos ama como somos”, em mensagem de apoio a jovem transgênero

Em um podcast, o pontífice responde a mensagens de jovens e reitera que a Igreja Católica prega o respeito e a compaixão aos membros da comunidade LGBT.

Papa
Foto: Reuters/ Remo Cassili
O Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, enviou uma mensagem de apoio a uma jovem transgênero italiana em um podcast, reforçando que “Deus nos ama como somos”. O encontro ocorreu antes de sua participação em um festival da juventude católica em Portugal na próxima semana.
No podcast, Francisco ouviu e respondeu a mensagens de áudio de jovens, incluindo a de Giona, uma italiana de 20 e poucos anos, que expressou sua luta com a dicotomia entre sua fé católica e sua identidade transgênero.
Em suas palavras, o Papa ressaltou que “o Senhor sempre caminha conosco” e que, apesar de nossas imperfeições, Deus se aproxima para ajudar. Ele enfatizou que o amor de Deus é incondicional e abrange todas as pessoas, independentemente de suas circunstâncias ou trajetórias de vida. A mensagem do pontífice é um sinal de apoio às pessoas transgênero, ressaltando a importância do respeito e da compaixão para com todos os membros da comunidade LGBT.
A Igreja Católica tem ensinado que as pessoas LGBT devem ser tratadas com respeito e sensibilidade, respeitando seus direitos humanos fundamentais. No entanto, a questão da aceitação de uniões do mesmo sexo e de outras pautas relacionadas à comunidade LGBT permanece como um tema delicado e em discussão dentro da instituição.
O Papa Francisco é conhecido por sua abordagem mais acolhedora e compassiva em relação à comunidade LGBT. Em ocasiões anteriores, ele já afirmou a famosa frase “quem sou eu para julgar”, ao responder perguntas específicas sobre homossexuais. Além disso, o pontífice classificou as leis que criminalizam membros da comunidade LGBT como pecaminosas e injustas.
Contudo, embora adote uma postura mais receptiva, o Papa reafirmou que o casamento é uma união vitalícia entre um homem e uma mulher, mantendo o posicionamento tradicional da Igreja Católica sobre o assunto. Ele expressou apoio a leis civis que concedam direitos aos casais do mesmo sexo em questões burocráticas, como pensões e assistência médica.
A atitude mais inclusiva e menos crítica de Francisco em relação à comunidade LGBT tem gerado debates entre os conservadores, que defendem uma abordagem mais tradicional e restritiva. Porém, o pontífice tem mantido a linha do ensino católico, que afirma que a atração pelo mesmo sexo não é pecaminosa, mas considera os atos com pessoas do mesmo sexo como pecado.
As questões relacionadas à posição da Igreja em relação à comunidade LGBT, bem como outras temáticas, como o papel das mulheres e dos católicos que se divorciaram e casaram novamente fora da Igreja, serão discutidas na próxima cúpula mundial de bispos, programada para outubro de 2024.
O pronunciamento de apoio do Papa Francisco à jovem transgênero italiana é mais um exemplo de como a Igreja Católica busca lidar com as complexidades e desafios do mundo contemporâneo, equilibrando princípios tradicionais com uma mensagem de amor e inclusão para todos os seus fiéis.

Brasil tem mais de 120 mil pessoas aptas a votar nas eleições espanholas

País é o segundo na América do Sul em número de eleitores espanhóis e o oitavo no mundo; ao todo, devem votar mais de 2 milhões de pessoas que residem no exterior.

Foto: Agência Brasil

Mais de 37 milhões de espanhóis estão aptos a votar nas eleições gerais da Espanha neste domingo (23). Desses, 35.141.122 residem no país e os outros 2.325.310 no exterior. Os dados são do INE, Instituto Nacional de Estatística local.
Os dez países estrangeiros onde há mais eleitores com direito a voto são: Argentina (434.599), França (237.656), Estados Unidos (157.969), Cuba (152.791), Alemanha (142.537), México (135.753), Reino Unido (133.909), Brasil (120.295), Venezuela (117.911) e Suíça (107.824).
No “top 10”, há quase dois milhões de votantes espanhóis – mais de 80% do total, ao se considerar os países com mais de 50 mil eleitores da Espanha.
Eleitores no Brasil
O Brasil, com mais de 120 mil votantes, aparece em oitavo lugar. Considerando-se apenas a América do Sul, o país ocupa a segunda posição, atrás apenas da Argentina, líder em eleitores espanhóis fora da Espanha.
Para votar no Brasil, a pessoa deve ter nacionalidade espanhola, estar inscrita como residente na demarcação consular – embaixada ou consulado – e no Recenseamento Eleitoral de Residentes Ausentes.
Caso esteja temporariamente na demarcação consular, deve estar inscrita como não residente no Registo de Registo Consular.
O voto pode ser enviado pelo correio ou depositado no centro de votação correspondente no Brasil de acordo com a demarcação consular, seguindo os prazos estabelecidos pelo governo espanhol.
CNN Brasil
Giorgia Meloni

Itália retira nomes de mães homoafetivas de certidões de nascimento

Primeira-ministra de extrema-direita, Giorgia Meloni, determinou retirada dos nomes de uma das mães na cidade de Pádua

Giorgia Meloni
Foto: Alberto PIZZOLI / AFP

Uma lei assinada pela primeira-ministra da Itália Giorgia Meloni determinou o início da retirada dos nomes de mães homoafetivas não biológicas das certidões de nascimento dos filhos na cidade de Pádua, localizada no norte da Itália, foi a primeira a iniciar a remoção.
A determinação da líder de extrema-direita afetou ao menos 33 casos de crianças que ficarão sem o nome de uma das mães na certidão de nascimento. Essas famílias realizaram inseminação artificial no exterior e registraram os bebês na cidade de Pádua, que tem um governo de centro-esquerda. Desde 2017, essa prática é realizada por casais de mulheres homoafetivas que desejavam ter filhos.
Pádua é a primeira cidade italiana a permitir o registro. Grupos de direitos humanos na Itália e na Europa temem que a suspensão da maternidade possa se estender a outras regiões do país.
A chamada barriga de aluguel é proibida na Itália. Caso a prática seja realizada, apenas o pai ou a mãe biológica pode constar como responsável na certidão de nascimento. O casamento entre pessoas do mesmo sexo também não é permitido.
Correio Braziliense

Empoderamento feminino no Brasil é médio-baixo mostra ONU

 Relatório propõe maior foco nas lacunas da educação

Foto: Reprodução

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres) mostra que a liberdade das mulheres para fazer escolhas e conquistar oportunidades permanece amplamente restrita no mundo.
O estudo, divulgado nesta sexta-feira (21), é baseado nos índices de Empoderamento das Mulheres (WEI, na sigla em inglês) e do Global de Paridade de Gênero (GGPI, na sigla em inglês), medidos em 114 países, em 2022. Os dois índices variam de zero a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o empoderamento de mulheres, no caso do WEI; e a paridade de gênero, no caso do GPPI.
O índice de empoderamento (WEI) do Brasil está em 0,637, o que o localiza entre as nações de médio-baixo empoderamento. Para se chegar ao resultado, são avaliados oito critérios, como acesso a métodos de planejamento familiar e gravidez na adolescência; participação no mercado de trabalho, e violência doméstica. A pontuação média mundial está em 0,607, e a da América Latina e Caribe, em 0,633.
Já o índice Global de Paridade de Gênero (GGPI) do Brasil está em 0,680, o que o coloca também entre as nações de média-baixa paridade de gênero. O índice é composto por notas comparativas da situação de mulheres versus homens em quatro dimensões do desenvolvimento humano: vida e boa saúde; educação, capacitação e conhecimento; inclusão trabalhista e financeira; e participação na tomada de decisões. O GGPI global está em 0,721, e o da América Latina e Caribe, em 0,751.
Para o aumento da igualdade de gêneros, o relatório da ONU propõe maior foco nas lacunas da educação, especialmente nas áreas como ciências, tecnologia, engenharias e matemática, para capacitar mulheres e meninas na era digital; e mais investimentos em políticas e serviços que abordem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, incluindo serviços de cuidados infantis, licença parental e arranjos de trabalho flexíveis.
Também é recomendado pela ONU a definição de metas e planos de ação para alcançar a paridade de gênero em todas as esferas da vida pública e a eliminação de leis e regulamentos discriminatórios que promovem desigualdades; e a implementação de medidas com foco na prevenção da violência contra mulher.
Agência Brasil
ONU

“Muitos podem morrer” com fim do acordo de grãos, alerta ONU

Rússia rompeu negociações após alegar que os países ocidentais não estavam cumprindo alguns itens, como garantir a chegada os alimentos para os países mais pobres da África

ONU
Foto: Timothv A.Clary/AFP

O aumento nos preços dos grãos desde que a Rússia deixou um acordo que permitia a exportação segura de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro “ameaça potencialmente a fome e pior que isso para milhões de pessoas”, disse o chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas ao Conselho de Segurança na sexta-feira.
A Rússia deixou o acordo de grãos do Mar Negro na segunda-feira, dizendo que as demandas para melhorar suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes não foram atendidas e reclamando que grãos ucranianos não tinham chegado a países pobres em volumes suficientes.
Os contratos futuros de trigo dos EUA em Chicago subiram mais de 6% esta semana e tiveram seu maior ganho diário na quarta-feira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, mas reduziram alguns desses ganhos na sexta-feira em parte devido às esperanças de que a Rússia possa retomar as negociações sobre o acordo.
“Os preços mais altos serão sentidos de forma mais aguda pelas famílias nos países em desenvolvimento”, disse Martin Griffiths ao Conselho de 15 membros, acrescentando que atualmente cerca de 362 milhões de pessoas em 69 países precisam de ajuda humanitária.
“Alguns passarão fome, alguns morrerão de fome, muitos podem morrer como resultado dessas decisões”, disse ele.
O acordo foi negociado há um ano pela ONU e pela Turquia para combater uma crise alimentar global agravada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022. A Ucrânia e a Rússia estão entre os principais exportadores de grãos do mundo.
A ONU argumentou que o acordo do Mar Negro beneficiou os países mais pobres ao ajudar a baixar os preços dos alimentos em mais de 23% globalmente. O Programa Mundial de Alimentos da ONU também embarcou cerca de 725 mil toneladas de grãos ucranianos para ajudar as operações no Afeganistão, Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália, Sudão e Iêmen.
Mas Mikhail Khan, um macroeconomista que a Rússia pediu para apresentar um informe ao Conselho de Segurança, disse que os países mais pobres receberam apenas 3% dos grãos.
“A avaliação qualitativa do impacto do acordo de grãos em termos de provisões de grãos ucranianos para os mercados globais não é essencialmente muito significativa”, disse ele.

Potencialmente catastrófico

A Rússia está negociando exportações de alimentos para os países mais necessitados após sua saída do acordo, mas ainda não assinou nenhum contrato, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Vershinin, em Moscou nesta sexta-feira.
A Rússia atacou as instalações de exportação de alimentos da Ucrânia pelo quarto dia consecutivo nesta sexta. Moscou descreveu os ataques a portos como uma vingança por um ataque ucraniano na ponte da Rússia para a Crimeia na segunda-feira.
“A nova onda de ataques aos portos ucranianos corre o risco de ter impactos de longo alcance na segurança alimentar global, em particular nos países em desenvolvimento”, disse a chefe de assuntos políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, ao Conselho de Segurança.
A Rússia disse que agora vai considerar qualquer navio que navegue para os portos ucranianos do Mar Negro como possivelmente transportando cargas militares. Kiev respondeu anunciando medidas semelhantes contra embarcações com destino à Rússia ou território ucraniano ocupado pela Rússia.
DiCarlo disse que essas ameaças eram “inaceitáveis”.
“Qualquer risco de propagação do conflito como resultado de um incidente militar no Mar Negro – seja intencional ou acidental – deve ser evitado a todo custo, pois isso pode resultar em consequências potencialmente catastróficas para todos nós”, disse ela.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, espera se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, no próximo mês e disse que essas negociações podem levar à restauração do acordo de grãos do Mar Negro, pedindo aos países ocidentais que considerem as demandas da Rússia, noticiaram emissoras turcas nesta sexta-feira.
CNN Brasil
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    Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito

    Crédito: 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko

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    Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia

    Crédito: 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS

  • 3 de 20

    Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023.

    Crédito: Felipe Dana/AP