Nicolás Maduro

Presidente Nicolás Maduro Cancela Participação na Cúpula da Amazônia devido a Infecção nos Ouvidos

Vice-presidente Delcy Rodríguez representa a Venezuela no encontro internacional em Belém.

Nicolás Maduro
Foto: Reuters
Na noite de segunda-feira (7), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cancelou sua participação na Cúpula da Amazônia, que teve início hoje na cidade de Belém, no Pará. O líder venezuelano enfrenta uma infecção nos ouvidos, que o levou a tomar essa decisão. Em seu lugar, o vice-presidente Delcy Rodríguez foi enviado para representar o país no evento internacional, já se encontrando na capital paraense.
O motivo do cancelamento é atribuído a uma infecção nos ouvidos que Maduro vem enfrentando. No dia anterior, o presidente já havia cancelado compromissos em seu país devido a um quadro de otite média, conforme informado por ele.
A cúpula reúne os representantes dos oito países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA): Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Equador, Peru, Suriname e Venezuela. Além do presidente Maduro, os líderes do Equador, Guillermo Lasso, e do Suriname, Chan Santokhi, também já haviam anunciado previamente que não participariam do encontro.
No dia 9 de agosto, representantes de outros países em desenvolvimento com florestas tropicais se unirão ao encontro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou a Indonésia, a República Democrática do Congo e a República do Congo para participarem da cúpula. Esses países abrigam algumas das maiores florestas tropicais do mundo, como a Amazônia, a do Congo e a Borneo-Mekong, que passa pela Indonésia.
Lula destacou a importância desses países na busca por um desenvolvimento sustentável, afirmando que a presença da Indonésia e dos dois Congos é fundamental para fortalecer essa aliança. A criação dessa aliança foi apresentada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) no ano anterior.
Além dos países amazônicos e dos convidados mencionados, também foram chamados a Alemanha e Noruega, principais doadoras do Fundo Amazônia, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, e Sultan Ahmed al-Jaber, presidente da COP28, que acontecerá em dezembro nos Emirados Árabes.
Uma minuta da Declaração de Belém, o comunicado final da cúpula, já foi submetida a vários ministérios para receber contribuições e sugestões visando aprimoramentos. A cúpula representa um esforço conjunto desses países em prol da preservação e desenvolvimento sustentável da região amazônica e de outras florestas tropicais no mundo.
Southwest

MÃE PROCESSA SOUTHWEST AIRLINES POR DISCRIMINAÇÃO RACIAL APÓS ACUSAÇÃO DE TRÁFICO HUMANO DURANTE VOO

Mary que é branca viajou da Califórnia para Denver acompanhada de sua filha que é negra.

Southwest
Foto: Acervo AEROIN
Uma mãe, identificada como Mary MacCarthy, está movendo um processo contra a companhia aérea Southwest Airlines por discriminação racial. De acordo com os documentos do processo aberto na quinta-feira (3), Mary, que é branca, viajou da Califórnia para Denver acompanhada de sua filha, que é negra, para comparecer ao funeral de seu irmão em outubro de 2021.
Segundo a acusação, enquanto estavam em voo, um funcionário da Southwest Airlines fez uma ligação para o Departamento de Polícia de Denver, denunciando Mary por suspeita de tráfico de crianças, única e exclusivamente por conta da diferença de cor de pele de sua filha. Ao desembarcarem, mãe e filha foram abordadas pelos policiais de Denver, que as questionaram com base na informação racista recebida.
O processo alega que a filha de Mary, uma menina de 10 anos, começou a chorar durante o interrogatório, causando extremo sofrimento emocional à família. Mary exige um pedido de desculpas por escrito da companhia aérea, reembolso total das passagens e uma indenização adicional pelos danos morais e angústia causados à família, especialmente à sua filha.
Em resposta ao incidente, a Southwest Airlines lamentou o relato da passageira e afirmou estar conduzindo uma revisão interna para resolver as preocupações e pedir desculpas pela experiência de Mary. A empresa ressaltou que seus funcionários recebem treinamento rigoroso sobre tráfico humano e que se orgulha de oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para todos os clientes.
Até o momento, a Southwest Airlines não se manifestou sobre o processo aberto por Mary MacCarthy. A mãe busca uma indenização não especificada por danos morais, incluindo sofrimento emocional, angústia mental, sofrimento e inconveniência. O caso levanta questões importantes sobre discriminação racial e ressalta a necessidade de se combater o preconceito em todas as esferas da sociedade.
Imigrantes em Barcos tentam entrar na Itália

Guarda Costeira da Itália resgata 57 sobreviventes e encontra dois corpos após naufrágios em Lampedusa

Mais de 30 pessoas estão desaparecidas após barcos de imigrantes afundarem no Mediterrâneo.

Imigrantes em Barcos tentam entrar na Itália
Foto: Juan Medina
Guarda Costeira da Itália anunciou o resgate de 57 sobreviventes e a descoberta de dois corpos na ilha de Lampedusa, localizada no sul do país. Os resgates ocorreram em meio a relatos de que mais de 30 pessoas estavam desaparecidas após dois naufrágios.
De acordo com a agência de notícias Ansa, os dois barcos de imigrantes partiram do porto de Sfax, um ponto crítico da crise migratória na Tunísia, e afundaram no sábado enquanto seguiam em direção à Europa. O primeiro barco transportava 48 pessoas, e o segundo, 42.
Os sobreviventes foram encontrados pela guarda costeira a cerca de 46 quilômetros a sudoeste de Lampedusa. Entre as vítimas fatais, estavam uma mulher da Costa do Marfim e seu filho de apenas 1 ano de idade.
A situação migratória na região tem sido alarmante, com mais de 2.000 pessoas chegando à ilha de Lampedusa nos últimos dias, após serem resgatadas no mar por barcos de patrulha italianos e ONGs. Os fortes ventos têm complicado ainda mais a situação em torno da ilha.
Outra ocorrência dramática é o caso de cerca de 20 imigrantes presos em um penhasco desde sexta-feira (4), depois que o barco em que estavam bateu contra as rochas ao chegar ao local. A guarda costeira enfrenta dificuldades para alcançá-los por mar ou helicóptero.
As políticas adotadas pelo governo de extrema-direita da Itália têm sido alvo de críticas por parte das ONGs. A decisão de designar portos distantes para os navios de resgate aumenta os custos de navegação das organizações, prolonga o sofrimento dos sobreviventes e reduz o tempo em que os navios de caridade podem patrulhar áreas do Mediterrâneo onde os naufrágios são mais comuns.
Este ano, a Itália registrou um forte aumento na imigração marítima, com quase 92 mil chegadas, conforme dados do Ministério do Interior atualizados pela última vez na sexta-feira. Esse número representa um grande aumento em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou pouco mais de 42.600 chegadas.
A situação humanitária continua a exigir medidas efetivas e coordenadas para garantir a segurança e proteção dos migrantes em sua jornada para a Europa.
Bombeiros na China

Enchentes do tufão Doksuri inundam cidades no Nordeste da China

Tempestade devastadora causa evacuações e danos em várias regiões do país.

Bombeiros na China
Foto: AFP/Arquivo
As enchentes provocadas pelo poderoso tufão Doksuri continuaram a afetar fazendas e cidades no Nordeste da China neste fim de semana, resultando em uma das piores tempestades dos últimos anos. Na cidade de Shulan, província de Jilin, quase 15 mil moradores foram retirados, enquanto uma pessoa foi confirmada morta e quatro estão desaparecidas, conforme relatado pela mídia estatal. Desde terça-feira (1º), as fortes tempestades têm atingido Shulan, com algumas áreas acumulando 489 milímetros de chuva, cinco vezes mais do que o recorde anterior. Pontes desabaram e estradas foram danificadas em toda a cidade.
Imagens divulgadas pela agência de notícias estatal da China, China News Service, mostraram ruas alagadas cercando fábricas e residências em Shulan, uma cidade com mais de 700 mil habitantes. As chuvas intensas chegaram ao país no final de julho, quando os remanescentes do tufão Doksuri adentraram o interior chinês, atingindo o norte do país e causando grandes inundações.
Em Pequim, neste sábado (5), as autoridades alertaram para a ocorrência de buracos e deslizamentos de terra nos distritos externos de Fangshan e Mentougou.
A bacia do rio Haihe registrou sua pior inundação desde 1963 na última semana.
Funcionários do departamento de recursos hídricos informaram à mídia estatal que as enchentes podem levar até um mês para baixar na província de Hebei. Zhuozhou, localizada a sudoeste de Pequim, é a cidade mais atingida na província, com cerca de 100 mil pessoas evacuadas.
No sábado, as águas atingiram níveis de alerta e continuaram subindo no rio Muling, na província de Heilongjiang, no Nordeste da China, conhecida como o “grande celeiro do norte” do país, de acordo com o escritório provincial de hidrologia.
As inundações são uma preocupação recorrente para a China, pois o rápido desenvolvimento tem levado à expansão das áreas urbanas sobre as planícies suscetíveis a inundações. O clima extremo, intensificado pelo aquecimento global, agrava ainda mais a situação.
Especialistas meteorológicos destacam que o impacto dos tufões é raro no nordeste da China, já que a maioria deles segue para oeste ou noroeste após atingir o território do país.
Donald Trump

Impasse Eleitoral nos EUA Levanta Questão sobre o Futuro Político

Crescente Risco Legal do Ex-Presidente Donald Trump e Outros Fatores Incitam Incerteza nas Eleições de 2024.

Donald Trump
Foto: Getty Images
O cenário político dos Estados Unidos continua dividido entre as coalizões republicana e democrata, levantando questionamentos sobre a possibilidade de um rompimento no impasse eleitoral que persiste. O ex-presidente Donald Trump, enfrentando uma série de acusações criminais, se mantém como liderança nas primárias presidenciais do Partido Republicano de 2024.
Embora as pesquisas mostrem uma pequena vantagem geral para o presidente Joe Biden e alguns estados indecisos, as forças políticas estão enfrentando a imobilidade das divisões demográficas e geográficas profundamente enraizadas. Os partidos agora representam visões divergentes do futuro dos EUA, tornando difícil para as pessoas cruzarem para o outro lado.
Apesar dos democratas terem ganhado o voto popular em sete das últimas oito eleições presidenciais, o Partido Republicano continua competitivo, especialmente fora das grandes áreas metropolitanas. O sistema político americano está marcado pela estagnação e impasse, com maiorias mais estreitas na Câmara e no Senado e estados onde cada partido domina consistentemente as eleições.
Recentes pesquisas de opinião pública mostram Biden liderando à frente de Trump, mas com margens estreitas. As questões políticas agora são centradas na identidade, como mudanças culturais e raciais, o que torna difícil para os eleitores mudarem de lado. A pandemia de Covid-19 e os problemas legais de Trump também se encaixam na divisão partidária existente.
Os democratas têm a esperança de que fatores como a desaceleração da inflação, a força do mercado de trabalho, a recuperação do mercado de ações e questões como o direito ao aborto possam favorecer Biden nas eleições de 2024. O eleitorado pode incluir mais jovens da Geração Z, que tendem a apoiar os democratas, o que pode ajudar a ampliar a margem de vitória do partido.
No entanto, o risco potencial para Trump reside nas acusações criminais que enfrenta. A maioria dos independentes não acredita que ele tenha cometido crimes, mas uma condenação antes das eleições pode afetar negativamente sua imagem pública e apoio.
O impasse eleitoral nos EUA continua a gerar incertezas sobre o futuro político do país, e diversos fatores podem influenciar o resultado das eleições de 2024. Os dois partidos enfrentam desafios para atrair eleitores indecisos e reforçar suas coalizões, tornando a disputa presidencial acirrada e imprevisível.
Floresta Amazônica

Diálogos Amazônicos: chefes de Estado se reúnem em Belém para debater políticas sustentáveis

Evento prévio à Cúpula da Amazônia abordará temas como mudança do clima, povos indígenas e combate ao garimpo ilegal.

Floresta Amazônica
Foto: TV Brasil
Começa nesta sexta-feira (4) o Diálogos Amazônicos em Belém, um evento prévio à Cúpula da Amazônia que reunirá chefes de Estado dos países da região entre os dias 8 e 9 próximos.
Ao longo dos três dias, representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos se reunirão para formular sugestões visando a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região.
Temas como a mudança do clima, os povos indígenas da Amazônia e projetos visando um desenvolvimento sustentável e inclusivo serão amplamente debatidos, assim como a agroecologia, os trabalhadores que sobrevivem da floresta e a necessidade de combater o garimpo ilegal. Esses assuntos ganharão protagonismo durante o evento, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
O encontro contará com os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. Equador e Suriname enviarão representantes oficiais devido a questões internas.
A coordenação do Diálogos Amazônicos ficou a cargo da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores, enquanto a preparação e a articulação com os demais países foram conduzidas pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), entidade intergovernamental formada pelos oito países participantes do encontro.
A expectativa da Secretaria-Geral é que o evento reúna cerca de 10 mil pessoas ao longo dos três dias nas 405 atividades e eventos planejados para o Hangar Centro de Convenções e Feiras, além de outros pontos de Belém, como o campus da Universidade Federal do Pará, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipan), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU).
O Diálogos Amazônicos representa um “processo extremamente rico de debate” para a Secretaria-Geral, que destaca a importância das visões dos movimentos sociais de todos os países amazônicos sobre os problemas, potencialidades e possibilidades da floresta amazônica.
Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, é fundamental que os presidentes se reúnam para pensar estratégias de combate à crise climática, mas ressaltou que essa discussão deve começar com quem vive e conhece a Amazônia.
O evento prevê a organização de cinco plenárias-síntese com a participação de três mil pessoas. Cada plenária contará com sete expositores, sendo quatro da sociedade civil e três governamentais. Temas como participação social, erradicação do trabalho escravo, saúde, soberania, segurança alimentar e nutricional, ciência e tecnologia, transição energética, mudança do clima e proteção aos povos indígenas e tradicionais serão debatidos nessas plenárias.
Os resultados dos debates serão utilizados na elaboração de cinco relatórios a serem entregues aos presidentes dos países amazônicos durante a Cúpula da Amazônia.
Plenárias transversais também estão previstas para discutir situações de públicos específicos, como mulheres, jovens e negros na região amazônica. As discussões dessas plenárias poderão ser incluídas nos relatórios das plenárias-síntese.
A programação completa do Diálogos Amazônicos está disponível no site da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Durante o evento, diversas plenárias e debates ocorrerão, abordando temas como os direitos das mulheres na Panamazônia, a participação e proteção dos territórios, a saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica, além de outros tópicos como ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica, e a inclusão dos povos indígenas.
A expectativa é que o Diálogos Amazônicos contribua significativamente para o fortalecimento de políticas sustentáveis e inclusivas na região amazônica, fomentando ações conjuntas entre os países para a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades locais.
Ônibus caiu do barranco México

Tragédia no México: Ônibus cai em barranco e deixa 17 pessoas mortas e 22 feridas

Acidente ocorreu na madrugada desta quinta-feira (03) em Nayarit; causas ainda são desconhecidas.

Ônibus caiu do barranco México
Foto: Reuters
Um terrível acidente abalou o oeste do México, quando um ônibus de passageiros da linha Elite caiu de uma rodovia em um barranco, resultando na morte de pelo menos 17 pessoas e deixando outras 22 feridas, mas em estado estável, conforme informações de uma autoridade estadual.
O resgate das vítimas foi uma tarefa extremamente difícil, relatou Jorge Benito Rodriguez, secretário de segurança e proteção civil do estado de Nayarit, devido à profundidade do barranco, que media cerca de 50 metros.
Do total de vítimas fatais, 14 eram adultos e 3 crianças. Ainda não está claro o que teria provocado o acidente que fez o ônibus, transportando aproximadamente 40 passageiros com destino a Tijuana, sair da estrada.
Imagens compartilhadas pela Proteção Civil e Bombeiros de Nayarit mostraram ambulâncias alinhadas na rodovia e oficiais uniformizados na ravina abaixo, enquanto realizavam os trabalhos iniciais de resgate dos passageiros.
O ônibus acidentado caiu próximo a Barranca Blanca, na rodovia que liga à capital do estado, Tepic, de acordo com informações das autoridades.
Uma fonte do serviço de combate a incêndios de Nayarit revelou que seis cidadãos indianos estavam entre os passageiros do ônibus. Até o momento, nem a empresa de ônibus, nem o instituto de migração do México responderam ao pedido de comentários sobre o ocorrido.
Este trágico acidente ocorre apenas um mês após outro incidente envolvendo um ônibus no estado de Oaxaca, no sul do país, que resultou na morte de 29 pessoas. Além disso, em fevereiro, outro ônibus, transportando migrantes da América do Sul e Central, caiu no centro do México, ceifando a vida de 17 pessoas.
As autoridades estão investigando as causas do acidente recente em Nayarit para entender as circunstâncias que levaram à perda de tantas vidas, enquanto o país lamenta mais uma tragédia envolvendo transporte rodoviário.
Lula

Presidente Lula critica atuação de países desenvolvidos na guerra da Ucrânia em conversa com correspondentes internacionais

Lula aponta falhas do Conselho de Segurança da ONU como fórum de “governança global” para evitar conflito.

Lula
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Na manhã desta quarta-feira, durante uma conversa com correspondentes internacionais no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a atuação dos países desenvolvidos na guerra em curso na Ucrânia. O chefe de Estado destacou especificamente o papel do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que, segundo ele, falhou em agir como um fórum eficiente de “governança global”, capaz de evitar o início do conflito.
Lula expressou sua preocupação com a ausência de uma abordagem mais efetiva e coletiva por parte do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que se a questão da guerra tivesse sido discutida adequadamente no órgão e se este tivesse se comportado como uma governança global respeitando o coletivo dos países, talvez a conclusão fosse de que o conflito não deveria ter sido deflagrado e a Rússia não teria invadido a Ucrânia.
O presidente também ressaltou os esforços do Brasil em busca de uma solução pacífica para o conflito. No entanto, ele demonstrou sua perplexidade diante da aparente falta de disposição dos líderes russos e ucranianos em negociar o fim das hostilidades.
“O Brasil está entre os países que estão procurando um caminho para alcançar a paz. Até o momento, não temos ouvido das partes envolvidas, nem do presidente Zelensky nem do presidente Putin, a ideia de parar com a guerra e buscar negociações. Ambos parecem presos em uma mentalidade de vitória a todo custo, enquanto pessoas continuam perdendo suas vidas”, destacou Lula.
A posição do presidente brasileiro reflete a preocupação internacional sobre o conflito na Ucrânia e a necessidade de um diálogo construtivo entre as partes envolvidas para alcançar uma solução pacífica e duradoura. Resta aguardar novos desdobramentos e ações por parte da comunidade internacional para buscar uma resolução efetiva para a crise.
Donald Trump

Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é formalmente acusado de conspiração e obstrução nas eleições de 2020

Acusação representa ameaça jurídica significativa ao ex-presidente. Indiciamento ocorrerá nesta quinta-feira.

Donald Trump
Foto: Getty Images
Horas após publicar uma provocação em sua rede social Truth Social, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve seus temores confirmados. O procurador especial Jack Smith formalmente acusou o republicano por seus esforços em tentar reverter os resultados da eleição presidencial de 2020. O novo indiciamento, que inclui três acusações de conspiração e uma de obstrução, representa a ameaça jurídica mais grave que Trump enfrentou até o momento. Pesquisas apontam favoritismo do magnata, que almeja retornar à Casa Branca.
De acordo com a denúncia, que ocupa 45 páginas, o objetivo da conspiração era reverter os resultados legítimos das eleições de 2020, utilizando alegações sabidamente falsas de fraude eleitoral. O indiciamento tem ligação com o ataque ao Capitólio ocorrido em 6 de janeiro de 2021, durante a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições.
Trump está marcado para ser fichado na Corte Federal de Washington nesta quinta-feira (3/8), às 16h (17h em Brasília). O procurador especial, Jack Smith, declarou que buscará um julgamento rápido para que as evidências sejam testadas no tribunal e julgadas por um júri de cidadãos.
Em sua mensagem na Truth Social, o ex-presidente não fugiu do seu estilo e usou a ironia: “Soube que o enlouquecido Jack Smith, de forma a interferir nas eleições presidenciais de 2024, apresentará um novo Indiciamento Falso de seu presidente favorito, eu, às 17h (18h em Brasília)”, escreveu.
O caso promete ser um marco importante no cenário político dos EUA, com implicações significativas para o futuro político de Donald Trump e suas pretensões de retornar ao poder. Acompanharemos os desdobramentos do julgamento e as reações da opinião pública.
Protesto Contra o Abate de Jumento

Ativistas realizam protesto em 15 capitais brasileiras contra abate de jumentos para produção de gelatina

Frente Nacional de Defesa dos Jumentos busca conscientizar a população sobre risco de extinção e pede proibição do abate.

Protesto Contra o Abate de Jumento
Foto: Reprodução
Ativistas dos direitos animais realizaram hoje, em Belo Horizonte, um protesto contra o abate de jumentos no Brasil. O ato, promovido pela Frente Nacional de Defesa dos Jumentos (FNDJ), faz parte de uma mobilização que ocorreu neste domingo em 15 capitais brasileiras, em repúdio ao abate desses animais destinados à exportação de seu couro, utilizado na produção de eijiao, uma gelatina amplamente usada na China para fabricação de medicamentos.
O protesto tem como objetivo chamar a atenção da população para a “realidade grave e desconhecida” do risco de extinção dos jumentos devido ao abate para a produção de gelatina. Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais, entidade que integra a FNDJ, destaca que o animal, símbolo do Nordeste brasileiro e conhecido por transportar Jesus Cristo, atualmente corre o risco de desaparecer após ser substituído pelas motocicletas e descartado nas rodovias.
Pierre Barnabé Escodro, professor universitário, médico veterinário e integrante da FNDJ em Alagoas, ressalta que a Justiça Federal já determinou a suspensão do abate de jumentos em atendimento a um pedido da Frente, que movimenta uma ação contra essa prática. Contudo, o abate persiste, e Escodro alerta que a criação desses animais para esse fim não é vantajosa, o que aumenta ainda mais o risco de extinção. Ele também observa que no Egito, por motivos semelhantes, os jumentos já não existem mais.
Segundo o veterinário, os jumentos são capturados nas áreas rurais do Nordeste e vendidos para o abate a preços baixos, cerca de R$ 50. O couro é comercializado no exterior por valores significativamente mais elevados, variando entre 3 e 4 mil dólares.
De acordo com dados da Frente, considerando apenas os registros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o abate desses animais aumentou mais de 8.000% entre 2015 e 2019, quando o couro passou a ser exportado para a China, sendo utilizado na produção de cremes de rejuvenescimento e tratamento de diversos problemas de saúde, como anemia, insônia e impotência sexual. No entanto, o professor Pierre Barnabé Escodro enfatiza que não há comprovação científica da eficácia desses produtos.
Vânia Plaza, médica veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Defesa Animal, outra entidade que integra a FNDJ, acrescenta que o abate, além de descumprir decisão judicial, é conduzido de maneira cruel e sem seguir normas sanitárias, o que favorece a disseminação de doenças que podem contaminar o rebanho e a população. Segundo ela, há registros de transporte clandestino desses animais, que são recolhidos de forma aleatória e abatidos em abatedouros na Bahia, sem passar por protocolos de segurança.
A FNDJ está empenhada em recolher assinaturas em um abaixo-assinado que será enviado ao governo federal, ao Mapa e à Justiça Federal. Quem quiser apoiar a causa e assinar o documento pode acessar o site www.salveosjumentos.org.br.
Até o momento, não foi possível obter o posicionamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em relação ao abate de jumentos e à decisão da Justiça Federal. A reportagem aguarda retorno das autoridades para mais informações sobre o assunto.