Mercado de chocolate é promissor em produção, exportação e geração de empregos

A indústria desse produto gerou cerca de 23 mil empregos diretos

Foto: Freepik
Nesta sexta-feira (07), é comemorado o Dia Internacional do Chocolate. Atualmente no Brasil, o cenário de mercado de chocolates tem se mostrado promissor em termos de produção e exportação, e geração de empregos.
Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a indústria de chocolate é responsável por cerca de 23 mil empregos diretos. Esse relatório é solicitado, anualmente, pelo Ministério do Trabalho e Emprego para informações de pessoas jurídicas e outros empregadores.
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) entende que o número demostra importância do setor para o mercado de trabalho. Em parceria com a Consultoria KPMG, a Abicab realizou um levantamento que indicou um aumento de 9,8% na produção de chocolates no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022.
Ainda segundo a Abicab, o Brasil é um dos poucos países que participa de toda a cadeia produtiva do produto, sendo responsável pela produção de amêndoas de cacau até as indústrias responsáveis pela fabricação do chocolate que será comercializado.
Em 2022, o consumo de chocolates no Brasil atingiu 3,6 kg/per capita, contra 3,2 kg em 2021. Os fatores apontados pelo crescimento do consumo são o aumento de renda da população e a redução do número de desemprego, o que gera mais poder de compra para os brasileiros.
No primeiro trimestre de 2023, 17,5 mil toneladas foram exportadas, o que corresponde a U$ 71,8 milhões. Todo o ano de 2022 gerou 35,8 mil toneladas para exportação, totalizando US$ 141,3 milhões.

4 motivos que explicam por que todos devem ganhar com a reforma tributária

Cesta básica está entre itens que terão tratamento especial e poderão ficar mais baratos

Foto:Lucas Santos/Unsplash
Prestes a ser votada pela Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (Pec) da reforma tributária passa pelos últimos ajustes e negociações entre parlamentares, governo federal, governadores, prefeitos e os setores produtivos que serão afetados por ela.
Diferente de muitas matérias que entram e saem com pressa do governo ou do Congresso, o projeto atual da reforma tributária está em discussão há pelo menos cinco anos, desde que a primeira proposta dela, a Pec 45, foi apresentada, em 2019.
Isso significa que todos os envolvidos e interessados — economistas, políticos, governantes, empresas e consumidores — tiveram tempo de conhecer, debater e propor aperfeiçoamentos ao projeto.
Nesse longo processo, mesmo em meio a pontos ainda contestados, foi construído um sólido consenso em torno de sua aprovação.
Veja, a seguir, alguns dos pontos mais citados como benefícios que a reforma tributária deverá trazer para as empresas, a economia e os consumidores:

Simplificação

A atual reforma tributária mexe em uma parte dos impostos — aqueles aplicados sobre o consumo, nas empresas — e não deve reduzir, nem aumentar a carga tributária.
Seu grande objetivo é simplificá-los, criando um imposto unificado que facilite a mixórdia de tributos aplicados hoje sobre todos os bens e serviços do país.
É o caso do PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, muitos cobrados cumulativamente uns sobre os outros, e, no caso do ICMS, que é estadual, e do ISS, municipal, com milhares de legislações próprias conforme a cidade ou o estado.
A ideia é reuni-los todos ou em parte em uma coisa só e se aproximar mais do modelo internacional do chamado IVA — o Imposto sobre Valor Agregado — adotado em diversos países para tributar os bens e serviços.
O consenso é que isso deve tornar o recolhimento pelas empresas mais simples, ágil e barato.
“O departamento fiscal de uma empresa, no Brasil, hoje, chega a 20, 30 pessoas. Em outros países são uma ou duas”, diz o advogado tributarista e economista Eduardo Fleury, sócio da FCR Law e consultor do Banco Mundial para impostos.
“Simplificar diminuiu a incerteza, o que significa menos gasto com jurídico, mais eficiência, mais produtividade e mais negócios”, complementa Fleury, que é um das dezenas de signatários de manifesto a favor da aprovação da reforma divulgado nesta semana.

Mais eficiência e mais PIB

Essa melhora na eficiência das empresas e seus ganhos de produtividade têm potencial para gerar efeitos na economia como um todo.
Cálculos feitos pelo economista-chefe da LCA Consultores e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Braulio Borges estimaram que o país, ao fim de 15 anos, pode crescer de 20% a 33% mais, com um imposto simples e unificado, do que se mantiver sua malha tributária e seu ritmo de crescimento atual.
Isto seria possível graças ao “efeito direto da reforma sobre o ambiente de negócios, a redução de distorções alocativas e a redução do custo do investimento”, segundo o relatório do estudo.

Transparência

Para o consumidor, a grande mudança é a transparência.
Como a cobrança no modelo de valor agregado, como é o IVA, é mais direta, o contribuinte deve passar a saber exatamente o quanto há de imposto em cada produto ou serviço.
É como já acontece com o Imposto de Renda ou o IOF, por exemplo, em que todos sabemos exatamente a alíquota e o valor aplicado sobre o salário ou o pagamento feito.
Hoje, a corrente dos tributos do consumo é muito confusa e difícil de rastrear, e o resultado é que ninguém sabe exatamente qual é o total efetivo de impostos embutido no preço final de produtos que compramos.
Os impostos são vários (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS, etc.), recolhidos por diversos entes (União, Estados e municípios) e variam conforme o local, o setor e o regime tributário da empresa.
Além disso, da maneira como está desenhada hoje, boa parte das cobranças é sobreposta, o que gera a chamada cumulatividade.
O IVA acaba com essa cascata e faz com que a carga total seja sempre a mesma do começo ao fim.
Especialistas estimam que este novo IVA unificado deve ser de 25%, mas a alíquota não está definida e será regulamentada depois da reforma, após estudos da Receita Federal.

Produtos essenciais mais baratos

A reforma tributária prevê um novo imposto único e que terá uma alíquota, no geral, única, ou seja, será a mesma para a grande maioria dos produtos.
A estimativa de especialistas é que ela deve ser de 25%, nível de cobrança que manteria, mais ou menos, a mesma arrecadação de hoje com os impostos atuais (PIS, Cofins, ICMS e ISS).
Hoje, as alíquotas podem variar enormemente entre os tipos de produtos e serviços.
O projeto prevê, porém, desconto nesse imposto para alguns itens essenciais específicos. Estes poderão pagar 50% ou menos da alíquota geral (ou seja, 12,5%, para uma alíquota de 25%). São eles:serviços de educação;
serviços de saúde, dispositivos médicos e medicamentos;
serviços de transporte público coletivo urbano, semiurbano ou metropolitano;
produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;
insumos agropecuários, alimentos e produtos de higiene da cesta básica
atividades artísticas e culturais nacionais.
A cesta básica, por exemplo, que poderá pagar o imposto menor, pode ficar, pelo menos, 1,7% mais barata do que custa hoje, de acordo com cálculos feitos por Eduardo Fleury, da FCR Law.

Cesta básica tem redução de preço no mês de junho na Região Metropolitana de Recife

Pesquisa analisou 27 itens em 24 estabelecimentos

Foto: Divulgação/Procon-PE
O Procon Pernambuco analisou, entre 26 e 30 de junho, um total de 27 itens, abrangendo 24 estabelecimentos localizados no Recife e na Região Metropolitana. Segundo a pesquisa, neste mês de junho houve uma queda de 0,40% em comparação ao mês de maio.
No mês passado, o valor de uma cesta básica, para uma família de quatro pessoas, ultrapassou R$ 658,82. Já neste mês, abaixou para R$ 656,17, diminuindo R$ 2,65. O novo preço tem um impacto de 49,71% sobre o salário mínimo do comprador.
Os dois produtos alimentícios que menos reduziram o percentual de variação de preço foram, respectivamente: o açúcar cristal e o café. Já o alimento que teve a maior variação, de 189,97%, foi a farinha de mandioca, com maior preço registrado de R$ 10,99 e o menor R$ 3,79; seguida da carne de charque e da salsicha avulsa.
Nos produtos de higiene a lista das maiores variações ficou entre o papel higiênico, com quatro unidades, e o absorvente higiênico. Entre os itens de limpeza, o sabão em pó 500g foi encontrado por R$ 1,35, preço mais baixo, até R$ 5,59, mais alto.

Governo da Suíça anuncia doações para o Fundo Amazônia

Governo da Suíça anuncia doações para o Fundo Amazônia

Foto:Valter Campanato/Agência Brasil
Representantes do governo da Suíça informaram, nesta quarta-feira (5), que o país fará doações em dinheiro para o Fundo Amazônia.Os recursos são usados para proteção do meio ambiente e combate ao desmatamento do bioma.
O anúncio foi feito abertura do Fórum Brasil-Suíça de investimentos, evento que está sendo realizado em Brasília.
Os valores não foram divulgados, mas, de acordo com o conselheiro suíço das áreas de Economia, Educação e Pesquisa, Guy Parmelin, as primeiras doações devem ocorrer nas próximas semanas.
Pelas redes sociais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que também participou da abertura do evento, agradeceu a ajuda do governo suíço. “A Suíça está entre os 10 maiores investidores no Brasil, contando com 660 empresas instaladas no país. Recebemos com entusiasmo as perspectivas de doação, por parte da Suíça, de recursos para o Fundo Amazônia”, disse Alckmin.
Os recursos do Fundo Amazônia são usados em ações de promoção da sustentabilidade e combate ao desmatamento na região.
Além dos recursos oriundos da Suíça, o Fundo tem previsão de receber valores doados pelos Estados Unidos, pela Noruega, pela Alemanha e pelo Reino Unido.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e funciona como uma espécie de crédito que outros países dão ao Brasil pelos bons resultados de suas políticas ambientais.

Agência Brasil

Governo Federal assina contratos de exploração nas bacias de Campos e Santos

 Leilão ocorreu em dezembro de 2022 e gerou arrecadação de R$ 961 mi

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo assinou nesta quarta-feira (5) contratos para a exploração de quatro blocos de petróleo nas bacias de Campos, no Rio de Janeiro, e de Santos, em São Paulo. O investimento mínimo é de R$ 1,4 bilhão. O leilão ocorreu em dezembro do ano passado e gerou arrecadação de R$ 961 milhões.
Foram arrematados: Água-Marinha e Norte de Brava, na bacia de Campos, e os blocos Bumerangue e Sudoeste de Sagitário, na bacia de Santos.
Segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, a expectativa é que o Brasil aumente em 109% a produção de petróleo até 2035. Além disso, o secretário afirmou que a pasta vai atuar com mão firme para explorar a Margem Equatorial, situada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte.
A licença de perfuração do primeiro poço, na foz do Rio Amazonas, foi negada pelo Ibama.
“O Ministério de Minas e Energia não abre mão de mantermos a discussão pautada entre o equilíbrio sustentabilidade e desenvolvimento. Não podemos prescindir da margem equatorial, nós vamos atuar com mão firme para que nós possamos, cumprindo todas as etapas ambientais, explorarmos a margem equatorial, pois ali os brasileiros podem ter riquezas”.
O Brasil é o nono produtor mundial de petróleo. A expectativa é que em 2030 o país alcance o pico de produção, saltando dos atuais 800 mil barris para quase três milhões de barris por dia, o que representa metade da produção nacional e dois terços do pré-sal.
Na próxima década serão investidos U$ 72 bilhões em projetos de produção, com isso a estimativa é que a União arrecade U$ 344 bilhões.
Fonte: Agência Brasil

Ipea projeta maior crescimento e menor inflação em 2023

Nova previsão é que o PIB cresça 2,2% em 2023

Foto: Marcelo casal JR/Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diante dos avanços observados na economia brasileira nos três primeiros meses do ano, reviu as previsões econômicas e espera que o Brasil cresça mais e que a inflação seja menor do que o esperado anteriormente para 2023. As novas previsões e as análises do instituto foram divulgadas hoje (5), na Visão Geral da Conjuntura.
A nova previsão do instituto é que o Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país – PIB) cresça 2,2% em 2023. A antiga previsão, até março, era de um crescimento de 1,4%. Já a inflação deve ser menor. A previsão da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,6% para 5,1% em 2023.
De acordo com o relatório, a revisão da previsão do PIB em 2023 ocorreu após o crescimento dos primeiros três meses do ano ter superado as expectativas do Ipea. A previsão do instituto para o período era um crescimento de 1,2% em relação ao período anterior, ou seja, em relação aos últimos três meses de 2022, e que avançasse 2,7% em comparação com os primeiros três meses de 2022. O crescimento, no entanto, foi maior, 1,9% em relação ao trimestre anterior e 4% em relação ao mesmo período de 2022.
A inflação menor que a esperada, por sua vez, ocorre também devido à valorização do real brasileiro, que junto com a deflação das cotações das commodities resulta em força que pressiona para baixo os preços no atacado, induzindo a um cenário de desinflação no varejo e nos preços ao consumidor. Para o restante do ano, portanto, a perspectiva é, segundo a análise divulgada, de estabilidade.
No documento, os pesquisadores detalham alguns fatores que contribuem com o cenário projetado. Dentre eles, o aumento da demanda por commodities brasileiras, motivada, entre outros fatores, pela reabertura econômica da China. Este ano, o Brasil registrou recordes de superávit mensal na balança comercial para o mês, puxados pelo aumento das exportações de commodities como petróleo, minério de ferro, milho e soja.
Dentro do país, o Ipea aponta duas forças distintas em direções opostas. De um lado, a manutenção por período prolongado de taxas de juros elevadas por parte da autoridade monetária, alcançando o valor médio anualizado de 45% no mercado de crédito, o que pressiona para baixo o crescimento. De outro, impulsionam o crescimento, as medidas fiscais que permitem a sustentação da renda das famílias, assim como a elevação da demanda pública, tanto do consumo do governo como dos investimentos públicos.
O Ipea destaca ainda que novas medidas continuam atuando no sentido de sustentar a renda das famílias no segundo trimestre do ano como um novo aumento do salário mínimo, reajuste dos salários dos funcionários públicos federais, antecipações do abono salarial e os ajustes do valor do Bolsa Família.

Agência Brasil

Montadoras de veículos apostam bilhões no Brasil, impulsionando a economia e o setor automotivo

Iniciativas buscam aumentar a indústria automobilística do País

Foto: Divulgação
Nos últimos meses, várias montadoras de veículos anunciaram investimentos bilionários no Brasil, demonstrando confiança no potencial do mercado automobilístico do país. Essas iniciativas têm como objetivo expandir a capacidade de produção, modernizar as fábricas e impulsionar o desenvolvimento da indústria automotiva nacional.
Uma das montadoras que fez um anúncio significativo foi a Volkswagen, que revelou um investimento de R$ 10 bilhões para os próximos cinco anos. Esse montante será direcionado para a construção de uma nova fábrica de carros elétricos em São Paulo, além da modernização das unidades já existentes. A Volkswagen busca fortalecer sua presença no mercado de veículos elétricos e acompanhar a tendência global de eletrificação dos automóveis.
A General Motors (GM) também está investindo pesadamente no Brasil, com um aporte de R$ 10 bilhões até 2025. Parte desse valor será destinado à produção de novos modelos de veículos, incluindo carros elétricos e utilitários esportivos. Além disso, a GM planeja expandir sua fábrica de motores em Joinville (SC) e promover melhorias em suas unidades produtivas.
Outra montadora que anunciou investimentos expressivos foi a Fiat Chrysler Automobiles (FCA). A empresa planeja investir R$ 16 bilhões até 2024 para aprimorar suas fábricas no país e lançar novos modelos de veículos, incluindo versões elétricas e híbridas. O objetivo da FCA é fortalecer sua posição no mercado brasileiro e impulsionar as exportações para outros países da América Latina.
Além dessas montadoras, outras empresas do setor automotivo também estão realizando investimentos relevantes. A Ford, por exemplo, anunciou um aporte de R$ 2,4 bilhões em sua fábrica em Camaçari (BA), onde serão produzidos veículos de outra marca. A Caoa Chery também divulgou um investimento de R$ 2,7 bilhões para ampliar sua produção em Jacareí (SP) e lançar novos modelos.
Esses investimentos têm o potencial de impulsionar a economia brasileira, gerando empregos diretos e indiretos, fortalecendo a cadeia de fornecedores e aumentando a arrecadação de impostos. Além disso, a modernização das fábricas e a introdução de veículos elétricos contribuem para a sustentabilidade ambiental e a redução das emissões de gases poluentes.
É importante ressaltar que os investimentos das montadoras refletem a confiança no potencial de crescimento do mercado automobilístico brasileiro, mas também estão sujeitos a condições econômicas e políticas do país. A competição acirrada e as demandas dos consumidores por veículos mais eficientes e tecnologicamente avançados impulsionam as empresas a buscar constantemente inovação e melhorias.
Em resumo, os anúncios de investimentos bilionários por parte das montadoras de veículos no Brasil são uma boa notícia para o setor automotivo e a economia do país. Essas iniciativas têm o objetivo de fortalecer a indústria, impulsionar a produção.
Economia Nordestina

Criatividade dos Nordestinos impulsiona economia da região

Economia Nordestina
Foto: Divulgação

A economia criativa no Nordeste tem se mostrado uma força propulsora para o desenvolvimento regional, impulsionando a diversificação econômica e a valorização da cultura local. Com sua rica história, tradições únicas e um povo criativo e talentoso, a região tem potencial para se destacar nesse setor e aproveitar as oportunidades que ele oferece.
A economia criativa abrange diversos setores, como música, artesanato, gastronomia, audiovisual, design, moda, turismo cultural e muito mais. No Nordeste, essas áreas estão se expandindo rapidamente, impulsionadas pelo interesse crescente tanto de turistas nacionais quanto internacionais.
A música nordestina, por exemplo, tem uma longa tradição de expressão artística e tornou-se uma das principais marcas culturais da região. Gêneros como o forró, o frevo, o maracatu e o baião têm ganhado projeção nacional e internacional, atraindo cada vez mais artistas e investimentos para a região.
O artesanato nordestino também é reconhecido por sua originalidade e qualidade. A habilidade dos artesãos locais em trabalhar com materiais como argila, madeira, fibras naturais e renda tem sido valorizada e incentivada, gerando renda para muitas famílias e promovendo a preservação das tradições culturais.
Além disso, a gastronomia nordestina é um dos principais atrativos turísticos da região. Pratos como acarajé, tapioca, feijoada, carne de sol e cuscuz ganham destaque pela sua diversidade de sabores e influências culturais. Os restaurantes, bares e festivais gastronômicos têm impulsionado a economia local e atraído visitantes em busca de experiências culinárias autênticas.
No campo do audiovisual, o Nordeste tem se destacado como cenário para produções cinematográficas e televisivas. Cidades como Recife, Salvador e Fortaleza têm atraído investimentos de produtoras e se tornaram polos importantes para a indústria do entretenimento. Além disso, festivais de cinema têm contribuído para o fortalecimento desse setor, fomentando a produção e a distribuição de filmes independentes.
O design nordestino também merece destaque, com profissionais criativos e inovadores desenvolvendo produtos únicos que combinam tradição e contemporaneidade. Seja na moda, na arquitetura ou no design de interiores, o Nordeste tem mostrado que é possível se destacar no mercado nacional e internacional com produtos de qualidade e identidade regional.
O turismo cultural tem sido impulsionado pela economia criativa no Nordeste. O patrimônio histórico, as festas populares, os museus e as manifestações artísticas atraem visitantes interessados em conhecer a riqueza cultural da região. Isso gera empregos, movimenta a cadeia produtiva do turismo e contribui para a preservação e valorização do patrimônio cultural nordestino.

Mercado financeiro eleva projeção de crescimento para 2,19% em 2023

 

Informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central

 

Foto: Marcello Casal

O
mercado financeiro aumentou a previsão de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) para este ano pela oitava vez. Segundo projeção do
Boletim Focus, divulgada hoje (3) pelo Banco Central, o país crescerá
2,19% em 2023. Há uma semana, a previsão era de crescimento de 2,18%.
Para o próximo ano também houve aumento na estimativa do PIB para 1,28%,
ante os 1,22% da semana passada.

Para a inflação, o boletim manteve a
tendência de recuo pela sétima semana consecutiva. O Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 4,98%. Há uma semana, a
projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 5,06%%.
Há quatro semanas, a previsão era de 5,69%.

A previsão continua acima da meta de
inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),
que é 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.),
para cima ou para baixo. Dessa forma, a meta será considerada
formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, a
projeção é de que o IPCA fique em 3,92%.

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa
como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, a taxa
básica de juros, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017,
quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para
o início do mês de agosto. Para o mercado financeiro, a expectativa é
que haja uma diminuição na taxa. A projeção aponta que a Selic termine o
ano em 12%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus
reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os
principais indicadores econômicos do país. Para 2024, o mercado diminuiu
a projeção de inflação para 3,92%. Na semana passada a projeção era de
3,98%. Há quatro semanas, a previsão era de que o índice fechasse o
próximo ano em 4,12%. Já para 2025, a projeção é de que o IPCA fique em
3,60%.

PIB

Em relação ao PIB, o Focus estimou uma queda
para o ano de 2025, com um crescimento de 1,81%. Para 2026, o boletim
também apontou uma tendência e recuo no crescimento, ficando em 1,90%.

Câmbio

O mercado manteve pela segunda semana a
previsão do câmbio, com o dólar fechando o ano em R$ 5,00. Ha quatro
semanas a previsão era de que a moeda norte-americana ficasse em R$
5,10. Para 2024, a projeção é que o dólar fique em R$ 5,08, menor do que
o projetado na semana anterior, quando a previsão era de R$ 5,16. Para
2025, a previsão é que o câmbio feche em R$ 5,17.

 

Ag Brasil

Shein firma parceria com Coteminas para produção de roupas no Brasil

 Gigante chinesa adota modelo de facções de costura no Rio Grande do Norte

Foto:Tribuna do Norte

A gigante chinesa do comércio eletrônico, Shein, surpreendeu o mercado ao anunciar uma parceria estratégica com a Coteminas para iniciar a produção de roupas no Brasil. A empresa chinesa investirá US$ 750 milhões no país, com o objetivo de gerar 100 mil empregos. A decisão ocorreu logo após o governo brasileiro publicar uma portaria que reduziu a zero a alíquota de importação para compras de até 50 dólares realizadas por empresas de comércio eletrônico, a partir de 1º de agosto.

Em parceria com a Coteminas, a Shein utilizará a experiência de mais de quatro mil profissionais de oficinas de costura do Rio Grande do Norte, especialmente na região do Seridó, para produzir suas primeiras peças em território nacional. O acordo inclui a inclusão de dois mil clientes confeccionistas da empresa como fornecedores da Shein, atendendo os mercados doméstico e da América Latina. Além disso, a parceria engloba promessas de financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar.

É importante ressaltar que o sistema de produção utilizado nas oficinas de costura do Rio Grande do Norte, conhecido como facção, tem sido objeto de controvérsias relacionadas à precarização do trabalho. No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já pacificou a tese de que não existe responsabilidade trabalhista direta entre as empresas contratantes e as facções.

A entrada da Coteminas, que tradicionalmente atua na produção de tecidos, artigos de cama, mesa, banho, uniformes profissionais e roupas destinadas à segurança do trabalho, no segmento de moda em parceria com a Shein, surpreendeu o mercado. A Shein planeja abrir duas mil fábricas e gerar 100 mil empregos, destacando sua intenção de se estabelecer no Brasil através desse projeto piloto no Rio Grande do Norte.

A governadora Fátima Bezerra do Rio Grande do Norte, do partido PT, demonstrou entusiasmo com a entrada da Shein no estado por meio da Coteminas. Ela acredita que isso reconhece o potencial do estado, a qualificação da mão de obra e a vocação para a indústria têxtil. A expectativa é que a parceria gere aproximadamente quatro mil novos empregos na região do Seridó, onde estão concentradas as facções.

Embora as relações de trabalho nas facções e a quantidade de trabalhadores com carteira assinada não sejam amplamente divulgadas, o governo enfatiza a importância da geração de renda no interior do estado, especialmente em regiões onde não há indústrias formais.

Embora a portaria que reduz a alíquota de importação tenha gerado debates sobre sua influência no setor de varejo e a possibilidade de aumento do desemprego, a Shein optou por aderir ao
Programa Remessa Conforme da Receita Federal, o que garantirá uma gestão mais eficiente das remessas internacionais. Essa medida permitirá à Receita Federal ter acesso antecipado às informações necessárias para o controle e aplicação de impostos nessas transações.

 

Foto:Tribuna do Norte

No entanto, é importante destacar que a portaria foi alvo de críticas por parte do setor de varejo brasileiro, que argumenta pela busca de isonomia no mercado. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) expressou preocupação com os possíveis impactos negativos da medida, podendo gerar aumento do desemprego no setor.

Embora o governo tenha recuado inicialmente quanto à taxação das operações de baixo valor, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, também conhecida como Janja, afirmou publicamente nas redes sociais que não haveria taxação para compras de até US$ 50. No entanto, a portaria acabou sendo implementada com a redução da alíquota de importação.

Dessa forma, a parceria entre Shein e Coteminas no Brasil, por meio do modelo de facções de costura no Rio Grande do Norte, demonstra a entrada estratégica da gigante chinesa no mercado nacional, enquanto desperta controvérsias e debates em relação às condições de trabalho e políticas tributárias do setor. O projeto piloto no Rio Grande do Norte é visto como uma oportunidade de desenvolvimento econômico e geração de empregos para a região do Seridó.