Assédio

Denúncias de assédio em órgãos governamentais aumentaram em 2023

Controladoria-Geral da União registrou 4.162 casos de assédio sexual e moral no governo federal, o dobro em relação a 2022

Assédio
Foto: Reprodução
Sob a administração do presidente Lula (PT), a Controladoria-Geral da União (CGU) vem enfrentando um cenário alarmante de denúncias de assédio sexual e moral em órgãos do governo federal. Segundo dados divulgados pela CGU, no período compreendido entre 1º de janeiro até a última sexta-feira (25/8), foram registradas 4.162 denúncias e reclamações, marcando um recorde na série histórica de levantamentos iniciados em 2017.
Comparativamente ao mesmo intervalo no ano anterior, o aumento é notável, quase dobrando o número de casos registrados no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proporção média é de aproximadamente 17 queixas por dia, apontando para uma realidade que demanda atenção e investigação rigorosa.
Dentre as denúncias, a maioria é submetida anonimamente, um fator que pode prejudicar a eficácia das investigações, já que a comunicação direta entre os servidores responsáveis pela apuração e os denunciantes é dificultada. Esse anonimato impede, por exemplo, que os analistas possam buscar informações adicionais caso seja necessário. 
Consequentemente, os cidadãos que fazem as denúncias muitas vezes ficam impossibilitados de acompanhar o progresso das apurações ou de receber respostas conclusivas por parte dos órgãos competentes. Até o momento, 3.001 registros já receberam resposta, enquanto 397 permanecem em análise e 764 foram arquivados. O tempo médio de resposta se estabelece em 16 dias.
Do total de denúncias, a predominância se encontra em casos de assédio moral, com 2.829 ocorrências, enquanto as acusações de assédio sexual correspondem a 569. O início do ano apresentou um aumento notável nas denúncias, atingindo um ápice em maio, a partir do qual a quantidade tem demonstrado uma tendência de queda.
Marlus Costa

Vereador denuncia Prefeito Mano Medeiros por contratação suspeita de empresa paraibana pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes

Marlus Costa (PL) expõe possível superfaturamento em contrato sem licitação e encaminha denúncia às autoridades competentes.

Marlus Costa
Foto: Reprodução
O vereador Marlus Costa (PL), representante do município de Jaboatão dos Guararapes, lançou uma denúncia de grande impacto contra o prefeito Mano Medeiros. A revelação que chamou a atenção de muitos foi a contratação de uma empresa sediada no estado da Paraíba, no valor superior a meio milhão de reais, realizada por dispensa de licitação e com possíveis indícios de superfaturamento. A empresa em questão é a Fundação Educação Técnica Cultura da Paraíba.
A denúncia do vereador foi embasada em documentos que incluem o número do empenho emitido pela prefeitura de Jaboatão, identificado como empenho número 12662. O contrato em questão é destinado à aquisição de material de consumo, especificamente panfletos em papel couchê, com peso de oitenta gramas. O contrato prevê a compra de trinta mil panfletos, pelo qual a prefeitura estaria desembolsando 60 mil reais.
Marlus Costa demonstrou que a situação levanta suspeitas ao revelar que realizou dois orçamentos distintos para a impressão de trinta mil panfletos. Em ambos os casos, os valores orçados ficaram consideravelmente abaixo do montante pago pela prefeitura. Enquanto um orçamento apontou o valor de 2.700 reais, o outro orçamento apresentou um montante de 2.100 reais, contrastando com os 60 mil reais efetivamente pagos.
Outro ponto de destaque na denúncia refere-se à compra de envelopes, onde a prefeitura de Jaboatão estaria desembolsando 89,35 reais por unidade. Essa quantia também gerou questionamentos, visto que Marlus Costa identificou valores bem inferiores em cotações realizadas.
Diante das aparentes discrepâncias, o vereador anunciou sua intenção de encaminhar a denúncia ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Marlus Costa alega que a contratação e os valores envolvidos podem caracterizar desvio de verba pública, o que exige uma investigação aprofundada por parte das autoridades competentes.
A denúncia lançada pelo vereador Marlus Costa coloca em xeque a transparência e a lisura dos processos de contratação da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Agora, cabe às instâncias responsáveis analisar as alegações e tomar as medidas cabíveis para esclarecer as circunstâncias em torno dessa contratação e possíveis irregularidades associadas.
Sababá Filho

Vereador denuncia tentativa de suborno e faz impactante ato na Câmara Municipal de Cândido Mendes

Sababá Filho recusa oferta de R$ 300 mil do prefeito ‘Facinho’ e mostra dinheiro retirado da saúde e educação aos cidadãos.

Sababá Filho
Foto: Reprodução
Nesta sexta-feira (4), o vereador Sababá Filho (PCdoB), representante do município de Cândido Mendes, no interior do Maranhão, surpreendeu a todos ao denunciar, durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, que o prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus (PL), conhecido como ‘Facinho’, ofereceu-lhe uma quantia de R$ 300 mil para que renunciasse ao cargo. Em um vídeo que se tornou viral nas redes sociais, Sababá Filho ressaltou sua decisão de não renunciar e alertou para possíveis ameaças à sua vida e de seus familiares.
O momento mais impactante ocorreu quando o vereador exibiu uma mochila contendo o dinheiro oferecido e afirmou que esse montante seria devolvido à população, uma vez que alegava ser proveniente dos recursos destinados à saúde e à educação. A atitude deixou os demais parlamentares perplexos, com Sababá declarando: “Eu tenho certeza que ninguém tiraria do seu bolso quase R$ 300 mil pra dar pra um vereador de oposição”.
Em um segundo vídeo, Sababá Filho foi registrado jogando o dinheiro pela janela da casa legislativa, o que gerou uma rápida aglomeração de dezenas de pessoas em busca das cédulas.
Em resposta às acusações, o Prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus divulgou uma nota pública negando qualquer contato ou negociação com o vereador, alegando que Sababá é seu inimigo político e é conhecido por criar situações para se autopromover. De acordo com a nota, o prefeito foi informado de que o vereador havia preparado uma carta de renúncia e a havia protocolado na Câmara Municipal no dia anterior, mas Bonifácio ressaltou que a renúncia não teria nenhuma utilidade para sua gestão.
As ações do vereador Sababá Filho causaram grande repercussão na cidade e nas redes sociais, gerando debates sobre a transparência dos processos políticos e a destinação adequada dos recursos públicos. As autoridades locais e órgãos competentes foram chamados a investigar o caso e esclarecer as circunstâncias envolvendo a denúncia de suborno.
Hospital da Restauração

Acompanhantes de paciente do Hospital da Restauração sofrem com descaso público, no Recife

Desde 2021, pessoas em situação de rua e acompanhantes de pacientes são vistos dormindo na frente do hospital

Hospital da Restauração
Foto: Reprodução/TV Globo
A situação do Hospital da Restauração (HR), localizado na área central do Recife, vive uma grave situação de descaso com acompanhantes dos pacientes e na estrutura. O local que é referência de tratamento no Nordeste, com mais de 6.000 atendimentos e 800 cirurgias por mês, enfrenta diversos problemas.
Uma das principais denúncias das pessoas que precisam ir ao HR é a falta de estrutura para receber os acompanhantes, que, como não tem lugar para ficar, dormem ao lar livre, na porta da emergência do hospital.
Alcione Ferreira, mãe de uma paciente que está na área laranja, de atendimento urgente, não teve permissão para acompanhar a filha dentro do hospital. “Uma menina de 15 anos e eu não posso acompanhar minha filha. É um absurdo”, desabafou.
Outros familiares se encontram na mesma situação, inclusive pessoas em situação de rua que vivem na porta da unidade para tentar conseguir um pouco de segurança, já que parte do local é coberto e com presença constante de viaturas. Mesmo assim, quando chove o a água se acumula e escorre para perto das pessoas, piorando a situação, além do frio.
Essa situação começou em 2021, mas até agora nada foi feito para ajudar as pessoas. Muitos dos acompanhantes que esperam do lado de fora vieram de outro estado, alguns deles sem fazer ideia do estado que se encontrava o hospital. Marinalva da Silva veio da Bahia com a mãe que sofreu um AVC e denuncia a falta de materiais para os pacientes. “Não tinha cobertor para minha mãe”.
Além disso, os acompanhantes não têm nenhuma ajuda com a alimentação. “Às vezes a gente deixa de almoçar para conseguir almoçar”, disse Gildete Gomes, que está há dias em frente ao hospital esperando o irmão, que está internado.
Outra acompanhante, Vânia Gonçalves reclama das condições de higiene do local. “O banheiro masculino está fechado. Homens e mulheres usam o mesmo banheiro que está muito sujo”, disse. Ela ainda desabafa sobre a situação que tem vivido: “cai a ficha da realidade do Brasil e de Pernambuco, infelizmente”.
A secretária estadual de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcante, falou sobre o caso do HR, destacando a importância que a instituição tem para o Nordeste. Além disso, ela falou sobre a logística do hospital que proibi acompanhantes para pacientes que estão em áreas vermelhas e em outras situações graves.
Sobre a falta de auxílio para os acompanhantes e pessoas em situação de rua, Zilda respondeu que “os municípios deveriam prover casas de apoio, não só na Restauração”. A secretaria não falou como sobre as responsabilidades do estado ou como poderia solucionar esse caso.
Escola

JABOATÃO: Escola Municipal Djacy Glicério sofre com abandono e descaso

No local, restam apenas muito lixo, mato e total abandono por parte do poder municipal 

Escola
Foto: Reprodução/Instagram 

A Escola Municipal Djacy Glicério, em Jaboatão dos Guararapes, está completamente abandonada. Nesta terça-feira (01), moradores relataram a situação de descaso por parte do poder municipal. 

Atualmente, a instituição que atende crianças do ensino infantil e fundamental I, funciona em outro prédio, no bairro de Cajueiro Seco. O motivo da mudança, segundo a denúncia, seria devido ao alagamento que era provocado na escola, na época de chuvas. Porém, não surtiu efeito, pois no período chuvoso, o prédio atual também fica alagado e as crianças deixam de assistir às aulas. 

Frente da escola
Foto: Reprodução/Instagram

O prédio antigo, encontra-se com sinais de depredação, dando vazão para pessoas consumirem drogas, além de contágio de doenças, como leptospirose. Com o abandono, vândalos invadiram o prédio e levaram portas, grades, fiação elétrica e até mesmo as telhas. Lixo e mato já tomam conta do local. 

Até agora, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes não demonstrou nenhum interesse em solucionar o problema, causando transtorno e revolta as pessoas da localidade. A comunidade disse que levará o caso ao Ministério Público de Pernambuco, para que medidas sejam tomadas urgentemente. 

Jean Wyllys e Eduardo Leite

Eduardo Leite denuncia Jean Wyllys por declarações após polêmica no Twitter sobre manutenção de escolas cívico-militares no RS

Eduardo Leite justificou sua decisão de denunciar Jean Wyllys com base nas falas que considerou preconceituosas e discriminatórias.

Jean Wyllys e Eduardo Leite
Fotos: Divulgação
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ingressou com uma representação no Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por conta de declarações consideradas homofóbicas. A polêmica teve início em uma troca de mensagens no Twitter, onde Wyllys fez comentários ofensivos em relação à orientação sexual de Leite.
No contexto da discussão, Jean Wyllys criticou a decisão do governo gaúcho de manter as escolas cívico-militares e, em sua declaração, afirmou que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.
A denúncia formal ao Ministério Público ocorreu na quarta-feira, 19 de julho, logo após o bate-boca virtual entre os dois políticos. O advogado de Jean Wyllys, Lucas Mourão, afirmou que, até o momento, não havia recebido nenhuma comunicação oficial a respeito da representação e, por isso, não poderia comentar o assunto.
Eduardo Leite justificou sua decisão de denunciar Jean Wyllys com base nas falas que considerou preconceituosas e discriminatórias. Ele destacou que, assim como já fez anteriormente em relação a ataques homofóbicos de outras figuras públicas, não toleraria ofensas baseadas em sua orientação sexual.
Em resposta à denúncia, Jean Wyllys afirmou que espera a manutenção do programa de escolas cívico-militares por parte de “governadores héteros de direita e extrema-direita”, mas que, segundo ele, “gays com homofobia internalizada” têm fetiches em relação ao autoritarismo.
O Programa de Escolas Cívico-Militares (PECIM) foi criado em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e consiste em uma parceria em que profissionais civis são responsáveis pela área pedagógica das escolas, enquanto militares, como policiais, bombeiros ou membros das Forças Armadas, cuidam da parte administrativa. De acordo com dados do Ministério da Educação, até 2022, 200 escolas em todo o país aderiram ao PECIM, atendendo um total de 120 mil alunos, com a maior concentração de unidades na região Sul.
A polêmica entre os políticos reacende o debate sobre a importância do respeito à diversidade e a luta contra a homofobia. É esperado que a representação no Ministério Público seja acompanhada de perto e possa desencadear discussões em torno do combate à discriminação e do respeito aos direitos humanos. Enquanto isso, a postura firme de Eduardo Leite reflete seu compromisso em combater qualquer forma de preconceito, defendendo os princípios de igualdade e inclusão para todos os cidadãos.
comporta

Moradores de Comporta denunciam abandono da gestão Mano Medeiros

 Falta de infraestrutura básica é questionada por moradores

comporta
Foto:Divulgação

Moradores da comunidade de Comporta, localizada em Jaboatão dos Guararapes, enfrentam há anos um problema recorrente: o descaso e abandono por parte da Prefeitura de Jaboatão em relação à rua Colinas. A comunidade, que fica localizada em uma área de difícil acesso e constantemente sofre com alagamentos e a falta de infraestrutura básica.

A principal rua de acesso a localidade é de terra e está repleta de buracos e lama, dificultando muito o acesso dos moradores, principalmente em dias de chuva. O problema se agrava ainda mais pelo inexistência de sistema de drenagem adequado, o que acaba por intensificar os transtornos e ai contribuindo com alagamentos.

Existe ainda o problema da falta de iluminação, o que traz insegurança para os moradores, que têm medo de transitar pela região durante a noite, especialmente mulheres e crianças.

Para os moradores da comunidade de Comporta, o descaso das autoridades e o abandono da rua representam um desrespeito aos direitos básicos da população. Eles solicitam que o prefeito Mano Medeiros tome as medidas necessárias para resolver os problemas, garantindo assim o acesso digno à infraestrutura básica, como uma rua pavimentada e bem iluminada, com drenagem adequada, que permita o trânsito seguro de pessoas e veículos na região.

Jaboatao Noticias

Maioria do STF aceita denúncias contra participantes de atos golpistas

Seis ministros já votaram; faltam quatro

Foto: Marcello Camargo
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para transformar em réus 100 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, foram depredadas as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Seis ministros votaram a favor do recebimento das denúncias. Até o momento, acompanharam o voto do relator Alexandres de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia.
A votação virtual contra os acusados começou à meia-noite do dia 18, terça-feira, e vai até as 23h59 de segunda-feira (24).
Ao apresentar seu voto, Alexandre de Moraes descreveu como “gravíssima” a conduta dos denunciados, que tinham como objetivo final abolir os poderes de Estado.
Os ministros que ainda precisam apresentar seus votos no sistema eletrônico são André Mendonça, Nunes Marques, Rosa Weber e Luiz Fux.
Com o início do processo, haverá coleta de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusação. Depois, o STF ainda terá de julgar se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo para ocorrer.
As denúncias envolvem crimes previstos no Código Penal: associação criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; ameaça; perseguição; incitação ao crime e dano qualificado. A PGR também cita o crime de deterioração de patrimônio tombado.
Levantamento do STF mostra que das 1,4 mil pessoas presas no dia dos ataques, 294 permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. As demais foram soltas por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.
Agência Brasil

Governo estuda criar disque denúncia contra violência nas escolas

Outra medida em análise é a definição de um protocolo de emergência

Foto: Fábio Rodrigues
A primeira reunião do grupo de trabalho interministerial criado para propor políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas foi realizada na manhã desta quinta-feira (6), na sede do Ministério da Educação (MEC).
A reunião ocorreu um dia após o ataque à creche privada Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), em que quatro crianças morreram.
Após a reunião do grupo, em Brasília, os ministros anunciaram, em coletiva à imprensa, que foram discutidas ações imediatas e outras a serem adotadas em médio e longo prazos para combater o problema.
Primeiras propostas
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, que coordena o grupo de trabalho, a primeira proposta é a criação de um disque denúncia – um canal telefônico direto e específico para relatos de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. “É importante as pessoas se anteciparem, se notarem um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a alguma pessoa na rua, no bairro. Então, queremos ver a viabilidade de criar esse canal de denúncia de violências nas escolas o mais rápido possível e ter esse canal mais ágil”, destacou Camilo Santana.
“Vamos repassar recursos às escolas para que construam ações e círculos de cultura de paz com os alunos. A gente pode formar e qualificar nossos diretores e professores”, disse o ministro.
O ministro da Educação vai encomendar um mapeamento nacional sobre violência nas escolas. Outra ação que deve ser lançada em breve pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a ampliação da oferta do ensino em tempo integral a crianças e jovens.
No campo da saúde, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apontou que o Programa Saúde na Escola, de 2003, deve ser reforçado para melhorar a atenção psicossocial dentro do ambiente escolar, com prevenção e atenção à saúde mental de estudantes e profissionais da educação. “Queremos fortalecê-lo em uma visão abrangente de promoção, de prevenção [à violência] e trabalhar com foco na juventude”, disse a ministra, lembrando que a violência é considerada um problema de saúde pública desde a década de 1980.
Na área da cultura, editais devem ser lançados para promover a cultura da paz dentro das escolas. Outra proposta apresentada foi o lançamento de uma campanha de esclarecimento, ainda sem data definida. “A Secretaria de Comunicação Social [da Presidência da República] vai discutir o formato da campanha porque isso envolve questões das redes sociais”, explicou Camilo Santana.
A Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, pretende realizar caravanas pela paz em todo o território nacional para acolhimento dos jovens, em parceria com entidades estudantis.
No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o trabalho de inteligência nas redes sociais, com foco na chamadas deep e dark web, deve monitorar discussões sobre planejamento de novos ataques criminosos.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, convidou a imprensa para aderir a pacto no sentido de não dar visibilidade a assassinos que atacam escolas para que estes não sejam cultuados como celebridades nas redes sociais.
“É importante que a imprensa ajude com protocolos, como tem em outros países, quando acontece esse tipo de situação. Que esse cidadão não sirva de exemplo de herói a outras pessoas na internet. Nós sabemos que tem grupos de pessoas que se alimentam desse tipo de situação. Então, vocês [da imprensa] podem também ajudar não dando visibilidade a esse cidadão para não influenciar outras pessoas a cometerem esse tipo de atrocidade.”
Próximos passos
O grupo de trabalho interministerial foi criado por decreto presidencial (nº 11.469), publicado em edição extra do Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (5).
Pelo documento, o relatório final dos trabalhos do grupo interministerial dever ser apresentado em 180 dias, após a primeira reunião. Mas o prazo poderá ser prorrogado. O ministro Camilo Santana antecipou que um primeiro relatório com propostas será divulgado ao público em 90 dias.
Participaram deste primeiro encontro, no MEC, os ministros da Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; do Esporte, Ana Moser; dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (este por videoconferência); além de representantes dos ministérios da Justiça; da Cultura; da Secretaria-Geral, Secretaria Nacional de Juventude; Secretaria de Comunicação Social; e da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Presidência da República.
No encontro desta quinta-feira, foram definidas as equipes dos ministérios do grupo que vão participar das reuniões setoriais, a partir da próxima semana.
Pelo calendário de trabalho estabelecido, uma vez por mês, os ministros vão se reunir para tomar conhecimento das discussões em andamento.
Nos próximos encontros, o grupo vai abrir espaço a representantes de instituições de ensino superior e também quer ouvir entidades da sociedade civil, especialistas, representantes dos governos municipais e estaduais que contribuam para discutir a erradicação do ódio e intolerância nas instituições de ensino.
Para o ministro Márcio Macêdo, o envolvimento de todos é fundamental para ações conjuntas efetivas. “Nós, do governo federal, os governos dos estados, municipais, a sociedade civil. É importante também frisar que as instituições de ensino privado também precisam cumprir o seu papel. Assim como o Congresso Nacional, que precisa tratar do tema com legislação.”
Solidariedade a Blumenau
O ministro da Secretaria-Geral disse à imprensa que o presidente Lula está consternado com as mortes das quatro crianças, ocorridas na quarta-feira, em uma creche privada, em Blumenau. Segundo ele, o presidente acompanha pessoalmente a situação. “Queremos externar toda a nossa solidariedade às famílias que perderam suas crianças, seus amigos, aos habitantes de Blumenau que viveram essa tragédia. Da nossa parte, contem com a nossa solidariedade e o nosso tempo para que isso não aconteça mais, que a dor dessas famílias seja amenizada.”
Os ministros disseram que não há previsão de visitas de integrantes do governo federal à cidade catarinense, neste momento. “O governo federal está à disposição e respeita a situação das famílias [das vítimas]. Da nossa parte, vamos tomar as providências que estão sob jurisdição e missão do governo federal”, reforçou o ministro Márcio Macêdo.
O ministro Camilo Santana declarou que esteve em contato direto com as autoridades locais. “Liguei para o governador de Santa Catarina, estava ao lado do prefeito de Blumenau e coloquei à disposição não só o Ministério da Educação, mas o governo federal para apoio necessário nesse episódio.”
A tragédia também foi tratada como prioridade pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Entramos em contato com a coordenação de Saúde Mental de Blumenau e também com a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e vamos colocar essa pauta na reunião do Conselho Nacional de Saúde, na próxima semana”, informou. “O governo federal] quer contribuir para o acolhimento dos familiares das vítimas, da comunidade escolar e de toda a população da cidade de Blumenau”, disse a ministra.
No mesmo dia do massacre em Blumenau, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país, em meio à onda de ataques a escolas e creches públicas e privadas.
Prisão preventiva
O autor do ataque à creche de Blumenau, que se entregou à polícia local, teve a prisão em flagrante delito convertida em preventiva, na tarde desta quinta-feira. Na decisão, o juiz plantonista considerou que a conversão se justifica pela “necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal”. O magistrado ainda registrou que “Blumenau, Santa Catarina e o Brasil estão de luto”.
Na audiência de custódia, não houve interrogatório sobre os fatos, nem foram ouvidas outras partes. O preso esteve presente, bem como, a Promotoria de Justiça e a defesa do réu, representada pela Defensoria Pública.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que o processo tramitará na 2ª Vara Criminal da comarca de Blumenau, sob sigilo, por envolver de menores de 18 anos.
Agência Brasil
Educação de Jaboatão

Daniel Alves denuncia falta de vagas nas escolas municipais para alunos de Jaboatão

Rede Municipal ainda não garantiu a matrícula de todos alunos como previsto em lei

Educação de Jaboatão
Foto: Reprodução -Instagram
O ex-vereador de Jaboatão dos Guararapes, Daniel Alves (PV), denunciou em sua conta no Instagram diversos problemas vividos por pais e alunos da rede municipal de ensino da cidade, no vídeo ele está acompanhado de um pai identificado como Jaime, que desde dezembro de 2022 que busca vaga na rede publica e não consegue matricular seu filho.
“Em dezembro eu tentei online, no mês de janeiro eu vim em busca de uma vaga para meu filho, já fui ao conselho tutelar, ao ministério público mas nada foi resolvido ainda” destacou Jairo.
Daniel afirmou também que outros problemas como falta de fardamento, material escolar, além da garantia da vaga para que os estudante iniciem seu ano letivo e os estudos.
“Muitos alunos além do filho de seu Jairo ainda não estão matriculados na rede municipal de Jaboatão, esse é um dos problemas que vive a educação, e o mais grave” destacou Daniel.