Saídas superam entradas em R$ 3,58 bilhões, porém resultado é menos negativo em comparação a 2022.
Foto: José Cruz/AGB |
Após apresentar um ingresso líquido positivo no mês de junho, o saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a sofrer queda, registrando mais saques do que depósitos no mês de julho. De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC), as saídas superaram as entradas em R$ 3,58 bilhões.
O resultado negativo observado em julho, no entanto, apresentou uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano passado. Em julho de 2022, os brasileiros realizaram saques que excederam os depósitos em expressivos R$ 12,66 bilhões.
No último mês, o montante aplicado na poupança totalizou R$ 326,61 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 330,19 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança alcançaram a marca de R$ 6,16 bilhões.
Com os resultados apurados em julho, a poupança acumula um déficit líquido de R$ 70,22 bilhões nos primeiros sete meses do ano. Vale ressaltar que em 2022, a caderneta enfrentou uma retirada líquida recorde de R$ 103,24 bilhões, em um cenário caracterizado por altos índices de inflação e endividamento.
Os rendimentos da poupança retomaram sua vantagem sobre a inflação, impulsionados pelos aumentos da taxa Selic, que representa os juros básicos da economia. No entanto, outras modalidades de aplicações de renda fixa ainda se mostram mais atrativas que a poupança.
Em contrapartida, é importante relembrar que no ano de 2020, a poupança havia alcançado um saldo líquido positivo recorde de R$ 166,31 bilhões. Tal feito foi influenciado por fatores como a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de Covid-19 e a inclusão do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.