Livraria Cultura reverte falência e poderá reabrir suas lojas

Decisão do STJ concede nova chance à empresa após ordens de despejo e fechamento de unidades

Foto: Divulgação

A Livraria Cultura obteve uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reverte a falência decretada anteriormente. Essa reviravolta permite que a empresa reabra as lojas que haviam sido fechadas nos últimos meses.

Após ter um recurso contra a falência negado em maio, a Livraria Cultura enfrentou ordens de despejo dos credores, após sua recuperação judicial ter sido convertida em falência. No entanto, o ministro Raul Araújo, relator do caso, considerou o princípio da preservação da empresa, reconhecendo sua relevância social e cultural, cuja falência traria prejuízos significativos tanto para os credores quanto para a comunidade em geral.

Essa nova decisão favorável surge apenas dois dias após o fechamento da unidade da Livraria Cultura localizada no Conjunto Nacional, na avenida Paulista. Agora, com a determinação do STJ, tanto essa loja quanto outras unidades fechadas poderão reabrir suas portas.

Biografia sobre Alceu Valença será lançada hoje no Recife

Cantor fará 77 anos dia primeiro de julho

Foto: Leo Aversa

“Ele jamais abriu mão da própria identidade durante toda a carreira”. A avaliação é a do jornalista carioca Julio Moura, autor do livro Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora), de 562 páginas. A obra sobre o artista de múltiplas influências será lançada nesta terça-feira (27), às 19h, no Paço do Frevo, no Recife.
O evento terá a presença do biógrafo e do biografado, com acesso livre. Alceu, que vai completar 77 anos de idade na semana que vem (dia 1º), tem carreira marcada pela resistência e manutenção das raízes nordestinas. Ele é aclamado em todo o país e internacionalmente.
A missão de contar uma história de vida e de mais de 50 anos de carreira ficou para o jornalista, que é assessor de imprensa do artista desde 2009. “Posso dizer que, desde então, penso em fazer a biografia sobre ele”, confessa Julio.
Ele garante que Alceu deixou o escritor à vontade para fazer um mergulho independente e distanciado. “Não pediu para ler nada antes”, disse o escritor em entrevista à Agência Brasil.
Memórias
Julio explica que queria evitar um “livro de memórias”. Por isso, tinha certeza de que precisaria de certo afastamento em prol da qualidade do livro. Foram dois anos de escrita, principalmente durante a pandemia.
A investigação da história de Alceu foi antes de escrever e ganhou fôlego pelas conversas frequentes, pelas viagens a São Bento do Una (PE), cidade em que o artista nasceu, e para Garanhuns (PE) e Recife para traçar o complexo mosaico de influências musicais e de vida.
“Eu tive impressões confirmadas. Ele sempre teve uma obstinação e determinação muito grandes. Por exemplo, ele participou de festivais de música importantes e não ganhou. Mas não desistiu”, revela o escritor.
Outra face menos comentada do artista e que, segundo Júlio, ilustra a obstinação de Alceu, foi a realização do filme A luneta do tempo. “Foi um filme que Alceu escreveu durante 10 anos e filmou no agreste de Pernambuco por três anos. Uma história do circo e cangaço e eu participei intensivamente”, recorda.
Julio testemunha que Alceu não para nunca. “Ele é muito intenso”, diz. Como um carnaval permanente. Influenciado pelas raízes do violeiro, da banda de pífano, do caboclinho, do baião, do frevo no Recife, do maracatu. “Ele é um dos artistas que melhor representa essa diversidade que o Nordeste tem”, acredita o biógrafo. Ele diz, ainda, que faltam biografias sobre artistas nordestinos da geração de Valença.
O saber de Alceu gera efeitos artísticos em diferentes campos. “A música Anunciação, por exemplo, é ouvida e cantada desde 1983 (há 40 anos)”. Foi cantada em momentos marcantes, como do pedido pelas Diretas Já, a partir de 1984, em que o artista se engajou. A música virou também um hino informal das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que vai disputar a Copa do Mundo.
Não são apenas pelos meios tradicionais que Alceu consegue repercussão. O escritor verificou que a internet auxiliou a garantir visibilidade para a obra do compositor. “A música La belle de jour tem mais de 140 milhões de visualizações no Youtube. É impressionante. Não encontramos isso nem no Paul McCartney, ou Freddie Mercury, ou Stevie Wonder”, observa.
Pelas ruas que andei, nome da canção que é o título do livro, é para Júlio a música mais marcante. Funciona como metáfora de toda a caminhada do artista no Nordeste e depois no Rio de Janeiro.
“Pessoa mais indicada”
Para Alceu Valença, Julio Moura era a pessoa mais indicada para escrever a biografia. O artista garante que deixou o escritor e amigo muito à vontade para poder fazer o livro.
“Mesmo porque era a pessoa mesmo mais indicada para isso. Há muito tempo em que ele trabalha com a gente, que viaja comigo e conheceu tudo o que aconteceu na minha vida”, afirmou Alceu em entrevista à Agência Brasil. “Ele conheceu a casa onde eu morei, parentes meus. Ele conheceu a feira de São Bento do Uma, que serviu de base para a minha música, do xote, do xaxado, do baião”.
Alceu destaca que Julio esmiuçou as influências das outras cidades brasileiras em que ele viveu, como Garanhuns, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.
O cantor destaca que a biografia revela formação prioritária dele, que é de São Bento do Una e da Fazenda Riachão, onde nasceu. “A cultura do sertão profundo é a cultura que inspirou e fez com que existisse o Gonzagão. Eu sou da mesma cultura influenciado também por Gonzagão”, opina.
No Recife, Alceu viveu na rua dos Palmares, um verdadeiro caldeirão cultural de influências para ele. Moravam lá o compositor Carlos Pena Filho e o grande Nelson Ferreira (o maestro e compositor de frevo). “Por lá, passavam os maracatus de origem africana. E os blocos indígenas, os caboclinhos. O frevo de bloco, o frevo de rua, o frevo canção”.
Alceu Valença destaca que o escritor conheceu todos os amigos dele de Olinda. “Ele tem uma memória incrível. Cada vez que eu passava por Olinda, eu ia me lembrando de alguma coisa. E ele cuidou para estar tudo ali no livro”, observa.
Além do lançamento desta terça-feira, estão programados outros dois lançamentos, um no Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon), no dia 25 de julho, e em São Paulo (Itaú Cultural) no dia 27 do mês que vem.
A obra tem versões impressa, digital e audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado como condições de acessibilidade e recursos extras para os fãs do formato.
Serviço
Lançamento do livro Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora)
Preço: R$ 70 (livro impresso); R$ 35 (e-book); 49,90 (compra do audiolivro); R$ 20 (assinatura do audiolivro)
Recife
Quando: 27 de junho
Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Recife)
Horário: 19h
Acesso gratuito

Festival de Inverno de Garanhuns terá 10 dias de festa e homenagens em sua 31ª edição

Governadora Raquel Lyra divulga detalhes do evento e existe a possibilidade de expansão para outras cidades

Foto: Antônio Melo
O Festival de Inverno de Garanhuns, um dos principais eventos da cidade nos últimos anos, está marcado para julho e promete uma programação repleta de atividades. Nesta segunda-feira (26), a Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, compartilhou detalhes sobre o festival.

Segundo a Governadora, o evento será realizado do dia 21 ao dia 30 de julho, com uma duração total de 10 dias de festa. Neste ano, o Festival de Inverno de Garanhuns celebra sua 31ª edição e prestará homenagens ao mestre Gonzaga, do Reisado, e ao empreendedor Cyro Ferreira Costa.

Além disso, existe a possibilidade de o governo estadual ampliar o festival para outras cidades que também registram baixas temperaturas nessa época do ano, transformando-o em “Festival de Inverno de Pernambuco”. Essa expansão visa oferecer oportunidades de participação e diversão em diferentes localidades.

Retratos desconhecidos de Rembrandt serão vendidos após 200 anos

 Quadros descobertos são os menores retratos conhecidos de Rembrandt

Quadro de Rembrandt – Foto: Rembrandt/Reprodução

Um par de retratos de Rembrandt que estava em posse privada por 200 anos será colocado à venda em 16 de julho na casa de leilões Christie’s, em Londres, e pode chegar a US$ 10 milhões (R$ 47,9 milhões), segundo estimativas.

Os retratos do pintor holandês do século XVII estavam nas mãos de uma família britânica, até que um especialista da casa de leilões Christie’s os descobriu.

As obras podem ser vendidas por um valor entre entre US$ 6,3 e US$ 10 milhões (aproximadamente cerca de R$ 30,1 a R$ 47,9 milhões).

“Encontrei essas pinturas pela primeira vez há alguns anos em uma avaliação de rotina e congelei”, disse à AFP o vice-presidente internacional da Christie’s, Henry Pettifer. Após serem descobertas, as obras foram expostas em Amsterdã.

“Fiquei muito surpreso ao descobrir que as pinturas nunca haviam sido realmente investigadas e nunca foram abordadas em nenhuma das publicações de Rembrandt ao longo de 200 anos”, explicou ele.

As telas ovais de 20 centímetros de altura, provavelmente datados em 1635, retratam um encanador idoso chamado Jan Willemsz van der Pluym e sua esposa Jaapgen Carels.

O casal, pintado em um estilo incomumente íntimo para Rembrandt, era amigo da família do artista e proveniente de sua cidade natal, Leiden, na Holanda.

As pinturas foram compradas por um familiar dos atuais proprietários em um leilão na Christie’s, em 1824. Na ocasião, as pinturas foram listadas como Rembrandts e, desde então, permaneceram na mesma coleção.

“Ficaram em silêncio para que a família do proprietário desfrutassem deles ao longo de dois séculos”, disse Pettifer.

Depois de encontrá-los, começou o trabalho “forense” para verificar se eram genuínos.

“Os quadros eram desconhecidos e inicialmente tiveram que ser tratados com muita cautela”, detalhou ele, enfatizando que “obviamente tiveram que ser examinados e investigados com grande detalhe”.

A casa de leilões contou com a ajuda de especialistas em arte, incluindo o famoso Rijksmuseum, em Amsterdã.

“Tivemos sorte que sua equipe científica os analisou com muito cuidado por quase dois anos”, disse à AFP a especialista da Christie’s, Manja Rottink.

Os especialistas analisaram o histórico de propriedade das pinturas, mencionadas em um inventário da filha mais velha dos retratados, disse Rottink. As assinaturas de Rembrandt também foram verificadas.

“A conclusão é que eles são de fato do artista… foi impressionante como todos ficaram empolgados com essa descoberta”, disse ele.

Os quadros descobertos são os menores retratos conhecidos de Rembrandt, que costumava pintar retratos muito maiores, encomendados por famílias ricas.

“Eles têm algo ligeiramente diferente, muito mais íntimo”, disse Pettifer.

Justiça torna válido o testamento do apresentador Gugu Liberato: entenda o que muda

Nova rodada de depoimentos, diante de juiz, tem participação de quem conviveu com apresentador e Rose Di Miriam, mãe dos filhos de ambos

Gugu no ano de 1987 – Foto: Antonio Moura / Agência O Globo

Apesar de o Superior Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ter validado, na última terça-feira (20), o testamento de Gugu Liberato — e ter reconhecido, portanto, o documento que não considera Rose Di Miriam, com quem o apresentador teve três filhos, como uma de suas herdeiras —, novas audiências acerca do imbróglio familiar acontecem entre esta quarta-feira (21) e a próxima quinta-feira (22). A primeira decisão, divulgada pelo TJ-SP, não interfere na ação em andamento.
As audiências que aconteceram no fim de maio — e que agora são retomadas, com previsão de encerramento na próxima quinta-feira (22) — tratam exclusivamente sobre o reconhecimento (ou não) de uma união estável entre Gugu Liberato e Rose Di Miriam. Nessa última rodada de depoimentos, a Justiça ouvirá testemunhas que conviviam com ambos.
Com o poio das filhas gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos, Rose Di Miriam quer provar que mantinha, sim, um relacionamento estável com Gugu Liberato. Se o fato for reconhecido judicialmente, ela estará apta a questionar então o testamento deixado pelo comunicador, que morreu, aos 60 anos, em novembro de 2019, em decorrência de um acidente doméstico, nos EUA.
Na primeira audiência, que aconteceu em maio, as gêmeas deram declarações em contribuição à mãe. Já o irmão mais velho das duas — João Augusto Liberato, de 21 anos — e a irmã de Gugu, Aparecida Liberato, não concordam com o processo. Ao lado deles, um sobrinho do apresentador preferiu não dar declarações. Os três se mantiveram em silêncio no tribunal.
O que diz o testamento de Gugu?
Seguindo a vontade de Gugu, seus três filhos — Augusto, Marina e Sofia, todos frutos da antiga relação com Rose Di Miriam —, ficam com 75% da herança estimada em R$ 1 bilhão. Os outros 25% do patrimônio são divididos entre os cinco sobrinhos do apresentador. Três deles são filhos de Amandio Liberato, de 70 anos, o irmão mais velho do comunicador. Os outros dois sobrinhos são filhos de Aparecida Liberato, a curadora do espólio.
Em nota enviada ao GLOBO na noite da última terça-feira (20), o advogado Nelson Wilians, que representa as filhas de Gugu Liberato no processo judicial sobre a disputa de bens, afirmou que, ainda que respeite a decisão da TJ-SP — acerca da validação do testamento —, irá recorrer.
“Os ministros decidiram reverter a correta decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que havia reduzido a disposição testamentária, a fim de que o testamento deixado pelo apresentador Gugu Liberato respeitasse o disposto em lei e na jurisprudência do próprio STJ. No testamento, ele dispôs de 100% da totalidade de seus bens, sem respeitar a parte legítima dos filhos. De acordo com a lei brasileira, o testador deve resguardar a metade de todo seu patrimônio (parte legítima) e somente pode dispor em testamento da outra metade (parte disponível)”, informou a nota.

Escada recebe o Palco Móvel Festival Abaré de Teatro Itinerante – Conexão Cultural Tigre, proporcionando cultura e entretenimento à cidade

 Evento gratuito promovido pelo Emcena Brasil Produções levará teatro, música e atividades recreativas para Escada nos dias 21 e 22 de junho

Foto:Divulgação

O Palco Móvel Festival Abaré de Teatro Itinerante-Conexão Cultural Tigre chegará a Escada (PE) nos dias 21 e 22 de junho, trazendo entretenimento e valorização da cultura nacional para a região. Promovido pelo Emcena Brasil Produções em parceria com a Tigre, uma multinacional brasileira líder em soluções para construção civil e cuidado com a água, o evento acontecerá no Pátio de Eventos Edelazil Mendes (Antiga Estação Ferroviária), com entrada gratuita das 16h às 21h.
O projeto consiste em um palco adaptado a partir de um contêiner, e conta com uma equipe de 30 artistas e técnicos talentosos que proporcionarão ao público dois dias de diversão, imersão na cultura popular e apreciação de apresentações teatrais para crianças e adultos, teatro de bonecos, atividades recreativas, espetáculos de arte circense, e muito mais.
O Palco Móvel Festival Abaré de Teatro-Conexão Cultural é uma iniciativa do Emcena Brasil Produções, com apoio do Ministério da Cultura e Secretaria Especial da Cultura, além de contar com o patrocínio da Tigre e do Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH). A visita do projeto a Escada foi indicada pela Tigre e tem parceria com a Prefeitura Municipal de Escada, por meio da Secretaria de Cultura. O Palco Móvel está vindo de Marechal Deodoro-AL.
Júlio Franco, executivo do ICRH, destaca a importância do apoio a projetos que promovem a educação por meio da cultura e ressalta a satisfação em contribuir para a divulgação da arte em diversas regiões do país, especialmente aquelas que não possuem teatros. A iniciativa do palco móvel leva alegria e cultura a muitas pessoas, demonstrando o compromisso de fortalecer projetos que colocam a comunidade em primeiro lugar.
Confira a programação completa do festival:
1º DIA – 21 de junho (quarta-feira)
– 16h: Espetáculo musical para crianças – “A Menina e o Sabiá”
– 17h: Atividades recreativas
– 18h: Espetáculo de bonecos – “As Pelejas de Charles & Latão”
– 19h: Performance circense – “O Pequeno Circo Maior do Mundo”
– 20h: Espetáculo musical para adultos – “Minha Alma é Nada, Depois Dessa História”
2º DIA – 22 de junho (quinta-feira)
– 16h: Espetáculo musical para crianças – “As Peripécias da Princesa Esperta que Criava um Piolho e Não Queria Casar”
– 17h: Atividades recreativas
– 18h: Contação de histórias – “A Galinha Galinácea Margarina Fala Fina”
– 19h: Convidado local
– 20h: Espetáculo musical para adultos – “Casa Grande & Senzala – Manifesto Musical Brasileiro”
Cinema São Luiz

Após cobranças, obras emergenciais no São Luiz começam esta semana; cinema deve ser reaberto em 2024

Equipamento passará por serviço no sistema de esgotamento das águas de chuva

Cinema São Luiz
Imagem do cinema mostra estrutura danificada – Foto: Morgana Narjara/Secult-PE
Fechado desde julho do ano passado, o emblemático Cinema São Luiz, localizado às margens do rio Capibaribe, na área central do Recife, terá obras emergenciais do sistema de esgotamento de águas da chuva iniciadas esta semana.
A informação é da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que anunciou o reparo com prazo de execução de 60 dias e orçamento de R$ 106.308,53. A reabertura é tema de cobranças da comunidade cinematográfica de Pernambuco, que manifestam insatisfação com a situação do equipamento cultural.
De acordo com a Secult-PE, essa é a primeira etapa das ações previstas para reabertura do cinema, que deve ser feita no primeiro semestre de 2024. Atualmente, o equipamento tem 95% das obras de instalações elétricas e novo sistema de refrigeração concluídas.
“[O Cinema São Luiz] se encontra com o sistema de esgotamento de águas pluviais em colapso, fato que provocou estragos significativos no forro ornamentado, com desprendimentos de elementos que podem causar acidentes e, portanto, exigiram interdição imediata do imóvel”, explica a presidente da Fundarpe, Renata Borba, que completa: “Esta primeira etapa das obras é de caráter emergencial e permitirá que possamos, em seguida, realizar os serviços de consolidação e restauração do forro ornamentado, elemento de relevante valor no bem tombado, devolvendo-o à população no primeiro semestre de 2024. ”

Folha Pe

embarque do Trem do Forró

Trem do Forró faz ‘arraiá’ sobre trilhos e leva passageiros ao som de forró pé-de-serra, xote, baião e xaxado

Com saída do Bairro de São José, no Centro do Recife, e chegando até o Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana. Saídas começam no sábado (10) e domingo (11).

embarque do Trem do Forró
Embarque do Trem do Forró 

Foto: Divulgação Tv Globo
O Trem do Forró, que leva passageiros ao som de forró pé-de-serra, xote, baião e xaxado, começa a fazer os “arraiás” sobre trilhos a partir do sábado (10) e do domingo (11). Uma das atrações mais tradicionais do São João no Recife, ele sai do Bairro de São José, no Centro, e vai até o Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana. Os ingressos custam entre R$ 180 e R$ 210, e podem ser comprados na internet e nos quiosques do Ticket Folia nos shoppings Boa Vista e Riomar, ambos no Recife. Para a primeira viagem, os ingressos já estão esgotados.
As saídas também acontecem nos dias 17, 18, 24 e 25 de junho. A concentração começa às 14h30, no Pátio da Transnordestina, ao lado do Restaurante Catamaran, no final da Avenida Sul. No local, os passageiros participam de um “esquenta” com quadrilha e feirinha de artesanato. Às 16h, o trem parte com destino ao Cabo de Santo Agostinho. Em cada vagão, trios de forró pé-de-serra animam os passageiros, e há um bar vendendo bebidas. Na chegada ao Cabo, o público é recepcionado por quadrilha junina e conduzido para o Pátio de Lazer, ao lado da Estação Central, onde haverá uma feira com comidas típicas.
Os passageiros seguem em ritmo de festa na volta para o Recife. O trajeto de ida e volta é de 84 quilômetros.
Serviço Trem do Forró 2023
Sábado (10), domingo (11), 17, 18, 24 e 25 de junho, com concentração às 14h30 e saídas às 16h – Pátio da Transnordestina, ao lado do Restaurante Catamaran, no final da Avenida Sul, no bairro de São José, Centro do Recife.
Ingressos a partir de R$ 180, à venda pela internet e nos quiosques do Ticket Folia, nos shoppings Boa Vista e RioMar
G1
Flávio José

Flávio José e Elba Ramalho: não vem de hoje a tensão entre as estrelas do forró de raiz e os sertanejos

Paraibano conhecido como o Rei do Xote não foi o único a reclamar da desvalorização do estilo no Maior São João do Mundo, em Campina Grande: em 2017, Elba Ramalho também deu sua bronca no festival

Flávio José
Flávio José, no palco das festividades de Campina Grande, Paraíba.

Foto:Reprodução Instagram 
Uma das atrações mais assíduas do Maior São João do Mundo, festival de música em Campina Grande (PB) que este ano deve durar 31 dias, o cantor e acordeonista paraibano Flávio José, ganhou o noticiário na última sexta-feira(02/06) quando reclamou nas redes ter tido o seu tempo de show diminuído em meia hora para o que o da atração seguinte, o astro sertanejo Gusttavo Lima, fosse ampliado.
— Infelizmente, são essas coisas que os artistas da música nordestina sofrem — disse, ainda no palco, o artista de 71 anos, que é conhecido como o Rei do Xote e que não foi o primeiro nome da música tradicional da região a reclamar de desprestígio no festival.
Em 2017, a cantora (nascida em Campina Grande) Elba Ramalho, uma das maiores estrelas da MPB surgidas no Nordeste, também reclamou da desvalorização do forró de raiz, pé de serra, em um festival criado em 1983 justamente em torno desse tradicional estilo musical.
Elba Ramalho
Elba Ramalho

Foto:Reprodução Instagram 
— Eu não toco na Festa de Barretos, Dominguinhos também não cantava. A festa é deles, é dos sertanejo — queixou-se a cantora, levando em consideração que, há alguns anos, artistas sertanejos como Marília Mendonça e Luan Santana haviam se tornado as atrações principais do evento na Paraíba. — Aí, quando chega aqui no São João, em Campina Grande, não ter o Biliu de Campina, não ter Alcymar Monteiro, eu reclamei bastante. Quando chega o São João, se você não tem forró… eu não quero ir a uma festa que não tenha forró!
Ainda em 2017, Joquinha Gonzaga (sobrinho de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião), e Chambinho do Acordeon (conhecido por interpretar Gonzagão no filme “Gonzaga: De pai para filho”, de Breno Silveira) criaram a campanha a campanha Devolva meu São João pela valorização do forró nas grandes festas juninas do Nordeste — e principalmente na de Campina Grande, que sempre disputou com a de Caruaru, em Pernambuco, o título de Maior São João do Mundo.
Após o incidente de sexta-feira(02/06) em Campina Grande, o secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, convidou Flávio José para se apresentar na Bahia durante o São João. Bacelar alegou que “na Bahia que o forró, maior manifestação cultural do povo nordestino, tem a sua maior expressão”.

O Globo

são joão do recife

20 dias de festa para celebrar o tradicional ciclo junino no Recife

Programação do São João do Recife de 2023 está prestes a começar; confira

são joão do recife



Foto:Edson Holanda


Agora é “alavantú, anarriê” e pode preparar o passeio na roça montada em plena capital! Conforme anunciado pelo prefeito João Campos(PSB), ao lado do secretário de Cultura Ricardo Mello e do presidente da Fundação de Cultura, Marcelo Canuto, o “Recife Junino”, que vai celebrar mais uma vez nossas coloridas e ancestrais tradições culturais, com os festejos mais nordestinos do calendário brasileiro. O ciclo homenageia três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. Além dos santos, Irah Caldeira e Jorge de Altinho são os artistas homenageados do São João do Recife 2023. Serão 20 dias de forró, xote, baião, coco, ciranda e muito balancê, com tudo que um arraial que se preze tem direito: quadrilha, sanfoneiro, arrasta-pé e alegria pra todo lado.
“Vão ser 20 dias de muita festa e celebração com a nossa premissa número um: a tradição propriamente representada na nossa cidade. A tradição tem que estar representada em todos polos, em todas as localidades. A gente precisa mostrar o nosso autêntico São João, São Pedro e Santo Antônio, nosso autêntico forró, que é a nossa força”, disse o prefeito durante o anúncio.
Nos palcos juninos, comandarão a festança recifense mais de 800 atrações, entre nomes que são sinônimo de festa animada, feito Alceu Valença, Elba Ramalho, Anastácia, Santanna, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Geraldinho Lins, Em Canto e Poesia, Quinteto Violado, Nando Cordel, Novinho da Paraíba, Coco dos Pretos, Ciranda Dengosa, Terezinha do Acordeon, Ciranda Imperial, Bia Marinho, Coco do Juremá, Nádia Maia, Cascabulho, Fim de Feira, Ciranda do Egídio, Assisão, Mestre Ambrósio, Salatiel D’ Camarão, Muniz do Arrasta-pé, Família Salustiano, Lia de Itamaracá, Forró na Caixa, Alcymar Monteiro e Mestre Gennaro, além de Tintim por Tintim, Bailinho Kids e Arraialzinho da Fada Magrinha, para garantir o arrasta-pezinho. Isso sem falar em Jorge de Altinho e Irah Caldeira, grandes homenageados deste São João recifense.
“A gente vai fazer um ciclo junino completo com a força da nossa tradição e da nossa cultura. O São João da capital representa aquilo que a gente quer ver nos nossos polos, como o Sítio Trindade, que é praticamente o centro de referência do nosso ciclo. Veremos a tradição presente, a quadrilha, o pé de serra, muito forró, ciranda, vai ter coco, tudo aquilo que faz o São João ser tão querido pelo nosso povo”, enfatizou o secretário Ricardo Mello.
A programação começa neste domingo (11) e só termina em 30 de junho. A festa no Recife Antigo já começa no dia 11 de junho, com trios pé de serra circulando pelo bairro.
No Sítio Trindade, a programação também começa no dia 11 de junho, com as eliminatórias do 37° Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas. Até o dia 15, um total de 34 grupos desfilarão no palhoção.
Polos e programação
Animação e tradição estão garantidas. Mas não vai faltar novidade: além do Sítio Trindade sempre presente, o Recife Antigo vai se embelezar todinho para convidar o Recife para dançar. O “Arraial Novo da Rio Branco” vai se instalar no boulevard recifense, com sala de reboco, cidade cenográfica e barraquinhas. Tudo movido ao som dos mais genuínos acordes juninos.
A festa no bairro histórico já começa no dia 11 de junho, com os trios pé de serra circulando pelo bairro e espalhando o forró. Até o dia 30, todo dia será de forró naquelas bandas: de segunda a segunda, das 12h às 14h e das 17h às 19h, vai ter trio pé serra na Rio Branco. Nos finais de semana, o balancê será caprichado, com as presenças de quadrilhas juninas e apresentações também na sala de reboco, das 19h até 1h, nas sextas e sábados e das 16h às 21h, aos domingos.
No dia 15, outra tradição junina ganha as ruas do Recife Antigo: o Desfile das Bandeiras, que acontece junto com a Caminhada do Forró, arrastando o povo da Rua da Moeda até a Praça do Arsenal, a partir das 17h.
No Sítio Trindade, onde todos os buchos recifenses já se acostumaram a ralar, na mais autêntica e tradicional celebração junina da capital, a programação também começa no dia 11 de junho, com as eliminatórias do 37° Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas. Até o dia 15, um total de 34 grupos desfilarão suas cores e enredos no palhoção, garantindo muitos decibéis de emoção e beleza.
Do dia 16 em diante, a festa espraia, enchendo o Sítio todinho de forró. Vai ter programação musical no palco principal e na sala de reboco nos dias 16, 17 e 18, 23, 24 e 25, 28, 29 e 30. Nos finais de semana, das 16h às 19h, o pavilhão do Sítio também terá programação infantil. Mas se engana quem pensa que os candeeiros se apagarão nos dias de semana. Os dias 21 e 22 também serão muito úteis para quem quiser celebrar a festa e a fé juninas, no Festival Comida de Santo e na Procissão dos Santos Juninos. Também nos dias 21 e 22, o palhoção das quadrilhas recebe as finais do concurso adulto. As apresentações do concurso infanto-juvenil serão nos dias 28 e 29.
Nessa altura, já se encaminhando para o final, o passeio na roça desemboca em mais um polo. Nos dias 28, 29 e 30 vai ter festa para São Pedro, no Pátio histórico que leva o nome do santo, no centro da cidade.
E para quem, por algum motivo, não puder ir até os arraiais do centro e do Sítio, tem nada não: os santos do altar junino vão buscar os recifenses perto de casa. A programação descentralizada, que é marca registrada dos ciclos festivos na cidade, vai espalhar apresentações por dez bairros. Nos dias 23 e 24, Lagoa do Araçá, Barro, Totó, Campo Grande e Cordeiro festejam São João. E nos dias 29 e 30, arrastam pé Brasília Teimosa, Bongi, Ibura, Vila Tamandaré e Poço da Panela, em honra e graça a São Pedro.
“Arraial Novo”
Para receber a programação com todas as cores e belezuras juninas, a Prefeitura do Recife vai vestir os polos da cidade com os símbolos que o ciclo junino evoca no imaginário nordestino. A Rio Branco vai virar a capital “interiorana” dos festejos, recebendo uma cidade cenográfica, que contará com várias casas, com direito a igreja, quermesse e até Prefeitura.
O forró estará garantido na Sala de Reboco, cercada e coberta, montada no meio da Rio Branco, para abrigar o resfolego da sanfona. Além de xote e baião no salão, vai ter bandeirinha espalhada para todo lado no céu da Rio Branco, que vai receber os cavalheiros e damas com pórtico em formato de fogueira.
E tem mais: pode preparar para o retrato, que a Prefeitura vai garantir o cenário. A decoração contará com elementos como balões de chão (um deles com mais de seis metros de altura e vazado, para o público passar por dentro).
Homenageados
Irah Caldeira
Arrastando pé atrás da sonoridade nordestina nascida da mistura entre zabumba, triângulo e sanfona, Irah Caldeira percorreu todo o Nordeste, a poeira subindo e o suor descendo, para encorpar performance e colecionar repertório até escolher Pernambuco como casa e cenário para sua carreira musical. Nascida em Minas Gerais, iniciou-se nos do Recife na década de 1990, dando voz a compositores como Petrúcio Amorim, Accioly Neto e Maciel Melo, entre outros caboclos sonhadores e cantadores.
De arraial em arraial, confirmou-se uma das mais importantes intérpretes femininas dos ritmos nordestinos, tendo gravado vários discos e participações na obra de companheiros e pareias de palco e sala de reboco. Dona de uma voz inconfundível e de uma energia inesgotável, é especialista em balancê e abarrotadora de salão das mais infalíveis e ligeiras que já rezaram na cartilha do São João nordestino.
A artista expressou sua felicidade ao receber a notícia no evento de abertura do Ciclo Junino, no Sítio Trindade. “Acho que é explícita a alegria e o sentimento de gratidão que envolve este momento. Também é uma honra ser homenageado ao lado de Jorge de Altinho, que eu sou fã”, disse..
Jorge de Altinho
Nascido na cidade de Olinda, Jorge Assis de Assunção mudou-se ainda criança para o interior pernambucano, onde sua vida encontraria um novo norte. Aliás, um Nordeste inteiro de sonoridades e referências poéticas e musicais. Entre violeiros, aboiadores, sanfoneiros e emboladores, ganhou um rumo e até alcunha nova, sagrando-se Jorge de Altinho nos salões cheios de arrasta-pé da região onde cresceu. Estudioso de música, nem ligou, deixou o povo falar e ousou introduzir os metais no forró, fazendo, pela primeira vez nos palcos e arraiais nordestinos, sanfona rimar com trombone. Gravou mais de 40 álbuns de sucesso, foi bater até no programa do Chacrinha, onde ganhou vários discos de ouro – e nenhum troféu abacaxi. Confirmou-se sinônimo de forró, cantor e compositor dos mais requisitados, lembrados e cantados nos festejos juninos de todo o Nordeste, assinando sucessos como “Petrolina-Juazeiro”, “Confidências” e “Andorinha Só não Faz Verão”. Festa de São João, para ser boa mesmo, tem que ter Jorge de Altinho no palco. E pra ser ótima, faz questão até de lhe render homenagem. “Ser homenageado e reconhecido na cidade que eu escolhi para morar, cidade que eu amo e que é a minha cara, é muita emoção. Eu agradeço de coração esse reconhecimento do nosso trabalho e da nossa estrada. Quero parabenizar você, prefeito, além da Secretaria de Cultura, a Fundação de Cultura e todos da prefeitura que colaboraram para a gente fazer um ciclo junino bem nosso, bem tradicional, resgatando a nossa cultura. Isso é uma injeção de ânimo muito grande”, declarou o cantor.
 
SÃO JOÃO 2023 – RECIFE JUNINO
De 11 a 30 de junho
Na Avenida Rio Branco, Sítio Trindade e Pátio de São Pedro
 
AVENIDA RIO BRANCO
Dias 11, 18 e 25 de junho (domingos) – Quadrilhas, trios itinerantes/atrações na Sala de Reboco, das 10h às 14h/16h às 21h
Dias 12, 13, 14 e 15, 19, 20, 21 e 22, 26, 27, 28 e 29 de junho (segunda a quinta-feira) – Trios pé de serra itinerantes pelo bairro, das 12h às 14h e das 17h às 19h
Dias 16, 23 e 30 de junho (sextas) – Trios itinerantes/atrações na Sala de Reboco, das 12h às 19h/19h até 1h
Dias 17 e 24 de junho (sábados) – Quadrilhas, trios itinerantes/atrações na Sala de Reboco, das 12h às 19h/19h até 1h
Dia 15 de junho (quinta-feira) – Caminhada do Forró e Desfile das Bandeiras, da Rua da Moeda até a Praça do Arsenal), a partir das 17h
 
SÍTIO TRINDADE
Dias 11 a 15 de junho (domingo a quinta-feira) – Eliminatórias do 37º Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas
Dias 16, 23 e 30 de junho (sextas) – Programação no palco e na sala de reboco, a partir das 18h
Dias 17 e 18, 23, 24 e 25 de junho (sexta, sábados e domingos) – Programação infantil do pavilhão das quadrilhas, a partir das 16h, e programação no palco e na sala de reboco, a partir das 18h
Dias 21 e 22 de junho(quarta e quinta-feira) – Finais do 37º Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas, a partir das 20h
Dia 21 de junho (quarta-feira) – Festival Comida de Santo, a partir das 20h
Dia 22 de junho – Procissão dos Santos Juninos, a partir das 16h, do Morro da Conceição ao Sítio Trindade
Dias 28 e 29 de junho (quarta e quinta-feira) – Programação no palco e na sala de reboco, a partir das 18h, e 19° Concurso de Quadrilhas Juninas Infantojuvenis, a partir das 20h
 
PÁTIO DE SÃO PEDRO
Dias 28, 29 e 30 – Programação no palco, das 17h até 1h
POLOS DESCENTRALIZADOS
Dias 23 e 24 de junho – Lagoa do Araçá, Barro, Totó, Campo Grande e Cordeiro
Dias 29 e 30 de junho – Brasília Teimosa, Bongi, Ibura, Vila Tamandaré e Poço da Panela
Ne10/ Prefeitura do Recife