Acordo visa fomentar economia sustentável e preservação da floresta, aguardando aprovação legislativa.
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram uma carta de intenções com o propósito de implementar o Programa de Acesso ao Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Pequenos Empreendedores (Pró-Amazônia), um investimento de R$ 4,5 bilhões.
O foco do programa, de acordo com declarações de Aloizio Mercadante, é fornecer crédito direcionado à criação de empregos, geração de renda e alternativas para uma economia sustentável e inovadora, que também contribua para a manutenção da floresta amazônica. Mercadante ressaltou a importância de pesquisas e produtos que promovam uma bioeconomia como meio de preservar a região.
Antes que o crédito seja disponibilizado, o programa precisa ser aprovado tanto pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), vinculada ao Executivo, quanto pelo Senado Federal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, garantiu transparência no processo e anunciou que um portal da transparência para os projetos será lançado até o final de setembro ou início de outubro.
A ministra destacou que o objetivo central é eliminar a polarização entre desenvolvimento econômico e meio ambiente. Simone Tebet afirmou: “O que nós queremos e conseguimos garantir é desenvolvimento sustentável.”
Durante a cerimônia de assinatura do acordo em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a complexidade da mudança no modelo de desenvolvimento e defendeu investimentos que não comprometam os serviços ecossistêmicos. Marina ressaltou a importância de reduzir o desmatamento por meio de ações sustentáveis e mencionou que a Amazônia pode abrigar diversas atividades, incluindo agronegócio sustentável, turismo, extrativismo e projetos de bioeconomia.
Além disso, hoje também foi lançada a Coalizão Verde, uma aliança de 19 bancos de desenvolvimento de países da Bacia Amazônica, mobilizada pelo BID e pelo BNDES. A iniciativa visa promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica. A participação dessas instituições na Coalizão Verde faz parte de suas estratégias de longo prazo, incluindo programas como Amazônia Sempre e Fundo Amazônia, para apoiar projetos de desenvolvimento local, financiamento híbrido para bioeconomia e iniciativas de energia limpa.