Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos receberam convites formais
Foto: Ricardo Stuckert/PR |
A Cúpula do Brics (grupo que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) revelou uma decisão histórica durante sua reunião realizada nesta quinta-feira (24). Os líderes dos membros fundadores concordaram em ampliar o bloco, convidando formalmente seis nações para aderirem às fileiras do Brics: Argentina, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
O anúncio foi feito pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, anfitrião do evento que ocorre na cidade de Joanesburgo.
Debate sobre a expansão em destaque
O debate acerca da expansão do Brics dominou as discussões durante a cúpula. Com a presença marcante de líderes mundiais, os participantes discutiram a importância e os benefícios da inclusão de novos membros.
As seis nações convidadas para se unirem ao Brics têm pela frente a tarefa de atender a determinadas condições estabelecidas pelo grupo. A entrada efetiva dos novos membros está programada para ocorrer a partir do dia 1º de janeiro de 2024, e espera-se que eles cumpram com os requisitos estipulados até essa data.
Apoio à ampliação
A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandorm, havia antecipado a adoção de diretrizes de ampliação do Brics já na quarta-feira (23). Na mesma ocasião, os líderes dos cinco países fundadores se posicionaram a favor da expansão, destacando a importância de uma maior diversidade geopolítica e econômica no grupo.
O presidente brasileiro, Lula, expressou publicamente seu apoio à entrada de “vários países” no bloco. Além disso, membros do governo brasileiro manifestaram o desejo de contar com a Argentina entre os novos membros.
A lista de países convidados para integrar o Brics apresenta uma notável diversidade, abrangendo três continentes (Ásia, África e América do Sul) e diferentes sistemas e regimes de governo, que vão desde o presidencialismo argentino até a monarquia absolutista da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
Impacto econômico
A expansão do Brics traz consigo significativas implicações econômicas. A inclusão do maior exportador mundial de petróleo bruto, a Arábia Saudita, e detentor da maior reserva global de gás natural, o Irã, fortalece o grupo no contexto das commodities energéticas.
Com a cúpula chegando ao fim hoje, a atenção agora se volta para os próximos passos na preparação da integração dos novos membros.