Oportunidade De Emprego: LBV Abre Vagas Para PCD – (Pessoas Com Deficiência)

 

Função: Auxiliar de Serviços Gerais para PCD

Escolaridade: Ensino médio completo
Horário de trabalho: 8h ás 17:48 – 1 hora de almoço
Tipo de vaga: Efetiva – CLT
Salário Mínimo – Vale Transporte – Almoço


Os candidatos interessados podem encaminhar o currículo para o e-mail: rhlbvrecife@gmail.com  e mencionar no assunto da mensagem:  Auxiliar de Serviços Gerais PCD
Comitiva de Pernambuco ao lado da ex-senadora Heloísa Helena.

Heloísa Helena vence disputa contra chapa apoiada por Marina pelo comando da Rede Sustentabilidade

O partido reconduziu a ex-senadora Heloísa Helena como porta-voz nacional

Comitiva de Pernambuco ao lado da ex-senadora Heloísa Helena.
Comitiva de Pernambuco ao lado da ex-senadora Heloísa Helena. Foto: Divulgação

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A ex-senadora Heloísa Helena e o engenheiro ambiental Wesley Diógenes porta-vozes nacionais da Rede Sustentabilidade no Brasil venceram a disputa interna para o comando do partido, a recondução da chapa Rede Vive pela base, derrotando a chapa Rede Vive encabeçada pela ex-deputada federal e presidente da Finai, Joênia Wapichana e pelo gestor de políticas públicas Giovanni Mockus, apoiados pela ministra do meio ambiente Marina Silva.
Além de Marina a derrota também é de algumas outras lideranças partidárias como o Deputado Federal por Pernambuco Túlio Gadêlha, o Deputado Estadual Chió da Paraíba, a deputada estadual Marina Helôu de São Paulo, entre outras figuras que tem cargos no governo federal.
Militantes trocaram acusações, vaias e ofensas durante os três dias do 5.º Congresso da legenda, em Brasília. A chapa “Rede Vive Pela Base”, que tinha o apoio de Randolfe e se posicionou mais à esquerda, venceu a disputa. Foram 234 votos para o grupo de Randolfe e 165 obtidos para o de Marina.
A ministra se comparou a um “bisão”, bovino de grande porte, sendo atacado por leões por todos os lados. “Ele é muito forte, muito grande, mas ele morreu. Neste momento, saio daqui sangrando”, disse Marina, que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à China.
Em Pernambuco a disputa conturbada pelo comando dos municípios e pela direção estadual acabou em diversas ações na justiça e recursos a executiva nacional, que decidiu pela manutenção das conferências nas cidades de Escada, Cabo de Santo Agostinho e Paulista, após a direção ligada ao deputado Túlio Gadelha realizar um verdadeiro massacre aos municípios que não eram de sua ala.
Celso Cunha

Dr. Celso Cunha participa em Brasília do 5º Congresso nacional da Rede Sustentabilidade

Celso Cunha
Foto: Divulgação
O 5º congresso nacional do partido Rede Sustentabilidade está acontecendo em Brasília desde a última sexta 14 e terá seu encerramento no próximo domingo 16, e o pré-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Dr. Celso Cunha, está participando e marcando presença nesse que é o mais importante ato partidário da Rede em 2023.
Celso esteve acompanhado da ex-senadora e porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade Heloísa Helena do Deputado Federal por Pernambuco Túlio Gadelha e de outras figuras nacionais do partido, ao caminha das articulações o jovem odontólogo bastante conhecido no Cabo de Santo Agostinho tem se firmado para ser o nome da sigla na disputa pela prefeitura em 2024, com as duas forças políticas que devem disputar o poder e se revezam a décadas no comando da cidade.

Banda Brucelose revela nome de nova vocalista na segunda-feira (17); quem é essa pessoa?

 

O tão esperado momento está chegando… Os fãs da Banda Brucelose, conhecida por tocar os sucessos do forró, estão ansiosos para saber quem será a nova vocalista. Ela vai dividir o palco com Luciana Brandys, Alex Vieira e Damião Duarte. A nova agregação vai reforçar o forró romântico e os sucessos das antigas.
A expectativa para o festejos juninos é grande, principalmente com a chegada de uma nova integrante. Dizem por aí, nos bastidores, que a nova cantora vem fazendo sucesso em carreira solo, e agora chegará para somar aos membros desta equipe. O suspense só faz aumentar com esses comentários. Quem é essa pessoa?
O anúncio será feito pelas mídias sócias da Banda Brucelose, administrada pelo sanfoneiro Gilson Neto, ex-ministro do Turismo. Confira: @brucelose

Maria Arraes participa de cerimônia de posse de Dilma Rousseff no Banco dos Brics

Deputada federal acompanha presidente Lula em visita oficial à China, com o objetivo de identificar oportunidades para trazer recursos e desenvolvimento ao Nordeste e a Pernambuco

Foto: Divulgação

XANGAI – Acompanhando a comitiva do presidente Lula em missão oficial à China, a deputada federal Maria Arraes (SD-PE) participou nesta quinta-feira da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics (NDB, da sigla em inglês), em Xangai. “Ver uma mulher como presidenta Dilma à frente de uma entidade dessa relevância nos enche de orgulho. Sua sensibilidade para projetos de impacto social certamente será um diferencial da sua gestão”, pontua a parlamentar, que também é vice-líder do governo na Câmara. 

Fundado em 2014, o Banco dos Brics tem como meta promover o crescimento global através do investimento em infraestrutura, saneamento, energia limpa e tecnologia nos países integrantes do bloco (Brasil, Rússia, Índia, China, África de Sul) e em outras nações que aderiram à instituição.

Maria Arraes destaca a importância do NDB não só para o País, quanto para o Nordeste e Pernambuco. “A expansão da rede de água e esgoto da Compesa é uma das iniciativas já aprovadas para o Estado, que até o fim deste ano deve receber aporte de US$ 210 milhões. Vamos trabalhar na articulação de novas iniciativas, para trazer recursos e desenvolvimento à nossa região e melhorias para o nosso povo.”

Ainda nesta quinta-feira, a comitiva esteve no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei Technologies, multinacional chinesa de telecomunicações que atua no Brasil há mais de 15 anos, inclusive com presença no Recife. 

A visita oficial à República Popular da China tem o objetivo de estreitar laços com o principal parceiro comercial do Brasil. A balança comercial entre os dois países somou US$ 607,7 bilhões em 2022, entre exportações e importações. 

A agenda segue em Pequim, onde o presidente Lula se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping para celebrar cerca de 20 acordos de cooperação técnica e econômica em áreas como ciência, tecnologia e inovação. A missão se encerra no sábado (15), com a chegada ao Brasil prevista para a manhã do domingo (16).  

Governo de Pernambuco garante R$ 50 milhões do Ministério da Integração para acelerar obras da Adutora do Agreste

Foto: Aluísio Moreira/Compesa.
Já estão na conta do Estado R$ 50 milhões transferidos no último dia 6 de abril pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a aceleração das obras da primeira etapa da Adutora do Agreste, que beneficiarão 23 municípios do interior de Pernambuco. Os recursos, obtidos após agendas da governadora Raquel Lyra em Brasília nesse primeiro trimestre de governo, possibilitarão retomar o ritmo da obra, que tem conclusão prevista para 2025, quando todas as adutoras estarão implantadas e a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Agreste concluída, viabilizando o transporte de um volume de 2 m³ de água por segundo.
O valor repassado neste mês pelo governo federal é maior que a soma de todos os recursos disponibilizados em 2021 e 2022 juntos (R$ 40,83 milhões) e apontam para a capacidade de diálogo da nova gestão junto aos demais entes federativos. De acordo com a governadora Raquel Lyra, o montante depositado garantirá a aceleração das obras ainda no primeiro semestre, mas a busca de mais recursos continuará no foco. “A gente sabe a importância que uma obra como a Adutora do Agreste tem para melhorar o acesso à água no interior e essa é uma meta prioritária do nosso governo. Estamos determinados a concluir a primeira etapa da Adutora e esse recurso que destravamos em Brasília já é uma amostra de muito trabalho e diálogo que vão se transformar em melhoria de vida para a nossa população”, explicou.
Do valor inicialmente conveniado com o governo federal, restam ser repassados ao Estado de Pernambuco cerca de R$ 35 milhões, mas com a atualização monetária dos valores do projeto, ainda de 2011, estima-se que a primeira etapa demandará mais R$ 400 milhões. A execução física da obra alcançou 78%, já tendo sido implantados 696 dos 787 km previstos de tubulações. Atualmente, a principal obra em execução é a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB), localizada em Arcoverde.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, os recursos repassados representam um novo momento de pactuação entre os governos federal e estadual. “Nessa semana estamos comemorando a chegada dos primeiros valores destinados à conclusão das obras da Adutora do Agreste no atual governo. Temos a oportunidade e compromisso do governo federal de que não faltarão recursos para concluir a obra no espaço de tempo mínimo possível”, destacou.
O novo repasse de recursos federais está permitindo à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), executora da obra, a retomada do planejamento de novas ações, que envolve a abertura de novas licitações para a construção da Estação de Tratamento de Água e o complemento dos trechos da Adutora entre Caruaru e Gravatá; Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe; Belo Jardim e São Bento do Una e Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus. Com estas ações, existe a previsão de reforço no abastecimento da cidade de Caruaru até o início de 2024.
Foto: Aluísio Moreira/Compesa.

“Vou folhear o relatório de 800 páginas para ver se fala sobre falta de merenda”, dispara Sileno

Deputado criticou a preocupação do atual governo em atacar a gestão anterior enquanto se omite na resolução de problemas em áreas que eram referência, como a educação

Foto: Wesley D’Almeida

O líder do PSB na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado Sileno Guedes, subiu o tom contra o Governo de Pernambuco, nesta quarta-feira (12), ao comentar sobre a falta de merenda, kit escolar e fardamento nas escolas da rede estadual de ensino. Segundo o parlamentar, a gestão estadual se preocupou em fazer um relatório de mais de 800 páginas para atacar o governo anterior e se esquece de resolver os problemas que ela própria tem criado em áreas que eram referência, como a educação.
“Hoje, uma emissora de TV dedicou parte de sua programação para falar da falta de merenda, de kit escolar, de fardamento e até de carregamento do Passe Livre dos estudantes da rede pública de ensino. Quando isso vai parar na televisão é porque já está acontecendo há um tempo. E não foi em uma escola escondida, não. Foi na Escola Barbosa Lima, aqui na Avenida Agamenon Magalhães, bem debaixo dos olhos de todos nós”, criticou o parlamentar, durante fala na tribuna da Alepe.
Ainda segundo Sileno, apesar de o Governo alegar que os problemas nas escolas se devem a licitações que ainda estavam em andamento em dezembro passado, o mês de janeiro era justamente o período em que a atual gestão deveria ter se preocupado com as matrículas dos estudantes e com os contratos e licitações referentes ao novo ano letivo, o que não ocorreu devido a exonerações indiscriminadas, feitas pela atual gestão, de servidores que atuavam na execução desses trabalhos.
“Não sei nem se esse documento de 800 páginas fala sobre isso. Vou até dar uma folheada para ver se tem algum capítulo específico que fala sobre a falta de merenda”, ironizou o deputado, completando que, até o fim do ano, ainda na gestão do PSB, “tinha merenda, kit escolar e fardamento escolar e as merendeiras e terceirizados recebiam seus salários”.
Sileno afirmou, por fim, que está solicitando ao deputado Waldemar Borges (PSB), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe, que a secretária estadual de Educação, Ivaneide Dantas, seja convocada para dar explicações sobre esses problemas. “Ninguém fica sem comer um dia. Não existe escola integral sem almoço. Esse povo precisa acordar, pegar no serviço e fazer o que tem que ser feito”, disse.

Gleide cobra compromisso do Governo do Estado com a segurança pública

Foto: Divulgação
Um dia após o agente da Polícia Civil Luiz Henrique Malta dos Santos, de 34 anos, ser morto durante um confronto policial em Jaboatão dos Guararapes, a deputada Delegada Gleide Ângelo apontou a negligência com que a segurança pública vem sendo conduzida no Estado e cobrou respostas ao executivo, durante seu pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (12).
A parlamentar pontuou como o aumento de demandas, sem investimento no capital humano, reflete na qualidade do serviço oferecido à população: “Virou rotina em Pernambuco o acúmulo de funções policiais, delegados administrando inquéritos e demandas de até quatro cidades diferentes, investigações paradas por falta de efetivo, rodízio de escrivães entre as unidades e profissionais das polícias civil, científica, militar e do corpo de bombeiros sobrecarregados pelas cobranças para o alcance de metas e tendo de cumprir extensas e continuadas jornadas extras”.
Como exemplo do acúmulo de funções policiais, a Delegada lembrou que, durante os dias do carnaval, foram disponibilizadas mais de 60 mil escalas de jornadas extras, os chamados PJES, para todas as operativas da segurança pública. Ou seja, para além do serviço padrão, muitos policiais emendaram jornadas de serviço. Até mesmo o recém anunciado serviço do 197, criado exclusivamente para emergências escolares, aparece como mais uma atribuição para o efetivo já reduzido e deficitário.
A opção pela abertura exclusiva de vagas para concurso público para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar também foi alvo de questionamento da deputada: “O Estado tem de tratar em caráter de igualdade todas as polícias, porque são trabalhos que se integram e se complementam. Afinal, para além dos flagrantes, há o trabalho de investigação. Tenho a impressão de que o Governo do Estado desconhece a importância da Polícia Civil, do trabalho de investigação, do serviço de perícia e de inteligência, da necessidade de apuração e conclusão de inquéritos, já que, ao descartar a abertura de concursos para as Polícias Civil e Científica, o governo do Estado está dizendo a todos que o trabalho de investigação não é importante para a segurança pública dos pernambucanos e pernambucanas”.
De acordo com a legislação estadual, existem 10.000 vagas apenas para a Polícia Civil, entre agentes, escrivães e delegados. Entretanto, menos da metade é ocupada, uma vez que são mais de 5.300 vagas em aberto. “Não se faz segurança pública de qualidade sem planejamento. Como todas essas vagas ociosas podem ser descartadas? Estou cobrando, e não pedindo, pela abertura de concursos também para as Polícias Científica e Civil. Estou cobrando respeito pelas instituições e por todos os policiais do estado de Pernambuco. Somos um sistema de segurança, onde ninguém é mais importante do que o outro. Como delegada de polícia, eu digo a todos vocês que sem esse trabalhos integrado, não há justiça e sem justiça, só há impunidade!! Por isso, eu digo que toda a nossa sociedade está perdendo para a criminalidade”, concluiu a Delegada.
Redes Sociais

Norma obriga redes sociais a retirar conteúdo de apologia à violência

Ministério da Justiça cria regulação de plataformas e prevê punições

Redes Sociais
Foto: Reuters
Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nesta quarta-feira (12) a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais. De acordo com o ministro Flávio Dino, a norma assinada por ele traz “medidas práticas e concretas” de regulação do serviço prestado pelo setor, com foco específico na prevenção de violência contra escolas. Nas últimas semanas, ocorreram dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro.
“Pela primeira vez temos um regramento claro de como combater condutas a partir da responsabilização das empresas, que, durante anos, disseram que elas eram neutras e que, portanto, elas não eram responsáveis. E são. O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet”, afirmou em coletiva de imprensa para anunciar a medida.
A portaria prevê, por exemplo, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro chamou de “dever de segurança e de cuidado” das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares. É no âmbito desses processos que as plataformas deverão atender a diversas requisições da pasta prevista na norma, como, por exemplo, a obrigação de apresentar relatórios de avaliação de riscos sistêmicos sobre propagação de conteúdos ilícitos, informações sobre risco de acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para idade, além de conteúdos considerados ilegais, nocivos e danosos, segundo a portaria. 
A Senacon também poderá requerer informações sobre risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento, incentivem ataques ao ambiente escolar ou façam apologia e incitação a esses crimes ou a seus perpetradores.
O descumprimento das medidas, segundo o ministro Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão administrativa dos serviços das redes sociais no país.
“O que desejamos é a adequação desses serviços. Mas, o processo administrativo estará instaurado e, claro, se não houver o atendimento dessa normatividade ditada sobre violência contra escolas, o processo administrativo vai adiante para que haja aplicação dessas sanções, que vão desde multas até, eventualmente, a suspensão das atividades”, ressaltou Dino. Apesar de ser editada em contexto de crise, a portaria tem prazo indeterminado.

Identificação de autores

Outra determinação da portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao MJSP.
Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.
Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens, vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas, para que sejam rapidamente removidos.
A portaria não determine prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

Preocupação

A decisão de regular redes sociais por meio de uma portaria ministerial, e não uma lei, levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil, apesar da situação de emergência envolvendo atos e ameaças de violência nas escolas. A própria regulação ampla das redes sociais está em discussão atualmente no Congresso Nacional, e é defendida pelo atual governo, que apresentou Projeto de Lei 2.630/2020 ainda no mês passado.
“O Estado deve sim olhar para essa questão das escolas com a urgência que ela merece, mas me parece preocupante que, em meio a esse processo de discussão regulatória no Congresso, uma única pasta do governo federal adote uma portaria que prevê medidas muito duras, como a possibilidade de sanções com bloqueio do serviço”, aponta a jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e integrante do coletivo DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia.
Para Bia Barbosa, o maior problema é a escolha do instrumento legal de regulação. “Hoje temos um governo comprometido com a democracia, mas se a gente muda de contexto, um governo autoritário poderia usar esse tipo de instrumento com sérias ameaças à democracia”, pondera. Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros órgãos, incluindo o próprio Poder Judiciário, a quem deveria caber ordens de remoção. “Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democrático de Direito, da Advocacia Geral da União, que poderia acionar a Justiça para dar ordens de remoção num curtíssimo prazo, sem ser um ato administrativo unilateral e sem prazo determinado”.
A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a União Europeia – citada por Flávio Dino como referência regulatória -, um órgão regulador com atribuição legal para regular as plataformas no contexto da moderação de conteúdos. “Em um contexto de crise como este, um órgão regulador poderia adotar medidas excepcionais de definição moderação de conteúdo, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas não o governo de plantão. Os padrões internacionais restringem esse tipo de atuação por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exercício da liberdade de expressão”, observa.
A proposta de regulação das plataformas de redes sociais apresentadas pelo governo prevê a criação de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experiências internacionais.

Rondas escolares

Nesta terça-feira (11), o ministro Flávio Dino assinou um edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.
Canais
Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.
Acesse o site para fazer uma denúncia.
Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.
Agência Brasil
Atos golpistas

PF ouve militares sobre 8 de janeiro, incluindo comandantes

Objetivo é esclarecer participação ou omissão em atos golpistas

Atos golpistas
Foto: Joedson Alves
A Polícia Federal (PF) começou a ouvir hoje (12) cerca de 80 militares do Exército sobre os episódios de invasão e vandalismo em prédios públicos ocorridos em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os investigadores buscam esclarecer a possível participação ou omissão desses militares antes ou durante os atos golpistas, que deixaram as sedes dos Três Poderes amplamente depredadas.
Entre os militares já ouvidos nesta quarta-feira (12) está o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que era responsável pelo Comando Militar do Planalto (CMP) no dia 8 de janeiro. Ele já foi ouvido pelos agentes da PF. No Diário Oficial da União desta quarta-feira (12), o militar foi exonerado da chefia do CMP. A medida era esperada desde 16 de fevereiro, quando havia sido anunciada pelo Exército.
Outro militar ouvido nesta quarta é o coronel Jorge Fernandes da Hora, que no dia dos ataques era o chefe do Batalhão de Guarda Presidencial, responsável pela proteção do Palácio do Planalto.
Uma força-tarefa com aproximadamente 50 agentes foi montada pela PF para colher os depoimentos dos militares. As oitivas ocorrem na Academia Nacional de Polícia, em Brasília. A ideia é ouvir a todos num único dia, técnica que visa evitar que um saiba o que foi dito por outros.
A PF quer esclarecer, por exemplo, as declarações do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF, que em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Democráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, disse que membros do Exército teriam tentado impedir a prisão de manifestantes.
Outro ponto a ser esclarecido é o fato de tanques do Exército terem sido colocados entre policiais militares e o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General, em Brasília, na noite do 8 de janeiro. As pessoas acampadas no local, que pediam abertamente uma intervenção militar para reverter o resultado das eleições, só foram presas no dia seguinte.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu, no mês passado, apuração preliminar para investigar a eventual responsabilidade de militares do Exército nos atos antidemocráticos. A medida foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que os militares envolvidos com atos golpistas devem ser julgados pela Justiça comum, e não pela Justiça Militar.
Agência Brasil