Avante pode ser o próximo a aderir à base de Raquel Lyra após adesão do PSD no governo estadual

Reviravolta na política pernambucana à vista, com o Avante cogitado para integrar a base da governadora Raquel Lyra, trazendo Sebastião Oliveira, vice de Marília Arraes, para o jogo político.

Ex-deputado federal Sebastião Oliveira presidente estadual do Avante
Foto: Divulgação
Na iminência das eleições de 2024, as águas da política pernambucana estão em constante movimento, com alianças e estratégias políticas sendo traçadas nos bastidores. Nesse cenário, a mais recente especulação aponta para o Avante como o próximo partido a integrar a base de sustentação da governadora Raquel Lyra, desencadeando uma reviravolta política de grandes proporções. O motivo dessa reviravolta? Nada menos do que a figura do vice de Marília Arraes, Sebastião Oliveira, presidente do Avante no Estado e uma peça-chave nesse tabuleiro político.
A notícia tem causado burburinho nos corredores políticos, especialmente quando se recorda que, nas últimas eleições estaduais, Marília Arraes e Sebastião Oliveira estiveram em palanques opostos, com embates acirrados. O ex-deputado federal, que agora ocupa a presidência do Avante em Pernambuco, chegou a ser sondado para integrar o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) na Hemobras, ao lado de Marília Arraes. No entanto, seu nome foi vetado por alas internas do PT, criando uma dinâmica de incertezas políticas que persiste até hoje.
A possível adesão do Avante à base de Raquel Lyra é vista como uma estratégia surpreendente, considerando a história recente das relações políticas no estado. Durante a campanha eleitoral passada, a governadora Raquel Lyra, então candidata ao governo de Pernambuco, protagonizou debates acalorados com Sebastião Oliveira, destacando as críticas às condições das estradas do estado sob sua gestão e as obras inacabadas conduzidas por André de Paula, que também apoiava Marília Arraes.
Na época, Raquel Lyra não poupou palavras para associar Marília Arraes ao governo de Paulo Câmara, afirmando que o projeto defendido por Arraes era, na verdade, “Paulo Câmara na veia”. A governadora também atribuiu a Sebastião Oliveira a responsabilidade pelas acusações de mortes ocorridas na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) durante o período em que Oliveira foi secretário de Eduardo Campos.
As reviravoltas políticas não se limitam apenas às figuras públicas, mas também ecoam nas vozes dos aliados. Rodrigo Novaes, então deputado estadual pelo PSB, respondeu duramente às críticas feitas por Sebastião Oliveira a Paulo Câmara em 2022, afirmando que o governador tinha acertado ao escolher uma técnica competente para colocar a casa em ordem, em referência à secretária Fernandha Batista. Novaes ainda sugeriu que o governo de Pernambuco não deveria ter Sebastião Oliveira como vice-governador.
Nesse contexto, a possível entrada do Avante na base de Raquel Lyra promete agitar ainda mais o cenário político pernambucano. A aliança entre o Avante e o PSDB, partido da governadora, se concretizada, poderia trazer novos desdobramentos para as eleições de 2024 e potencialmente influenciar a corrida eleitoral, tornando-se uma peça fundamental nesse xadrez político em constante evolução.
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