Ministro da Fazenda anuncia incremento no crédito destinado ao programa, que agora totaliza R$ 1,8 bilhão, abrangendo caminhões e ônibus
Foto: Marcelo Camargo |
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quarta-feira, 28, que o governo irá aumentar o crédito destinado a subsidiar descontos nos preços de carros no país. O montante disponibilizado passará de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão, sendo que a parcela destinada especificamente aos veículos de carga, como caminhões e ônibus, também será beneficiada.
De acordo com Haddad, para suprir o acréscimo de R$ 200 milhões nessa ampliação, o governo promoverá uma nova parcela de reoneração do diesel a partir de outubro, no valor de três centavos. Essa medida complementa a decisão anunciada no início do mês, na qual o Executivo já havia divulgado que, em 90 dias, o combustível seria reonerado em R$ 0,11 dos R$ 0,35 que seriam aplicados somente no próximo ano. Portanto, com a decisão de aumentar o crédito disponível, a contribuição total será de R$ 0,14 a partir de outubro. Os outros R$ 100 milhões serão cobertos por meio de sobras da primeira compensação.
“O presidente Lula decidiu atender a demanda que se formou até ontem. Temos R$ 100 milhões que já estão previstos na medida provisória em tramitação no Congresso. Naquela reoneração de onze centavos, já havia uma sobra de R$ 100 milhões. Mantendo o que eu disse desde o início, que o programa seria inferior a R$ 2 bilhões”, afirmou Haddad aos jornalistas, confirmando também que uma nova medida provisória será editada “hoje ou amanhã”. “A decisão foi tomada e o processo está seguindo o trâmite padrão, sendo encaminhado para a Casa Civil”, acrescentou. Há uma expectativa dentro do governo de que a MP seja publicada ainda hoje.
O ministro avaliou que os consumidores não sentirão o impacto adicional da reoneração no preço dos combustíveis, devido à queda do dólar desde o anúncio da medida, além da diminuição dos preços do petróleo.
“Não estamos preocupados com isso, não haverá impacto para o consumidor”, afirmou. Segundo ele, as notícias sobre a suspensão da produção de veículos coincidiram com uma demanda que já estava sendo monitorada pelo governo, por meio do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).