Emissões perigosas afetam a qualidade do ar em residências
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| Foto: Divulgação |
Um estudo inovador destacou a preocupante poluição interna de benzeno gerada por fogões a gás, revelando os impactos nocivos à saúde causados por essas fontes de calor nas residências. Pesquisadores analisaram 87 casas na Califórnia e no Colorado em 2022, todas equipadas com fogões a gás e propano.
Os resultados revelaram que, em aproximadamente 30% das cozinhas testadas, a emissão de benzeno de um único queimador de gás em uso máximo ou de um forno a gás ajustado a 175ºC gerava concentrações de benzeno superiores às médias encontradas no fumo passivo de tabaco. Surpreendentemente, o benzeno chegava a se propagar das cozinhas para os quartos, persistindo em concentrações perigosas mesmo após o desligamento do fogão. Em uma das casas, os níveis de benzeno no quarto eram comparáveis à poluição atmosférica próxima a escolas que desencadeou investigações em 2020, na Califórnia e no Colorado.
O estudo revelou que a idade ou a marca do fogão não faziam diferença significativa na quantidade de benzeno produzido. Embora a ventilação adequada seja um fator importante na exposição ao benzeno, os pesquisadores também descobriram que os exaustores nem sempre eram eficazes na redução da poluição, pois alguns recirculavam o ar em vez de expeli-lo para o exterior.
Por outro lado, os fogões de indução não apresentaram emissões mensuráveis de benzeno. Fogões elétricos emitiram quantidades significativamente menores de benzeno, cerca de dez a 25 vezes menos em comparação com os fogões a gás e propano, provavelmente devido à redução de queima de alimentos nas superfícies quentes.
Essas descobertas ressaltam a importância de conscientizar sobre os riscos da poluição interna causada por fogões a gás e a necessidade de considerar alternativas mais seguras, como fogões de indução ou elétricos, para proteger a qualidade do ar nas residências.