Com possível influência de Bolsonaro abalada, pré-candidatos buscam alternativas para manter foco nas eleições municipais.
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Enquanto as circunstâncias em torno do caso das joias ainda permanecem nebulosas, a orientação para os pré-candidatos a prefeito das capitais pelo Partido Liberal (PL) e seus aliados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro é clara: evitar a associação direta com o capitão, dada a controvérsia. Com a possibilidade de qualquer movimento ou agenda positiva serem ofuscados pelo escândalo, as estratégias estão sendo repensadas.
Diante do cenário em que o principal cabo eleitoral sofreu um abalo considerável, São Paulo, por exemplo, onde o atual prefeito Ricardo Nunes busca a reeleição, vê-se a abordagem de focar nas realizações da prefeitura e nos temas que ressoam com o cotidiano da população local. Nesse contexto, questões de natureza nacional estão sendo temporariamente postas em segundo plano.
O PL, por sua vez, está inclinado a evitar candidaturas que possam ser excessivamente associadas ao ex-presidente, indicando uma possível mudança de direção no partido. Adicionalmente, caso Jair Bolsonaro enfrente a prisão, uma situação que não está descartada, seus filhos devem se manter afastados das campanhas municipais.
Enquanto o ex-presidente insiste em sua inocência, reiterando que não desviou presentes provenientes de autoridades estrangeiras e disponibilizando suas informações bancárias para os investigadores, nos bastidores do PL, muitos compartilham a convicção de que o dano político já foi causado.
Nesse contexto, os pré-candidatos do PL e seus aliados enfrentam um desafio crucial: estabelecer uma abordagem que contorne o impacto do escândalo e mantenha o foco na campanha municipal, buscando alternativas para consolidar a confiança dos eleitores em meio a um ambiente político em constante evolução.