Especialistas destacam disseminação rápida, mas preveem impacto menor do que variantes anteriores
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| Foto: Reprodução/ ICTQ |
A nova variante EG.5 da COVID-19, conhecida como Éris, deve provocar um aumento nos novos casos da doença no Brasil nas próximas semanas, de acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
No entanto, a especialista ressaltou que esse aumento não deve se comparar à explosão de diagnósticos registrada em 2022 e 2021. A Éris possui “muitas mutações”, o que pode permitir a reinfecção, mas não é esperado um impacto significativo na maioria das pessoas. A capacidade de disseminação é uma das características mais distintivas da nova cepa, conforme explicou o médico sanitarista e fundador da Anvisa, Gonzalo Vecina.
Vecina esclareceu que a nova variante ocupou o espaço da variante Ômicron, identificada pela primeira vez em novembro de 2021, mas essa mudança não indica necessariamente que a cepa é mais letal. Ele comparou o processo de mutação a uma “loteria” e enfatizou que para a variante ser simultaneamente mais rápida e mais letal, seriam necessárias mutações diversas.
Contudo, os especialistas alertam que idosos e pessoas com comorbidades podem ter mais dificuldades em lidar com o vírus. Portanto, eles continuam a recomendar a vacinação, uma vez que, embora não impeça a infecção, o imunizante reduz a probabilidade de casos graves e mortes relacionadas à COVID-19.