Receita federal retém bagagem com mais de R$ 200 mil em roupas e acessórios no Aeroporto dos Guararapes

Passageira vinda de Orlando, nos Estados Unidos, teve nove malas com produtos de luxo apreendidas; fiscalização suspeita de intenção de revenda.

Receita Federal
Foto: receita federal
Uma passageira que desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, vinda da cidade de Orlando, nos Estados Unidos, teve parte de sua bagagem retida pela Receita Federal. O episódio ocorreu na última quinta-feira (31) e foi divulgado pela Receita Federal neste fim de semana. As autoridades estimam que o valor total das mercadorias apreendidas, que incluem roupas e acessórios de diversas marcas, alcance a cifra de R$ 200 mil.
A mulher, cujo nome e idade não foram divulgados, transportava os itens em nove malas, que continham um extenso inventário de produtos de luxo, incluindo 47 bolsas, 42 pares de sapatos, 22 pares de óculos escuros e 13 cintos. De acordo com a Receita Federal, todos os produtos estavam etiquetados com etiquetas de produtos originais de grandes marcas internacionais e certificados de garantia.
Ao ser questionada pelos fiscais da alfândega, a passageira alegou que trazia o grande volume de bagagem porque estava se mudando para o Brasil. No entanto, ela não apresentou nenhuma declaração de consulado ou comprovante de residência em outro país que respaldasse sua alegação.
O auditor fiscal e inspetor da receita federal no Aeroporto do Recife, Jomar Marinho, expressou suspeitas sobre a intenção da passageira ao transportar tal quantidade de produtos de luxo. “A pessoa, quando passa mais de um ano fora, pode trazer a mudança e não paga imposto. [A principal suspeita] é a quantidade. Ninguém traz 42 bolsas ou 22 óculos para usar. Traz para revender”, afirmou Marinho.
A mulher também não apresentou notas de compra dos produtos, o que levou à retenção dos mesmos e ao início de um processo de perdimento, termo utilizado quando um importador perde o direito sobre a mercadoria por descumprir normas aduaneiras.
O inspetor Jomar Marinho informou que, ao término do processo, caso a mulher não consiga provar que o transporte dos produtos era regular, as mercadorias serão levadas a leilão. A receita federal segue investigando o caso para determinar a legalidade da operação e a intenção da passageira ao trazer os produtos para o Brasil.
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