Saneamento básico em Pernambuco: pesquisa do TCE revela desafios e lacunas no estado

Estudo detalhado aponta deficiências no acesso à água e coleta de esgoto, além da falta de planos municipais de saneamento em municípios pernambucanos

Saneamento básico
Foto: Brenda Alcântara/Jc Imagens
Um Painel de Saneamento elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) oferece uma visão abrangente da situação do abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto no estado. Os dados revelam um quadro preocupante, com números abaixo da média nacional.
De acordo com o estudo, apenas 30,8% da população pernambucana possui acesso à coleta de esgoto, enquanto 83,56% têm acesso à água potável. Esses números estão abaixo das médias nacionais de saneamento básico. No entanto, na capital do estado, Recife, a situação é mais favorável, com 96,43% da população tendo acesso à água e 44,99% com coleta de esgoto.
O Painel de Saneamento identifica que somente 21 municípios pernambucanos fornecem água para todos os seus habitantes, enquanto algumas cidades enfrentam desafios significativos. Um caso alarmante é o de Santa Cruz da Baixa Verde, com apenas 1,5% de acesso à água.
Outra descoberta preocupante é que apenas 40 municípios pernambucanos, o que representa 21,6%, elaboraram seus planos municipais de saneamento básico até o momento. Isso é uma exigência legal para acessar recursos federais destinados à melhoria das condições de saneamento.
O Painel de Saneamento do TCE-PE se baseou no diagnóstico do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, referente a 2021. A análise abrangeu 172 cidades do estado e o distrito de Fernando de Noronha.
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