As santas casas têm uma tradição de quase 500 anos de atendimento à saúde no Brasil
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As santas casas de misericórdia são fundamentais no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Elas respondem por 40% das internações de média complexidade e 61% das internações de alta complexidade no SUS. Isso evidencia sua contribuição significativa para o atendimento de casos mais complexos.
A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentou dados sobre as santas casas de misericórdia, durante sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Nacional das Santas Casas de Misericórdia, que ocorre nesta terça-feira (15).
Nísia mencionou o Projeto de Lei 1.435/22, que está em análise na Câmara dos Deputados. Esse projeto prevê a revisão periódica da tabela de remuneração dos serviços prestados ao SUS, garantindo a atualização necessária para manter a qualidade do atendimento e o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
As santas casas têm uma tradição de quase 500 anos de atendimento à saúde no Brasil. Antes da criação do SUS, elas eram muitas vezes a única forma de acesso à assistência médica para grande parte da população. Durante a pandemia de COVID-19, as santas casas de misericórdia foram destacadas por desempenhar um papel central na assistência médica. A ministra compartilhou uma experiência pessoal em que seu pai recebeu atendimento em uma dessas instituições.
O Ministério da Saúde reiterou seu compromisso em trabalhar em conjunto com as santas casas e outros setores para garantir a sustentabilidade do SUS e fortalecer o sistema de saúde do Brasil.
O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Mirócles Veras, ressaltou a transformação do cenário de saúde no país e o papel das instituições filantrópicas nesse processo. Ele destacou a importância das santas casas na oferta de serviços essenciais à população, incluindo internações, cirurgias e atendimentos ambulatoriais.
A rede filantrópica de saúde no Brasil inclui 1.804 hospitais que empregam mais de 1 milhão de profissionais. Essa rede oferece um total de 175.225 leitos, incluindo mais de 20 mil unidades de terapia intensiva (UTI) por ano. Além disso, as entidades filantrópicas realizaram mais de 5 milhões de internações, 1,7 milhão de cirurgias e mais de 220 milhões de atendimentos ambulatoriais. Em 2022, a maioria dos procedimentos oncológicos e transplantes foram realizados por essas entidades.